É verdade que a Shein usa trabalho escravo?

Perguntado por: oferrari . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
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Em um e-mail ao site The Business of Fashion, a Shein declarou estar preocupada com as denúncias de trabalho escravo de seus parceiros – visto que o documentário foi feito em uma das fábricas terceirizadas da empresa –, e que estão cientes que isso viola o Código de Conduta acordado por todos os fornecedores da Shein.

A Shein, plataforma de e-commerce que vende produtos internacionais, especialmente no mercado da moda, e que possui confecção própria, tem estado no centro de uma polêmica após denúncias de trabalhos análogos à escravidão terem vindo à tona nos últimos dias.

Apesar de ser considerada acessível, a fast fashion chinesa enfrenta acusações de trabalho escravo e de plágio das criações de outras etiquetas. Agora, mais uma controvérsia para a conta: uma camiseta com estampa associada a fezes e pornografia.

Por que a Shein é tão barata? Algumas explicações sobre os motivos da Shein ser tão barata são as pop-up stores montadas em lugares estratégicos e, assim, custando menos. Além disso, a Shein investe bastante em rotatividade do estoque e grande volume de produção.

Até que, o perfil da marca revelou que o nome vem de “SHE-IN”, ou “Ela dentro, Ela por dentro”, em tradução literal, transformando a pronúncia em “Chi-IN”.

RIO - A Justiça decidiu que a Zara Brasil é a responsável pelo caso de trabalho análogo à escravidão registrado na cadeia produtiva da marca em 2011. A determinação da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo foi divulgada nesta terça-feira.

A Nike é uma das companhias que há mais tempo luta contra a imagem de ser uma multinacional conivente com a exploração do trabalho escravo e infantil por parte de seus fornecedores. A fama começou a pegar em 1996, quando a revista Life publicou uma foto em que um menino paquistanês costurava bolas de futebol da marca.

Publicado em 17 de agosto de 2022, 10h30. As autoridades chinesas impuseram trabalhos forçados a pessoas de minorias muçulmanas na região de Xinjiang, afirmou um relator especial da ONU em um informe, no qual alerta que os fatos podem constituir casos de "escravidão".

Chris Xu

Chris Xu transformou a Shein em um fenômeno mundial de fast fashion online, identificando tendências e produzindo pequenos lotes de roupas com estilo e acessíveis, como os vestidos de US$ 10 (R$ 53), preferidos pela Geração Z.

Já na outra unidade que fornece as peças, os funcionários têm um salário-base de 4 mil yuans por mês (aproximadamente US$ 555,83; ou R$ 2.946,57) se produzirem 500 peças de roupas por dia. O pagamento do primeiro mês de trabalho é retido pela empresa.

Nativa digital, a Shein agora inaugura sua primeira unidade física na América do Sul em formato pop-up store (espaço temporário) no Shopping Vila Olímpia, na zona sul da capital paulista.

Já a página de Responsabilidade Social do site da Shein afirma que a companhia “NUNCA usa trabalho forçado ou infantil”, que parcerias com fornecedores que não estão de acordo com os padrões da empresas são finalizadas e que a empresa faz “campanhas contra práticas antiéticas”.

SHEIN é uma plataforma internacional de fast fashion B2C. A empresa foi fundada em 2008 por Chris Xu, que reconheceu o poder do SEO para promover roupas feitas na China para o mundo. SHEIN ganha dinheiro comprando roupas no atacado e vendendo-as por um lucro.

Considerando apenas a América do Sul, a Shein lidera as pesquisas em dez países, incluindo Brasil, Paraguai e Venezuela. A alemã Adidas lidera em três países – Argentina, Colômbia e Peru – e a a Zara e a Nike ocupam o primeiro lugar no Uruguai e no Chile, respectivamente.

Ambas as marcas contam com mais elogios do que críticas. A Shein fica na frente como melhor reputação já que 89% dos comentários foram positivos. Os elogios englobam a qualidade dos produtos, preços baixos e a confiança que o público tem com a marca.