É seguro viver em Hiroshima e Nagasaki?

Perguntado por: gassis . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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Em Hiroshima e Nagasaki, as bombas explodiram no ar, a mais de 500 metros acima do solo. Isso significa que o material radioativo se dissipou no ar, reduzindo as partículas tóxicas no solo.

No dia 15 de agosto, o Japão se rendia, apenas alguns dias depois da Alemanha, praticamente selando o fim da Segunda Guerra Mundial. Em 1958, após uma grande recuperação e com a meta de transformar Hiroshima em um memorial, a cidade voltou a ter 410 mil habitantes, equivalente ao mesmo número pré-guerra.

Os pontos em que as bombas estouraram foram transformados em grandes parques. As pontes, os prédios e as fábricas foram reconstruídas. Hiroshima, que tinha 350 mil moradores antes da bomba e perdeu mais de 140 mil pessoas, hoje é uma cidade moderna e contemporânea com mais de 1,2 milhão de habitantes.

A bomba de Nagasaki era 50% mais poderosa que a de Hiroshima, mas parte da cidade foi protegida pelos morros que possuía. Assim, a bomba em Nagasaki matou cerca de 40 mil pessoas imediatamente. O avião que lançou a bomba sobre Nagasaki também era um B-29 e chamava-se Bock's Car.

Os cientistas disseram anteriormente que, devido à enorme quantidade de contaminação na área de Chernobyl, a zona de exclusão não será habitável por muitos e muitos anos. Especialistas disseram que levará pelo menos 3 mil anos para que a área se torne segura, enquanto outros acreditam que isso é muito otimista.

Dependendo dos fatores de exposição, principalmente da forma como se deu a exposição, a radiação pode permanecer por muitos e muitos anos na superfície ou no corpo de um indivíduo.

Esse processo pode levar dias, como é o caso do iodo radioativo, ou décadas, no caso do césio radioativo. “Apesar de ser eliminado em até 30 dias pelo corpo humano, o césio pode durar 60 anos no ambiente, até desaparecer completamente”, diz Franco.

O que explica isso? Um dos motivos é a diferença de radioatividade emitida em cada um dos casos. Quando o reator de Chernobyl explodiu, estima-se que foram liberadas sete toneladas de combustível nuclear. No total, o desastre emitiu 100 vezes mais radiação que as bombas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki.

Um dos últimos sobreviventes da bomba de Hiroshima, Sunao Tsuboi morreu nesta quarta-feira (27), no Japão, aos 96 anos. O japonês era um dos maiores ativistas contra as armas nucleares.

Uma guerra nuclear moderna pode matar até 5 bilhões de pessoas devido ao impacto da fome global desencadeada pela fuligem que bloquearia a luz solar, afetando plantações. Essas baixas seriam maiores que as causadas pela explosão, estimam cientistas da universidade de Rutgers, nos Estados Unidos.

Ao longo de sua campanha de bombardeio primavera/verão, o exército estadunidense deixou algumas cidades japonesas intocadas. Duas delas eram Nagasaki e Hiroshima. Nessas cidades, eles queriam testar sua nova invenção — a bomba atômica.

As consequências do ataque nuclear
Ainda que a justificativa oficial dos Estados Unidos tenha sido de que o lançamento das bombas atômicas tinha por objetivo acelerar a rendição do Japão e evitar ainda mais mortes, foi entendido como uma mostra de seu poder militar à União Soviética.

"A rosa hereditária / A rosa radioativa" exibem o contraste entre a flor, o auge de um vegetal crescido em um ambiente saudável, e a destruição causada pelo homem. O poema de Vinicius de Moraes fala das gerações afetadas pela guerra e pelo rastro de sofrimento e desespero deixado nas gerações posteriores.

A descontaminação de pessoas que entram em contato com material radioativo é feita de acordo com o nível da contaminação. Se a contaminação não for alta, é realizado um processo de lavagem do corpo da pessoa com a utilização de água, sabão e vinagre.

Uma banana é naturalmente radioativa. Pois ela contém os elementos Potássio (K) e Carbono (C) radioativos, o mesmo Carbono utilizado para estimar a idade de materiais antigos e fósseis. Além dela, existem diversos alimentos que são radioativos e são consumidos com frequência.

Acidente nuclear
Um reator de Chernobyl explodiu em 1986, contaminando grande parte da Europa, mas especialmente Ucrânia, Rússia e Belarus. Conhecida como zona de exclusão, o território em um raio de 30 quilômetros ao redor da usina ainda está fortemente contaminado e é proibido firmar residência nesta área.

Truman utilizou essa frase para descrever a bomba atômica, arma que ele ordenou que fosse usada no ataque aéreo contra as cidades japonesa de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945 e Nagasaki, três dias depois, durante a ofensiva de arrasamento total do Japão no final da Segunda Guerra Mundial.

Todavia, 36 anos após a catástrofe, a região de Chernobyl é habitada por ursos, bisões, lobos, cavalos selvagens, linces e mais de 200 espécies de aves. O local do acidente tornou-se uma das maiores reservas naturais da Europa, onde muitos animais ameaçados de extinção encontram refúgio.