É possível sobreviver a sepse?

Perguntado por: ubaptista . Última atualização: 29 de abril de 2023
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Assim como o infarto do coração ou um acidente vascular encefálico, o timing de diagnóstico e tratamento da sepse é fundamental para saber como o paciente vai se recuperar. Ou seja, se você faz o diagnóstico rapidamente e o paciente é tratado no intervalo de poucos minutos ou horas, ele tem mais chance de sobreviver.

Sepse tem cura e chances aumentam com diagnóstico rápido
Apesar de ser uma doença perigosa e que leva a óbito em grande parte dos casos, a sepse tem cura, principalmente quando identificada logo no início.

Contudo, em alguns casos pode levar até 7 dias para identificação completa.

É uma doença complexa e potencialmente grave que, quando não tratada rapidamente, pode levar ao choque séptico, onde há queda drástica da pressão arterial e aumento do lactato no sangue, podendo levar à falência múltipla de órgãos e inclusive à morte.

Atualmente, é também uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. A mortalidade no Brasil chega a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%.

Quais os tipos de infecção que podem evoluir para sepse? Qualquer tipo de infecção, leve ou grave, pode evoluir para sepse. As mais comuns são pneumonia, infecções abdominais e infecções urinárias. Por isso, quanto menor o tempo com a infecção, menor a chance de surgimento da sepse.

Staphylococcus aureus: entenda o que é a bactéria que pode causar sepse, a infecção generalizada. Os estafilococos são comuns, mas quando afetam pessoas com baixa imunidade podem ser letais. Febre, mal-estar, dores no corpo, cansaço excessivo e vômitos são sinais de alerta.

Vancomicina* 30mg/kg/dose (após 15 - 20mg/kg/ 12/12h) + Piperacilina Tazobactam 4,5g 6/6h ou Meropenem ou Cefepime.

A sepse surge quando a resposta do corpo a uma infecção causa danos aos seus próprios tecidos e órgãos. Pode levar ao choque, falência de múltiplos órgãos e morte – especialmente se não for reconhecida precocemente e tratada prontamente.

A sepse, apesar de ser uma condição extremamente grave, apresenta cura. Entretanto, para que o tratamento seja eficiente, é fundamental que ele comece o mais breve possível. A sepse é responsável por mais de 20% dos custos totais de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Assim, as diretrizes de tratamento de sepse pediátrica preconizam a administração do antimicrobiano em até 1 hora na presença de choque séptico, destacando-a como “recomendação forte”.

Quando a infecção é muito grave, geralmente causada por bactérias e vírus, o corpo lança mecanismos de defesa que prejudicam as funções vitais. A sepse é essa resposta do organismo e faz com que o sistema circulatório não consiga suprir as necessidades sanguíneas de órgãos e tecidos.

Se os órgãos vitais deixam de funcionar, mas o coração continua batendo, através de manobras mecânicas, ocorre a chamada morte encefálica . Neste caso, o óbito é questão de horas ou dias.

A situação pode se agravar, levando, inclusive, a óbito. Os dois casos apresentam situações de alto risco e que estão também relacionadas: uma infecção hospitalar pode levar o corpo a uma reação exagerada, gerando a sepse. Por isso, é imprescindível o controle das infecções.

Como é o tratamento de sepse? Para tratar essa condição, o paciente entra no protocolo de sepse, com uso de medicamentos e medidas que diminuam a expansão da sepse. São usados também medicamentos que garantam a pressão sanguínea e os níveis de açúcar no sangue, que são essenciais para o bom funcionamento do organismo.

Sepse, Sepse Grave e Choque Séptico
Como vimos a Sepse impede que a pressão arterial seja mantida em estado normal e causa uma inflamação generalizada. A Sepse Grave, por sua vez é um estado mais agudo da enfermidade em que chega menos sangue aos órgãos. A aplicação de soro pode controlar a situação.

A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada.