É possível ser feliz na sociedade de consumo?

Perguntado por: ocunha . Última atualização: 25 de abril de 2023
4.5 / 5 4 votos

O poder de consumo, na atualidade, tornou-se referência de felicidade. As pessoas se matam trabalhando cada vez mais buscando novos desejos a serem saciados. Não há tempo para saúde, família, realizações internas, tempo para si, o indivíduo feliz é aquele que consegue comprar cada vez mais.

Na sociedade contemporânea, o caminho para a felicidade tem sido um assunto cada vez mais debatido. De acordo com Mahatma Gandhi: "Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho". Entretanto, muitos ainda não se dão conta disso e buscam conquistá-la a partir do consumo de bens materiais.

A pessoa com comportamento consumista costuma ter muitos problemas financeiros. Em determinado momento ela começa a gastar mais do que ganha e transforma a vida financeira em um caos. Nesse caso, é impossível economizar, guardar dinheiro e alcançar objetivos que não sejam comprar.

O poder de consumo, na atualidade, tornou-se referência de felicidade. As pessoas se matam trabalhando cada vez mais buscando novos desejos a serem saciados. Não há tempo para saúde, família, realizações internas, tempo para si, o indivíduo feliz é aquele que consegue comprar cada vez mais.

Consumismo é consumir mais do que precisamos, consumir para construir uma identidade própria, consumir para mostrar um estado socioeconômico, consumir pelo tédio, consumir para aplacar a ansiedade, consumir procurando uma felicidade que nunca chega.

Hoje, sabe-se que o consumismo pode gerar inúmeras consequências, como o endividamento e o aparecimento de doenças como ansiedade e depressão. A presença destas características, pode, por exemplo, indicar a existência de um transtorno chamado oniomania.

Comprar dá prazer.
Assim como comer um chocolate ou realizar alguma atividade física, o ato da compra induz em nosso cérebro a produção da dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer.

Felicidade é o estado de quem é feliz, uma sensação de bem estar e contentamento, que pode ocorrer por diversos motivos. A felicidade é um momento durável de satisfação, onde o indivíduo se sente plenamente feliz e realizado, um momento onde não há nenhum tipo de sofrimento.

Especialistas concordam que, sim, é possível ter felicidade e gratidão em qualquer momento da vida, basta praticar.

Paralelamente ao crescimento do individualismo nas sociedades pós-modernas, a busca pela felicidade passou a ser atrelada ao consumo. Ideais de vida feliz são vendidos pela mídia que, por sua vez, transforma bens de consumo em garantidores desse cenário idealizado.

Entende-se por sociedade de consumo a era contemporânea do capitalismo em que o crescimento econômico e a geração de lucro e riqueza encontram-se predominantemente pautados no crescimento da atividade comercial e, consequentemente, do consumo.

A necessidade de atos de consumo está cada vez mais presente e em grande quantidade. Hoje, o consumismo está presente em razão, dentre outros, da necessidade de participação de um grupo, de aceitação. A compra de bens supérfluos está ligada também, por exemplo, a aspectos de ansiedade.

Com o passar do tempo, os jovens com esse comportamento consumista acabam comprometendo as suas relações sociais, afetivas, profissionais e econômicas. Compulsão é doença e deve ser tratada com psicoterapia e grupos de autoajuda.

RESUMO: O capitalismo depende do consumo, e a sociedade capitalista é refém do consumismo. O consumo exagerado se transforma em consumismo, ou seja, as pessoas passam a adquirir produtos e serviços muito além daquilo que seria considerado essencial para a sua sobrevivência.

Não há nada de errado em consumir, mas dependendo da frequência desse consumo, se a todo instante você sente necessidade de adquirir novos produtos, isso é considerado consumismo. O consumismo é um perigo para a saúde mental, porque estimula a inveja, a autodepreciação e a ânsia de querer além do que precisa.

A felicidade traz consigo múltiplos benefícios adicionais. Em comparação com seus pares menos felizes, as pessoas mais felizes são mais sociáveis. Ou seja, elas são enérgicas, caridosas, cooperativas, e mais queridas pelos outros. Elas tendem a se casar mais e a permanecerem casadas.

Isso significa uma sociedade onde mais pessoas estejam levando vidas felizes, equilibradas e satisfatórias; e menos pessoas estejam tendo vidas infelizes: se sentindo presas, desprezadas ou insatisfeitas.

Segundo o dicionário, felicidade é o estado de quem é feliz, um sentimento de bem-estar e contentamento. Os filósofos associam a felicidade com o prazer, com os sentimentos e emoções.