É possível se desapaixonar?

Perguntado por: egois . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
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Pode alguém deliberadamente se desapaixonar? Parte da ciência diz que sim. "Você pode trabalhar isso", disse Helen E. Fisher, antropóloga biológica e pesquisadora sênior do Instituto Kinsey, em Nova York.

Segundo um estudo da University College, de Londres, a paixão dura entre 18 e 30 meses. Ou seja, ficamos apaixonados de um ano e meio a três anos e meio, sendo que o auge da felicidade a dois costuma ser alcançada por volta dos três anos de relação.

Está comprovado cientificamente que todo mundo pode superar! Uma pesquisa da Universidade de St. Louis provou que nosso cérebro está mais preparado para enfrentar a sensação da ruptura que geralmente vivenciamos numa desilusão amorosa.

Vejamos algumas possibilidades que conduzem o amor ao fim: frustrações recorrentes, ódios não verbalizados, sentimentos de rejeição, mudanças de jeito de ser; projetos de vida desencontrados, traições não perdoadas, ciúme patológico, medo de se entregar e de confiar no outro, assim por diante.

Infelizmente, deixar de amar alguém, pode ser igualmente fácil. Porém, apaixonar-se novamente pela mesma pessoa depois de tê-la esquecido, é extremamente difícil. As pessoas não voltam a amar; elas reconquistam o amor. E essa pode ser uma jornada longa e árdua, mas extremamente recompensadora.

"Vários estudos, tanto americanos quanto europeus, chegaram à conclusão semelhante: a paixão, esse estado de alteração mental e física muito característico, dura de 12 a 48 meses. A média é de dois anos.

Isso acontece porque, quando não temos outras prioridades e não são realizadas novas actividades para sair da rotina (e um término de relação é, antes de mais, um corte logístico em relação à vida que “antes” do final da relação tínhamos com aquela pessoa), é mais provável que passar muito tempo a pensar no ex se torne ...

Os estágios podem ser divididos em cinco etapas.
...

  • Desejo. ...
  • Atração. ...
  • Assimilação. ...
  • Honestidade. ...
  • Estabilidade.

É, no entanto, também a ciência que sugere que, sim, para além de qualquer cinismo, o amor pode sim ser duradouro – e é isso que a psicóloga Sue Johnson defende.

Quem termina sente falta também. A diferença é que em alguns casos essa falta pode surgir um pouco mais tarde do que da outra parte da relação. Quem é deixado, quase sempre não espera por essa atitude e acaba sendo um choque muito grande. O sofrimento é inevitável quando um relacionamento acaba.

A ocitocina é chamada de “hormônio do amor” e, quando uma pessoa está sofrendo por alguém, os níveis dessa substância caem drasticamente. A dopamina, por sua vez, é responsável pela sensação de prazer.

O amor sempre terá um limite: a dignidade. Porque o respeito que cada um de nós temos por nós mesmos tem um preço muito alto e jamais irá aceitar cortes para saciar um amor que não é suficiente, que machuca e nos deixa vulneráveis. Dizia Pablo Neruda que o amor é curto e o esquecimento é muito longo.

Por outro lado, existem pesquisas que tentam responder essa pergunta. Uma delas, realizada na Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, constatou que o tempo médio que as pessoas levam para superar o fim de um relacionamento seja de 11 semanas, o que é equivalente a quase três meses.

Na psicologia, chamamos isso de apego e nem sempre ele é construído de forma positiva. Frequentemente, esse amar demais pode ser desencadeado por transtornos psíquicos tratáveis, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada e o Transtorno da Personalidade Borderline.

Podemos amar a mesma pessoa de várias formas e com intencidade diferentes, dependendo da situação e época de nossas vidas. Tive alguns pacientes que vieram a terapia falando não amar mais o companheiro(a) e após algum tempo de terapia a pessoa volta a enxergar de outra forma a situação.