É possível remover o pâncreas?

Perguntado por: lpereira . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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É possível viver sem o pâncreas. Mas quando o pâncreas inteiro é removido, os pacientes ficam sem quaisquer células que produzem insulina e outros hormônios, que ajudam a manter níveis seguros de açúcar no sangue.

O dispositivo, apelidado de "pâncreas artificial", dá conforto aos pacientes afasta o risco de complicações, como hipoglicemia. A empresa de tecnologia Medtronic acaba de lançar no Brasil o Sistema MiniMed 640G, uma espécie de pâncreas artificial concebido para pessoas com diabetes tipo 1.

Ao contrário do que se imaginava, cirurgia de remoção do pâncreas não provoca diabetes incontrolável | VEJA.

Sabe-se que os pacientes que apresentam câncer de pâncreas têm pouca chance de cura. No entanto, isso é devido ao grande número de pacientes que são diagnosticados na fase tardia. Esses pacientes em estádio avançado são tratados de maneira paliativa com quimioterapia e sem ou pouca chance de cura.

As pessoas que tiraram parte do pâncreas podem ter vida normal. Precisamos apenas saber se a pessoa tem tendência ou ficou diabética em função dessa retirada de parte do pâncreas. Se após a retirada de parte do pâncreas a pessoa não ficou diabética, ela pode ter uma vida normal, sem restrição.

“De forma geral a chance de cura do paciente com câncer de pâncreas é de 10%, sendo considerado cura estar vivo em cinco anos. Esse índice aumenta e chega a quase 40% quando o diagnóstico é precoce e cai para virtualmente 0% com metástase ao diagnóstico”.

As causas mais comuns de pancreatite em adultos são o tabagismo (ato de fumar), a presença de cálculos biliares (fluidos digestivos que se tornam sólidos e formam pedras na vesícula biliar), consumo de bebidas alcoólicas, distúrbios genéticos do pâncreas e alguns medicamentos (como corticoides e antibióticos).

Mas quando o pâncreas inteiro é removido, os pacientes ficam sem quaisquer células que produzem insulina e outros hormônios, que ajudam a manter níveis seguros de açúcar no sangue. Esses pacientes desenvolvem diabetes, que pode ser difícil de controlar por se tornarem dependentes de insulina.

No Brasil, o pâncreas artificial foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e custa R$ 24 mil. A Associação Diabetes Brasil diz que vai pedir ao Ministério da Saúde que avalie a possibilidade de fornecer o aparelho de graça por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Produz insulina, mas não o suficiente para cobrir as necessidades orgânicas. Todavia, se o paciente emagrecer ou deixar de usar cortisona, por exemplo, o pâncreas pode voltar a produzir esse hormônio em níveis adequados.

O pâncreas produz insulina para retirar o açúcar do sangue. Quando o órgão é removido cirurgicamente, o paciente precisa injetar insulina em seu corpo através de bombas externas ou injeções.

Para proteger o pâncreas é necessário evitar alimentos processados, frituras, farinhas refinadas, açúcares e refrigerantes. Estes alimentos contam com altas doses de gordura saturada, que é prejudicial ao órgão.

O tratamento é clínico, mas requer internação hospitalar, porque o doente deve ficar em jejum e receber hidratação por soro na veia. Como não existe nenhum medicamento capaz de desinflamar o pâncreas, é preciso deixá-lo em repouso até que a inflamação regrida, o que acontece em 80% dos casos.

De acordo com o National Cancer Institute, o câncer de pâncreas contabiliza 3,2 por cento de todos os novos casos de câncer, mas ele causa aproximadamente 8 por cento de todas as mortes por câncer. E a taxa de sobrevivência de cinco anos para câncer de pâncreas é de apenas 10,8 por cento.

Quais os primeiros sintomas de câncer de pâncreas?

  • Perda de peso;
  • Falta de apetite;
  • Dor no abdome, principalmente na parte de cima do abdome e quando se irradia para a região das costas;
  • Fraqueza;
  • Urina escura em associação com fezes claras;
  • Náuseas;
  • Pele e olhos amarelados (icterícia).