É possível mudar a genética de uma pessoa?

Perguntado por: imatos . Última atualização: 18 de janeiro de 2023
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A verdade é que sim, já é possível alterar o DNA humano a partir de um método chamado CRISPR. Funciona como um corretor ortográfico, percorrendo o DNA até encontrar a letra que se encontra mal posicionada, cortando-a e permitindo a sua correção.

David explica que não é possível zerar a genética “ruim”. “As alterações genéticas que são hereditárias (transmitidas de pais para filhos) ou mesmo aquelas que são adquiridas ao longo da vida de uma pessoa não podem ser corrigidas por simples mudanças de hábitos ou estilo de vida.”

Como dito, as mutações surgem de forma natural ou podem ser induzidas por agentes mutagênicos, isto é, substâncias químicas ou de natureza física que podem induzir as mutações, como os raios ultravioleta e raios X, bebidas alcoólicas, substâncias derivadas do tabaco, bem como alguns medicamentos.

Cientistas de Harvard e do MIT aprenderam a controlá-lo – e batizaram a técnica de CRISPR/Cas. Ela pode ser usada para manipular, com rapidez e precisão inéditos, o DNA de qualquer ser vivo.

Uma enzima chamada Cas9 age como uma "tesoura molecular". Ela é usada para cortar e modificar seções de DNA associadas a uma doença (ou, em outras palavras, um ataque de vírus), ou qualquer tipo de defeito que precise ser reparado.

Em geral, sequências de DNA são escritas na direção 5' para 3', o que significa que o nucleotídeo na extremidade 5' vem primeiro e que o nucleotídeo na extremidade 3' vem por último.

A falha no momento da coleta de material genético ou outros deslizes da parte do laboratório podem resultar em um resultado falso. O primeiro exame, por exemplo, pode apontar que o homem não é pai da criança. Um segundo exame, no entanto, confirmaria a paternidade.

Não, a amostra coletada para realizar o exame do DNA é somente sangue.

O procedimento, que se chama Diagnóstico Pré-Implantacional (DPI), permite escanear o DNA de embriões com poucos dias de vida retirando uma célula deles. Com o DPI, já é possível escolher o sexo do bebê e selecionar embriões livres de mais de 300 doenças e anormalidades genéticas.

Entre os riscos a que se referem, destacam-se mutações aleatórias que ocorreriam no genoma modificado, consequências danosas às gerações futuras, extrapolação do pro- cedimento para fins não terapêuticos e impacto negativo na percepção social acerca da edição de células somáticas.

Alterar o DNA de um embrião – a chamada modificação da linha germinativa – significa que as mudanças apareceriam em todas as células do organismo adulto. Isso inclui óvulos e espermatozoides, ou seja, as mudanças genéticas e possíveis efeitos colaterais seriam transmitidos para gerações futuras.

O genoma humano possui 3,2 bilhões pb (pares de bases, ou também podemos dizer pares de nucleotídeos). Em geral, como é de se esperar, quanto mais complexo o organismo, maior é o seu DNA. Mas essa relação entre tamanho do genoma e complexidade do organismo não é perfeita, ela apresenta várias exceções.

Estudos recentes mostram que a meia-vida do DNA é de cerca de 521 anos. Isso significa que a cada 521 anos, metade das ligações do DNA são destruídas, deixando-o com buracos em sua sequência. Para sua total destruição, são precisos 6,8 milhões de anos.

Existem fatores que podem alterar os resultados dos exames? Como o DNA humano é único, ele não pode ser alterado por drogas, álcool, drogas, alimentos, idade, estilo de vida ou mesmo cirurgia. Porém, se o paciente já recebeu uma transfusão de sangue, o laboratório deve ser notificado, pois podem haver alterações.

Onde o DNA é encontrado? Em organismos eucariotos, como os seres humanos, o DNA é encontrado dentro de uma área especial da célula chamada núcleo. No núcleo dos eucariotos, o DNA está condensado numa estrutura que se chama cromatina. As proteínas responsáveis pela condensação são: Histonas e não histonas.

E seu corpo, segundo a estimativa mais precisa, é formado por 37,2 trilhões de células – ninguém quis contar uma por uma para confirmar o número, ainda bem. Isso significa que, de alguma forma, cabem 74,4 trilhões de quilômetros de material genético dentro de você.

Teoricamente, irmãos do mesmo sexo poderiam nascer com o mesmo DNA, mas as chances de que isso ocorra seriam uma em 246 ou cerca de 70 trilhões de possibilidades. Na verdade, a probabilidade é ainda menor do que isso.