É possível engravidar amamentando e tomando a pílula do dia seguinte?

Perguntado por: lnogueiras . Última atualização: 26 de abril de 2023
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Quem amamenta pode tomar pílula do dia seguinte? Sim, é possível engravidar durante o período de amamentação.

Se tomou a pílula do dia seguinte e a menstruação não desceu, isso é normal e pode acontecer mesmo quando o efeito foi eficaz. Nos casos de atraso menstrual em mulheres que usam a pílula anticoncepcional, a mulher pode continuar tomando sua medicação regularmente, mesmo não vindo a menstruação.

1. É possível engravidar mesmo tomando a pílula? O índice de falha da pílula é baixo, mas quando tomada após 72 horas da relação sexual, as chances do método impedir a gravidez diminuem consideravelmente. Nesses casos, o melhor a fazer é esperar a chegada da menstruação ou realizar um teste de gravidez.

Estima-se que, após 48 horas, a pílula já terá perdido grande parte de sua eficácia. A função da pílula do dia seguinte é impedir a fecundação do ato sexual imediato. Por isso é recomendado que seja usada o mais rápido possível após uma relação sexual desprotegida.

Outro sintoma comum é a presença de um líquido vaginal espesso e transparente, como clara de ovo, chamado muco cervical. Sensibilidade na vulva e nas mamas pode ser outro sinal de que a mulher está ovulando, assim como um aumento discreto na temperatura basal depois da ovulação.

Logo, a mulher pode engravidar até 3 semanas após o nascimento de um bebê, mesmo que esteja amamentando e que sua menstruação não tenha reiniciado.

Como já citamos acima, realmente as chances de uma mulher engravidar amamentando são mínimas e isso acontece porque a mulher que amamenta em livre demanda, oferecendo o peito ao bebê sempre que solicitado impede que ocorra a ovulação.

Gestação não é contraindicação para amamentação. A gestante pode continuar amamentando se assim desejar e se a gravidez for normal. Deve-se aumentar o aporte calórico e de fluídos. Muitas crianças interrompem a amamentação espontaneamente durante a nova gravidez.

A pílula anticoncepcional durante a amamentação é segura e não faz mal para o bebê. No entanto, é importante que sua fórmula seja composta apenas pelo hormônio progesterona para que isso não altere a produção de leite, que é a principal fonte de nutrição do bebê, falaremos mais sobre isso no próximo tópico.

Os sintomas de gravidez nos primeiros dias após a fecundação aparecem de forma variada. Nos primeiros 7 a 10 dias após a relação, podem começar a aparecer alterações no corrimento vaginal, que fica mais rosado. Algumas mulheres também podem sentir cólicas abdominais.

Os principais efeitos colaterais da pílula do dia seguinte são dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, cólicas menstruais, cansaço, tontura, irritabilidade e maior sensibilidade nas mamas. Esses sintomas também podem durar ao longo do mês em que o contraceptivo foi usado.

É possível confirmar a gestação com cerca de 5 dias de atraso menstrual. Além desses métodos, a ultrassonografia obstétrica de I trimestre também pode auxiliar no diagnóstico da gravidez. A avaliação transvaginal pode visualizar o saco gestacional no interior da cavidade uterina a partir da 5ª semana gestacional.

2O sangramento de escape pode ser causado por diversos motivos e não só devido ao uso da pílula. 3Um sangramento amarronzado com aspecto de borra de café pode acontecer devido aos hormônios da pílula. 4O sangramento de escape mais perigoso é o que acontece na gravidez, pois pode acontecer por deficiência hormonal.

Então, o mais recomendado é tomar a pílula do dia seguinte até 12 horas após a relação sexual sem proteção. É possível tomar o medicamento com água ou alimentos. Dependendo da marca, a pílula do dia seguinte pode vir em dose única ou em cartela de dois comprimidos. Nesta última, as duas doses são necessárias.

No Brasil, a pílula do dia seguinte mais usada é composta por levonorgestrel 0,75 mg (marcas mais comuns: Postinor-2, Pilem, Previdez 2, Pozato, Diad, Minipil2-Post e Poslov). O levonorgestrel é uma progesterona sintética, que atua como método contraceptivo de emergência por dois mecanismos: Inibição da ovulação.

Um dos principais inibidores da menstruação pós-parto é a amamentação. Se o seu filho toma leite materno, os hormônios ligados ao aleitamento continuarão agindo no seu corpo e tendem a bloquear a ovulação.

Quem amamenta em livre demanda tem as chances de engravidar reduzidas. Nessas condições, a mulher pode demorar a ovular, já que a sucção da mama estimula a produção da prolactina, hormônio responsável pela produção do leite que, ao mesmo tempo, suprime a atividade ovariana.

A primeira menstruação após o parto é irregular. Costuma aparecer entre 4 e 8 semanas após o parto.

Não se deve utilizar a pílula do dia seguinte como método contraceptivo de uso frequente, principalmente durante o aleitamento materno, pois ela contém doses de hormônio maiores que as pílulas normais.

A famosa “pílula do dia seguinte” pode ser usada com segurança por todas mulheres que amamentam e que tiveram alguma relação desprotegida ou falha de método.

Alterações fisiológicas durante o desmame
Com o desmame, ocorrem alterações na composição do leite e nas glândulas mamárias. Durante um período de três meses depois do desmame, o volume de leite diminui para aproximadamente 67%, 40% e 20% do nível de base.