É possível criar novos neurônios?

Perguntado por: oassis . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Por muito tempo, a ciência acreditou que não era possível desenvolver novas células cerebrais depois que atingíssemos a idade adulta. Mas hoje as pesquisas estão provando que, diferente do que pensávamos, é possível criar neurônios.

Hoje, no entanto, sabemos que a perda de neurônios só ocorre se estiver associada a processos patológicos e degenerativos, como os quadros que caracterizam a doença de Alzheimer, cortes ou secções dos tecidos nervosos ou acidentes vasculares cerebrais, entre outros.

Apesar de os neurônios, como muitas outras células especializadas, conterem um núcleo, eles não possuem centríolos, que são essenciais para a divisão celular. À medida que os neurônios se desenvolvem, eles não produzem essas organelas-chave, tornando a replicação impossível.

1.400 novos por dia
Com seu estudo, publicado pela revista Cell, constatou-se que “os neurônios se regeneram também durante a idade adulta e isso pode contribuir para o bom funcionamento do cérebro”.

O álcool faz mal a muitos órgãos, sobretudo ao fígado, mas não mata neurónios.

Por décadas, acreditamos que você nasce com uma quantidade de neurônios e, quando eles morriam, já era. Esse, porém, foi um dos mitos sobre o cérebro que foi se desmantelando conforme nossa compressão sobre o órgão aumentou. Estudos recentes mostram que adultos geram, sim, novos neurônios, especialmente no hipocampo.

Você sabia que nós nascemos com muito mais neurônios do que possuímos quando chegamos à vida adulta? Pesquisas atuais indicam que um bebê nasce com aproximadamente 100 bilhões de neurônios que, na vida adulta, se transformam, em média, em 20 bilhões.

Neurônios não se dividem ao meio. São tão especializados que não têm as proteínas necessárias para se reproduzir. Os recém-nascidos encontrados por Eriksson e Gage surgiram da divisão de um outro tipo de célula, as células-tronco, uma espécie de estepe sempre à espera de um estímulo químico para se multiplicar.

A técnica, chamada de "2Phatal", usa marcadores fluorescentes para destacar como as células se comunicam e removem os neurônios mortos em tempo real.

Conheça seis maneiras de “reiniciar seu cérebro” para começar...

  1. 1 – Seja gentil e prestativo. Bondade, altruísmo e empatia podem afetar o cérebro. ...
  2. 2 – Faça exercícios físicos. Se exercitar ajuda a melhorar a saúde física e mental. ...
  3. 3 – Coma bem. ...
  4. 4 – Mantenha-se socialmente conectado. ...
  5. 5 – Aprenda algo novo. ...
  6. 6 – Durma bem.

Quando praticamos atividades aeróbicas (caminhada, dança, yoga), há a liberação do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), uma proteína que estimula a formação de novos neurônios e está diretamente relacionada ao aprendizado, por isso pode favorecer funções cognitivas.

O envelhecimento do cérebro
Com a idade, o tamanho do cérebro diminui, perdemos neurônios e a produção de hormônios e neurotransmissores se altera. No entanto, a mudança mais importante é a perda de muitas conexões entre os neurônios, células de vida longa que não se dividem e, portanto, dificilmente se regeneram.

Nós humanos, sempre nos achando muito especiais, acreditávamos que tínhamos aproximadamente 100 bilhões de neurônios em nosso cérebro. No entanto, uma nova pesquisa liderada por Suzana Herculano-Houzel acabou de diminuir este número para 86 bilhões.

"Neurônios não tem um período de vida fixo. Eles podem sobreviver para sempre. É o corpo que os contém que morre. Se você os colocar em um corpo que vive muito, eles irão sobreviver tanto quanto o novo ambiente permitir", diz Magrassi.

O camapu, um fruto típico da Amazônia, induz a produção de neurônios. É o que diz pesquisa do Grupo de Pesquisas Bioprospecção de Moléculas Ativas da Flora Amazônica, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que descorbriu as propriedades neurogênicas. A planta que dá o fruto tem o nome científico Physalis angulata.

Após o diagnóstico de morte encefálica, não há qualquer chance de recuperação.

O que o álcool pode provocar? A bebida alcoólica pode provocar diversos efeitos além da euforia, prazer e excitação. O excesso de álcool no cérebro leva a efeitos psíquicos como redução da concentração, da atenção, da memória recente e da capacidade de julgamento.

O álcool também afeta o cérebro e o sistema nervoso central, alterando o trabalho dos neurotransmissores. O excesso de álcool altera a atividade elétrica do cérebro o que dificulta o controle do equilíbrio corporal e causa problemas para caminhar, falar e até vocalizar as palavras.

O gosto da cerveja, mesmo sem o efeito do álcool, pode provocar a liberação de dopamina no cérebro, neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer e geralmente associado com o consumo de álcool ou drogas.

Fazer novas conexões neurais depende da experiência e do ambiente de um indivíduo. “Podemos melhorar a neuroplasticidade por meio de exercícios, nutrição equilibrada, evitar agentes tóxicos, como excesso de álcool ou tabaco, e nos envolver em situações cognitivas exigentes e novas”, diz Krupp.