É paliativo ou Paleativo?

Perguntado por: ecavalcante . Última atualização: 18 de maio de 2023
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A palavra "paliativo" tem origem no latim pallium, que metaforicamente significa tapar, disfarçar ou encobrir, mas também quer dizer cobrir, amparar, abrigar. Paliativo pode ser uma medida tomada para determinada situação que apenas disfarça e não resolve o problema.

Definição. São os cuidados de saúde ativos e integrais prestados à pessoa com doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida.

A ação paliativa é qualquer medida terapêutica, sem intuito curativo, que visa minorar, em internamento ou no domicílio, as repercussões negativas da doença sobre o bem-estar geral do doente.

A filosofia dos cuidados paliativos aceita a morte como o estágio final da vida: ela afirma a vida e não acelera nem adia a morte. Os cuidados paliativos focam na pessoa e não na doença, tratando e controlando os sintomas, para que os últimos dias de vida sejam dignos e com qualidade, cercado de seus entes queridos.

Terapia de sedação paliativa é definida como uso de medicamentos sedativos específicos para aliviar sofrimento intolerável por sintomas refratários, por redução da consciência do paciente, usando titulação cuidadosa de medicamentos para cessar os sintomas8.

Os cuidados paliativos são os cuidados dedicados aos pacientes que apresentam uma doença crônica e de progressão que ameaça a vida e, que vão desde o controle dos sintomas físicos causados por aquela doença, até o alívio da dor nas suas diversas dimensões.

Assistência aos pacientes terminais é um programa de atendimento e suporte para pessoas com alta probabilidade de morrer em poucos meses. O tratamento paliativo se concentra no conforto e no significado, não na cura.

A filosofia dos cuidados paliativos assenta em quatro pilares básicos: comunicação eficaz, controlo adequado dos sintomas, apoio à família e trabalho em equipa (DGS, 2004; Neto, 2010; OE, 2011).

Seus trabalhos descrevem a identificação dos cinco estágios que um paciente pode vivenciar durante sua terminalidade, que são: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação(1).

Entretanto, às vezes, é necessário fazer uma estimativa do tempo de vida que provavelmente resta à pessoa. Por exemplo, os cuidados paliativos geralmente exigem o prognóstico médico de menos de seis meses de vida.

O cuidado paliativo é realizado por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Ele deve ser feito necessariamente em equipe.

O sulfato de morfina é uma medicação essencial dentro da abordagem dos Cuidados Paliativos (CP), trata-se de uma analgésico opioide forte, com alto potencial para alívio de sintomas e que está indicado principalmente para o tratamento de dor moderada à intensa.

Para cuidar de idosos, especialmente de forma paliativa, também é fundamental desenvolver atividades fisioterapêuticas. Elas podem ser úteis na cicatrização de úlceras, podem ajudar a melhorar a respiração e até a fortalecer os músculos, de forma geral.

Lucidez terminal
— Isso foi diagnosticado em uma pessoa que está neurologicamente ou psiquiatricamente acometida com uma doença crônica ou que caminhou rápido. Ela apresenta uma melhora, uma lucidez, uma clareza dias, horas ou minutos antes de morrer.

Todo paciente do sistema público e privado de saúde tem o direito de receber cuidados paliativos, caso seja diagnosticado com alguma doença crônica ou aguda que ameace a sua vida. A medida vale principalmente para pessoas com câncer e sem perspectivas de cura, além de outros problemas graves de saúde.

Afirmar a vida e considerar a morte como um processo natural. Não acelerar nem adiar a morte. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente. Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível, até o momento da sua morte.

A sobrevida dos pacientes com sedação paliativa e sem sedação é parecida (3 a 5 dias). Não podemos esquecer, por exemplo, que o paciente em franca insuficiência respiratória tem um gasto excessivo de energia, que pode ser poupado com a sedação.

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