É normal não gostar de ouvir música?

Perguntado por: igoulart . Última atualização: 26 de maio de 2023
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Existem pessoas que não suportam ouvir músicas. A junção de sons feitos pelos instrumentos musicais simplesmente não agrada aos ouvidos de alguns de nós. Quem estudou essa condição, e fez algumas descobertas, foram os pesquisadores da Universidade de Barcelona, na Espanha.

Esse é o nome que a ciência deu para qualificar as pessoas que não gostam de ouvir música em hipótese alguma.

Calma, prazer e nostalgia são algumas das sensações experimentadas quando ouvimos música. Diferentes ritmos causam reações diversas. Ouvir música pode ter diversos efeitos no corpo. Dependendo da música há quem jure que se sinta mais feliz ou relaxado, outros não gostam de certos sons.

Segundo alguns pesquisadores, a música afeta o caráter e a sociedade. Cada pessoa é capaz de trazer para dentro de si a harmonia. Essa harmonia acaba influenciando nos pensamentos, nas emoções, na saúde, nos movimentos do corpo, enfim, em todo o bem estar do ser humano.

Poucas atividades não se tornam mais agradáveis quando se ouve música em simultaneidade. Viajar, trabalhar, praticar exercícios físicos, curtir uma festa, ler, escrever, estudar. A lista de tarefas potencialmente incrementadas pela música é infindável. Na famosa acepção de Nietzsche, “sem música, a vida seria um erro”.

É comum que uma música nos traga a lembrança de um momento, um lugar, uma pessoa, até mesmo de sentimentos. Esta associação entre memória e uma música acontece porque ao longo de toda vida nosso cérebro é exposto a diversas melodias, notas, padrões musicais, letras e é “treinado” para fazer associações entre eles.

Por isso a música oferece diversos benefícios para a sua saúde, como: Estimular a criatividade e ajudar a relaxar. Ouvir música pode reduzir os sintomas de ansiedade, isso acontece por conta da dopamina. Melhora a comunicação e a socialização.

Ouvir uma música repetidamente por si só tem muito mais a ver com o seu momento especial de sensibilidade para determinada letra ou sonoridade, evocando os sentimentos que você quer aproveitar. Fique tranquilo. Não é um sinal de TOC, é um sinal de que você está vivo e adora música ou em especial esta música.

A ocorrência de eventos traumáticos e o estresse
Há fatores ambientais que podem levar ao surgimento da anedonia. Eventos que geraram estresse profundo podem ser gatilhos para que a doença apareça. Casos de abuso, abandono, doenças mais complexas e distúrbios alimentares podem desencadear a condição também.

a perda de interesse por atividades que se realizava anteriormente; dificuldades de concentração; alterações do sono, podendo haver insônia ou sono excessivo; e a diminuição ou perda da libido.

Como identificar a anedonia? Além dos sintomas que já descrevemos, como a perda de prazer e a sensação de vazio, geralmente a anedonia não se manifesta de forma isolada. Ela costuma ser acompanhada por outras sensações como cansaço, fadiga, dificuldade de concentração, desânimo e redução no nível de energia.

Michael Bonshor, especialista em psicologia musical, disse ao Independent: “A primeira razão é a exposição excessiva à música. Experiências demonstraram que ouvir muitas vezes a mesma música esgota o critério de novidade, o que vai tornar a música aborrecida.”

Diferentes tipos de música despertam diferentes emoções e evocam lembranças, provocando uma série de respostas no corpo humano. Assim, escutar música não é apenas lazer: a música pode ter efeitos terapêuticos e ser parte das estratégias de estímulo de áreas do cérebro que despertam os potenciais de aprendizagem.

Além de nos entreter e distrair, a música desempenha um importante papel contra os efeitos da ansiedade, depressão e estresse e pode impactar de uma maneira muito positiva nossa felicidade e bem-estar.

Música estimulante e estímulo cognitivo
Músicas com ritmos pulsantes, como a música latina, o funk e a música eletrônica, podem estimular a atividade cerebral e promover a energia mental.

A música dá ao seu cérebro descanso, relaxamento e motivação para aceitar tarefas desafiadoras e exibir o melhor de seus poderes intelectuais, como a memória; A tensão e a ansiedade influenciam a capacidade de se concentrar nos estudos. Ouvir música neutraliza essas emoções negativas para purificar seu pensamento.

Se ouvir música já é parte da sua rotina, é possível encontrar nela um mecanismo para equilibrar mudanças de humor. Por conta das características rítmicas e repetitivas, a música age no neocórtex, uma região do cérebro onde estão as áreas mais desenvolvidas do córtex, acalmando e reduzindo a impulsividade.

Existem pessoas que não vivem sem música. Até para trabalhar gostam de estar acompanhadas do ritmo musical que apreciam. Com esta presença forte, algumas músicas marcam momentos especiais em nossas vidas: romance, alegria, conquistas e, principalmente, saudade.

O fenômeno, que tem sido estudado desde 1885 (muito antes dos fones de ouvido), é chamado de síndrome da música presa, música pegajosa, repetição de imagens musicais, imagens musicais intrusivas ou, o termo semioficial, imagens musicais involuntárias. Pesquisas confirmam o quanto o fenômeno é comum.