É normal esquecer o que estudou?

Perguntado por: hbrito . Última atualização: 3 de maio de 2023
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Pesquisas revelam que em 30 dias um estudante esquece até 98% do que aprende e aqui quero ensinar como fazer com que isso não aconteça. O simples e ao mesmo tempo precioso segredo para que você não esqueça o que aprende é a Revisão.

Faça da seguinte forma: depois de ler o conteúdo, busque falar em voz alta aquilo que lembrar sobre o que foi lido. Dessa forma, estará forçando o seu cérebro a memorizar e sintetizar as informações. Ouvir os nossos pensamentos é muito bom para a memória.

A explicação está, de acordo com a teoria que balizou o estudo, na percepção de que o cérebro tem uma capacidade limitada de tomar decisões. E essa capacidade vai sendo reduzida ao longo do dia até um momento em que o a mente precisa parar, descansar, para depois recuperar a capacidade original de operar.

A curva do esquecimento descreve um processo pelo qual toda pessoa passa, independentemente da sua capacidade de memorização. Ou seja, você esquecer parte do que o professor disse na aula da semana passada é normal. Curva do esquecimento hipotética, não desenhada em escala.

Esquecimentos eventuais, especialmente em momentos de muito cansaço ou estresse emocional, costumam ser aceitáveis. Quando há comprometimento das atividades de vida diária, com queda no rendimento e performance no trabalho e no ambiente acadêmico, faz-se necessário uma avaliação com um médico neurologista.

Aspectos como ansiedade, depressão, uso de medicamentos controlados, falta de sono, infecções e doenças neurológicas (Alzheimer) estão na lista dos possíveis motivos que levam uma pessoa a ter a memória prejudicada.

Em um estudo conduzido em 1965, os especialistas em educação e psicologia David Ausubel e Mohamed Youssef foram categóricos em dizer que um estudante precisaria ser exposto a uma palavra 17 vezes antes de aprendê-la e passar a usá-la. Outras pesquisas apontam para uma média que varia entre 15 e 20 vezes.

Pode ser um sinal de dislexia ou déficit de atenção. Pode ser que esta preocupado com outra coisa. Pode ser que o texto seja enfadonho e mal escrito, o que é muito comum no Brasil.

Quebra-cabeças e jogos da memória são importantes exercícios. Eles podem ser seus aliados na hora de preparar o seu cérebro para lembrar dos assuntos estudados. Os jogos podem estimular concentração e treinam a mente para fazer a associação de imagens. Sudoku, jogos de cartas, dominó e palavras também tem esse efeito.

10 dicas para estudar eficientemente, segundo especialistas

  1. #1 Impeça a “curva do esquecimento” ...
  2. #2 Utilize material impresso. ...
  3. #4 Estude quando estiver cansado – e descanse em seguida. ...
  4. #5 Não releia, relembre. ...
  5. #6 Use o sistema Leitner. ...
  6. #7 Pense sobre o pensar. ...
  7. #8 Varie o conteúdo. ...
  8. #10 Assuma o papel de “professor”

O ideal é seguir aquele modelo de revisão de 24 horas, 7 dias, 1 mês e 6 Meses. Seguindo isso, conseguirá deixar a informação sempre em sua mente, favorecendo sua memorização. Minha recomendação é que todos os dias deixe pelo menos 30 a 1 hora para revisar o conteúdo, esse tempo será o suficiente.

20 minutos

7) Tire um cochilo
Um cochilo de 20 minutos (somente 20 minutos!) pode ajudar, e muito, quem precisa estudar, mas está com sono. Isso porque é tempo suficiente para relaxar o corpo, mas não o bastante que para se transformar em sono profundo.

O lado psicológico também é abalado. Horas seguidas de estudo, sem descanso e com o bônus de toda a pressão por ter um bom desempenho pode gerar transtornos como ansiedade e depressão, chegando a, inclusive, gerar quadros crônicos. Ou seja, não adianta apenas estudar, é preciso fazer de uma maneira saudável.

Quando o estudante elabora, repete, relembra, recupera e cria novas informações, ele reativa neurônios e desencadeia neuroplasticidade. Esse processo promove modificações das conexões cerebrais, denominadas sinapses, e consolida as informações na memória de longa duração.

Caso a preguiça de estudar não passe, procure fazer exercícios físicos mais intensos para liberar endorfina. Esse hormônio nos ajuda a relaxar, além de melhorar o nosso humor, concentração e memória. Às vezes, tudo de que precisamos é um banho para refrescar a mente e o corpo.

No entanto, se o esquecimento não estiver relacionado às causas de estresse e ocorrer de forma frequente, principalmente quando se relaciona a situações importantes, como reconhecer um familiar, perder-se em locais conhecidos ou estar desorientado no tempo, deve ser a hora de buscar ajuda.

Hipotiroidismo. Este problema na tireoide, caracterizado pela baixa ou nenhuma produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), pode afetar não só a memória, mas também gerar outros sintomas como cansaço, perda do apetite e sonolência.

Também conhecido por declínio cognitivo leve ou transtorno cognitivo leve, esse tipo de déficit de memória deve ser entendido como uma perda discreta de memória, não demencial, cuja causa vai desde estresse ou noites mal dormidas até fases iniciais de processos da doença de Alzheimer.

O primeiro passo é observar se o esquecimento, de alguma forma, compromete atividades do cotidiano como baixa produtividade no trabalho ou nos estudos; dificuldades em executar tarefas comuns como fazer compras, dirigir e voltar a locais, cuja as visitas são frequentes.

Nayara dos Santos Reimer, Neurologista da Clínica Neurológica, descreve três causas de esquecimentos e lapsos de memória em pacientes jovens, são elas: Estresse e ansiedade; Depressão; TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

Falta de atenção. Sabe por que você não guarda absolutamente tudo o que ouve em seu dia? Porque nem todas as coisas têm a sua atenção. Sem focar no que vê, ouve ou faz, o cérebro não consegue criar uma referência e, assim, não é capaz de lembrar mais tarde.