É necessário continuar indo ao médico após o transplante de rim?

Perguntado por: icortes . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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É necessário continuar indo ao médico mesmo após o transplante renal? Sim, é importante manter o controle e acompanhamento junto ao médico nefrologista mesmo após o transplante renal.

Depois da cirurgia, o paciente que recebe o rim do doador vivo permanece no hospital por cerca de sete dias. Já para aqueles que receberam o órgão de um doador falecido, a recuperação é mais complexa e o tempo de internação é de 10 a 14 dias.

De toda forma, os transplantados são monitorados, passam por exames laboratoriais e recebem medicações que minimizam os desconfortos da cirurgia, evitam infecções e previnem a rejeição do órgão. É importante lembrar que o organismo do paciente percebe o novo fígado como sendo um corpo estranho.

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a expectativa de vida média dos rins transplantados varia de 15 a 25 anos, entretanto, alguns casos ousam contrariar essas estimativas.

Complicações póstransplante renal
Existem diversos tipos de complicações, entre as mais comuns: disfunção inicial do enxerto, rejeições, infecções bacte- rianas, virais e fúngicas; as metabólicas (dislipidemias, diabetes mellitus) as cardiovasculares (hipertensão arte- rial) e as ósseas15.

É importante manter unhas aparadas e limpas, tomando cuidado para não se cortar. Não se exponha ao sol, por causa do risco aumentado de câncer de pele entre transplantados. Ao sair de dia, prefira o fim de tarde ou o começo da manhã. E use chapéu, roupas compridas e sombrinha (sim, o guarda-chuva).

A rejeição aguda acontece durante o terceiro ou quarto mês após o transplante renal. Ela pode ser acompanhada por febre, diminuição da produção de urina com ganho de peso, dor e inchaço do rim e pressão arterial elevada. Os exames de sangue apresentam a deterioração da função renal.

Sobretudo nos primeiros 40 dias do pós-operatório, o corpo do paciente está em processo de cicatrização por isso o paciente transplantado renal não pode carregar peso, subir escadas, fazer faxina na casa e realizar atividades que exigem muito esforço.

A rejeição crónica conduz à falência do transplante do rim que lentamente perde a sua função e começa a produzir sintomas. Este tipo de rejeição parece não ser tratada de forma eficaz com medicamentos. Algumas pessoas podem necessitar de um novo transplante.

Alimentos ricos em sódio que deverão ser evitados: Alimentos enlatados e embutidos: salsicha, presunto, salaminho, mortadela, hambúrguer industrializado, lingüiças, patês industrializados, sardinha, atum, carnes salgadas ou defumadas, charque, picles, azeitonas, palmito, etc.

Aposentadoria por invalidez
O paciente transplantado terá direito ao benefício, independente do pagamento de 12 contribuições, desde que esteja na qualidade de segurado, isto é, que seja inscrito no Regime Geral de Previdência Social (INSS).

Febre, problemas com o cateter, mudanças no aspecto das fezes e da urina, alterações na pele, tosse, falta de ar, mal estar, dificuldades para tomar a medicação e qualquer tipo de dor são considerados sinais de alerta nestes primeiros meses e devem ser observados com atenção.

O PÓS-TRANSPLANTE
O tempo médio de permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de três a dez dias, dependendo da evolução do quadro clínico do paciente. É na UTI que o receptor será constantemente monitorado (pressão arterial, balanço de líquidos, batimentos cardíacos, respiração, entre outros.)

Elias David Neto – Em geral, ele fica de sete a dez dias no hospital. Para inibir a rejeição, assim que é internado começa a tomar imunossupressores, ou seja, drogas que diminuem as defesas imunológicas não só contra o novo órgão, mas contra agressões de agentes externos.

A Lei 10.633 garante para as pessoas portadoras de doença renal crônica e transplantados tenham atendimento prioritário nos serviços públicos e privados, como agências bancárias, supermercados, lotéricas, serviços de saúde e assistência social, entre outros.

O transplante renal é outra forma de substituir a função dos rins, uma vez que a pessoa recebe um órgão novo para que o sangue volte a ser filtrado de uma forma natural pelo seu próprio organismo, sem depender das sessões de hemodiálise. Os rins do paciente são mantidos em seu organismo.

A previdência social considera que o transplantado renal está apto ao trabalho, após três meses do transplante.

Para evitar a rejeição é necessário usar a medicação imunossupressora por toda a vida. É ela que ajudará a “confundir” o sistema imunológico para que este não rejeite o órgão transplantado. Nos primeiros dias após o transplante as doses são maiores, depois vão sendo diminuídas pouco a pouco.