É errado usar a palavra escravo?

Perguntado por: eramires . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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conceito correto é “escravizado”, e não “escravo”, já que o primeiro remete a algo que foi imposto e não algo natural, como o segundo.

1 Que ou aquele que vive privado da liberdade, em absoluta sujeição a um senhor ao qual pertence como propriedade. 2 por ext Que ou aquele que se encontra dominado pela vontade de outrem, por uma paixão, por um vício ou por outra força moral incontrolável.

A escravidão existiu no Brasil, oficialmente, do período colonial até o fim do império português, mas a prática remonta à Antiguidade, daí a palavra escravo vir do latim “sclavus”, que significa "pessoa que é propriedade de outra”, e de “slavus”, que significa “eslavo”, pois muitas pessoas desta etnia foram capturadas ...

Assim, escravizado é denominado como aquele “Que se escravizou, sofreu escravização”. Diferentemente do “escravo”, privado de liberdade, em estado de servidão, o “escravizado” entra em cena como quem “sofreu escravização” e, portanto, foi forçado a essa situação.

149 do Código Penal Brasileiro, o trabalho análogo a de escravo é caracterizado pela submissão de alguém a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto.

1 forro, alforriado, manumisso.

Luís Gonzaga Pinto da Gama, mais conhecido como Luiz Gama, nasceu em 21 de junho de 1830, na cidade de Salvador (BA).

A principal diferença entre o servo e o escravo é justamente a questão da propriedade. Enquanto os escravos eram de seus senhores — e podiam, portanto, ser trocados ou vendidos em transações comerciais —, os servos não pertenciam a ninguém. A relação estabelecida, nesse caso, era a de dependência, não de propriedade.

O termo hebraico ebed – que significa escravo – só permite sua compreensão segundo o contexto: pode tratar-se de verdadeira escravidão no sentido técnico de sujeição involuntária ou da simples dependência do empregado doméstico ou do trabalhador que presta seu serviço em troca de um salário.

Esta obra analisa a situação de trabalhadores, resgatados de trabalho escravo contemporâneo, oriundos de municípios maranhenses. Foi elaborado por meio de trabalho de campo em diversas regiões do estado, trazendo dados e um debate em torno da situação de origem desses trabalhadores.

Os africanos foram trazidos para o Brasil para realizar trabalho forçado, sem pagamento, mediante relação de subsistência e sob ameaças e violência. O transporte de escravos da África para o Brasil era feito em condições precárias, amontoados nos porões de navios.

As primeiras pessoas a serem escravizadas na colônia foram os indígenas. Posteriormente, negros africanos seriam capturados em possessões portuguesas como Angola e Moçambique, e regiões como o Reino do Daomé, e trazidos à força ao Brasil para serem escravizados.

escravizar - verbo

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Os escravos chamados "boçais", recém-chegados da África, eram normalmente utilizados nos trabalhos da lavoura. Havia também aqueles que exerciam atividades especializadas, como os mestres-de-açúcar, os ferreiros, e outros distingüidos pelo senhor de engenho. Chamava-se de crioulo o escravo nascido no Brasil.

Mucama era o nome dado à criada negra (ou escrava) que prestava serviços domésticos para seus senhores. Costumavam ser jovens e belas e, em alguns casos, também serviam como ama de leite para os filhos de seus patrões.

Nas cidades, as formas de trabalho escravo variavam bastante. Existiam os escravos prestadores de serviço, isto é, os escravos de ganho, carpinteiros, barbeiros, sapateiros, alfaiates, ferreiros, marceneiros, entre outros.

Francisco Félix de Sousa

Francisco Félix de Sousa (Salvador, 4 de outubro de 1754 — Uidá, Benim, 4/8 de maio de 1849) foi o maior traficante de escravos brasileiro e Chachá da atual cidade de Uidá no Benim.
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Francisco (morto em 28 de abril de 1876) foi a última pessoa que foi executada por pena de morte no Brasil. Escravo negro, ele foi enforcado pelo assassinato de seus senhores.

O Brasil foi o país que mais recebeu escravizados. O mesmo inventário organizado pelo Banco de Dados do Comércio Transatlântico de Escravos, registrou que 4,86 milhões de negros desembarcaram oficialmente no País até meados de 1880.