É errado mentir?

Perguntado por: zilha . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
4.5 / 5 11 votos

A mentira é um ato instintivo e funciona como uma arma de preservação social, no entanto, do ponto de vista jurídico, ela é avaliada por seu dolo, ou seja, pela intenção e pelo prejuízo moral ou material que causa (Castilho, 2011.

Segundo a psicóloga Érika Vendramini, todos mentem e a mentira não apenas é considerada normal, como necessária para a vida em sociedade, por isso não se pode considerar todas as mentiras da mesma forma e com a mesma culpa.

O abuso da mentira pode nos fazer perder a referência à verdade e trazer consequências psicóticas.

1 inventar, lorotar, fantasiar, fabular, petear, petar, patranhar, enfestar. Enganar: 2 enganar, iludir, trapacear, simular, fingir, lograr, ludibriar, embromar, enrolar, tapear, equivocar, falsear, burlar, driblar, xavecar, aldrabar, engodar, endrominar, engazopar, refalsear, embair.

Entre os sinônimos mais utilizados para a palavra "mentira", estão: embair, enganar, engazupar, iludir, lograr e ludibriar.

A prática pode ainda provocar dificuldades nos relacionamentos interpessoais, problemas no trabalho, no relacionamento amoroso, uma vez que o indivíduo que tem o hábito de mentir insere isso em todos os contextos da vida.

Uma mentira estraga mil verdades. Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade.

Mentir é um processo psicológico pelo qual um indivíduo deliberadamente tenta convencer outra pessoa a aceitar aquilo que o próprio indivíduo sabe que é falso, em benefício próprio ou de outros, para maximizar um ganho ou evitar uma perda (Abe, 2009. (2009).

Mentirosos costumam ser bons em fingir sentimentos que não estão realmente sentindo, mas também tendem a manifestar seus verdadeiros sentimentos espontaneamente. Por isso, é necessário ter habilidade em mascará-los para que não venham à tona.

Principais consequências
A falta de confiança destrói amizades e relacionamentos e “se a doença continua a progredir, a mentira pode tornar-se tão grave que eventualmente pode causar problemas de ordem social, psicológica e até legal”, alerta a psicóloga.

Desviar o olhar, falar com muitas justificativas, mexer mãos e pés de forma frenética, mudar o tom de voz, entre outros sintomas, são indicativos de um mentiroso. O psiquiatra e diretor do Instituto de Neurolinguística Aplicada, Jairo Mancilha, explica que o corpo sempre é mais fiel à verdade do que a fala.

“A mentira do bem é aceitável no mundo todo, aquela que está relacionada com desejo, a fantasia da criança, a que protege. O outro tipo de mentira, não. Essa é inaceitável e imoral.”

Ao longo da história da humanidade, a mentira também serviu como "uma necessidade evolutiva para nos proteger do mal", diz Michael Lewis, um eminente professor de Pediatria e Psiquiatria da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos.

Mentira branca é aquela que tem sua função social de não insultar o outro, como falar que o prato está ótimo, quando na verdade está muito salgado. Entretanto algumas pessoas têm o hábito compulsivo de contar mentiras, muitas vezes enganosas e maliciosas.

Mentimos para manter as aparências, para evitar ferir os sentimentos de outras pessoas, para impressionar os outros, para fugir da responsabilidade, para esconder crimes, como um mecanismo social, para evitar conflitos, para sair mais cedo do trabalho e muitos outros motivos.