É correto para a bioética usar animais para fazer pesquisa?

Perguntado por: isales . Última atualização: 25 de abril de 2023
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Hoje, a resposta da maior parte dos cientistas é: sim, eles são necessários. “Ninguém opta por usar animais, havendo métodos alternativos validados e comprovadamente eficazes para aquele teste.

Resumo: Os modelos de experimentação animal constituem uma importante ferramenta na pesquisa científica. Sabe-se que essa prática deve estar baseada em princípios bioéticos, seja para impor limites de dor e sofrimento, como para fiscalizar instalações e procedimentos.

Porque ainda usamos animais em pesquisas científicas? A resposta é: porque alguns estudos precisam de respostas fisiológicas que ainda não são respondidas pelos métodos alternativos!

1- Menos de 2% das doenças humanas são observadas em animais. 2- Testes em animais e os resultados nos humanos concordam somente de 5 a 25% das vezes. 3- 95% das drogas homologadas por testes em animais são imediatamente descartadas como desnecessárias ou perigosas ao humanos.

Um dos principais argumentos para os testes em animais é o fato de que podemos gerar dados que serão úteis para o tratamento de doenças em humanos. No entanto, o uso de indivíduos não humanos para pesquisa tem sido com frequência uma área de intenso debate.

Para evitar a crueldade e gerar maior eficácia em estudos, cientistas defendem alternativas para teste em animais

  • 2.1. Tecidos humanos.
  • 2.2. Modelos computacionais.
  • 2.3. Cultura de células.
  • 2.4. Simuladores de pacientes humanos.
  • 2.5. Estudos com voluntários.
  • 2.6. 3R (Replacement, Reduction e Refinement)

A Lei Federal nº 11.794/08 (Lei Arouca) regulamenta o inciso VII do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelecendo procedimentos para o uso científico de animais, revogando a Lei nº 6.638, de 8 de maio de 1979, tendo sido sancionada no dia 8 de outubro de 2008.

Esses testes causam um grande sofrimento aos animais forçados a aguentá-los, devido ao manuseio, confinamento, ingestão forçada e aos horríveis efeitos de algumas substâncias químicas. Os animais sofrem por convulsões, crises epilépticas, paralisia e morte durante tais experimentos3.

A importância da ética em pesquisas que envolvam seres humanos deu-se a partir da necessidade de conduzir as ações de pesquisa pelo pesquisador no desenvolvimento das mesmas, manter a segurança, o direito e a dignidade do pesquisador, mas principalmente do sujeito envolvido na pesquisa ou pesquisado, devido à ...

Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001).

Como são feitos os testes em animais
Os produtos que são testados, são geralmente cosméticos de beleza e higiene, mas podem ser também remédios, pomadas, vacinas e até produtos de limpeza doméstica. Os testes em animais são feitos para saber as reações danosas que aquele determinado produto pode causar ao organismo.

O que acontece com os animais depois dos testes? A maioria dos animais não sobrevive ao fim da testagem. Aqueles que sobrevivem ficam tão abalados com a crueldade que foram submetidos, fisicamente e psicologicamente, que geralmente são abatidos pelos próprios pesquisadores.

O uso de animais como cobaias é antigo, vem desde o século XIX, quando os cientistas da época buscavam solucionar os problemas de saúde do homem. O primeiro experimento com animais foi feito em 1982 quando o DNA de um rato foi introduzido em um camundongo.

Segundo a Coligação Europeia para o Fim das Experiências em Animais, por ano cerca de 115 milhões de animais são usados em pesquisa em todo o mundo, sendo 12 milhões só na Europa. A ONG Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PeTA) estima que, desse total, três milhões morrem por ano.

A resolução de nº 58 do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, proíbe o “uso de animais vertebrados, exceto seres humanos, em pesquisa científica e no desenvolvimento e controle da qualidade de produtos de higiene pessoal, ...

Macacos, cachorros, coelhos, porquinhos-da-índia, bovinos e aves são algumas das espécies mais utilizadas pelos cientistas.

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