Desde quando existe o desmatamento?

Perguntado por: dcamacho . Última atualização: 30 de abril de 2023
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O desmatamento no Brasil tem raízes históricas, pois iniciou-se com a colonização do país, em 1500, pelos portugueses e a exploração de recursos naturais, principalmente a remoção de árvores como o pau-brasil.

Os picos de desmatamento na Amazônia aconteceram em 1995 e 2004, quando respectivamente 29 mil e 27 mil km² de área tiveram a cobertura vegetal removida. A década de 1990 ficou marcada pela oscilação nas taxas de desmatamento, que caminharam junto das transformações na economia brasileira.

A causa mais essencial do desmatamento global é o explosivo aumento da população humana, gerando uma aceleração exponencial na demanda por recursos naturais e espaço para habitação e implantação de atividades agropecuárias para produção de alimento.

Até então, a maior área desmatada na Amazônia Legal era de de 198,67 km², taxa registrada em 2022. O recorde observado em fevereiro se dá depois de uma redução de 61% nas taxas de desmatamento em janeiro, quando comparado com 2022.

Alertas de desmatamento na Amazônia caem 33,6% no 1º semestre de 2023. O número de alertas de desmatamento na Amazônia Legal caiu 33,6% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira 6 pelo Ministério do Meio Ambiente.

Hoje sabe-se que, antes dos europeus chegarem a essas terras, a floresta amazônica tinha cerca de 8 milhões de pessoas, que se concentravam principalmente nas margens de grandes rios, como o Amazonas e o Tapajós. Atualmente vivem na Amazônia 306 mil indígenas, segundo o IBGE.

De acordo com a plataforma, foram registrados 208,75 km² apenas entre 1º e 17 de fevereiro. Esse número supera o acumulado mensal ao longo do mês completo nos anos de 2022 (198,67 km²), 2021 (122,8 km²), 2020 (185,73 km²). 2019 (138,08 km²), 2018 (146,32 km²), 2017 (101,23 km²) e 2016 (114,98 km²).

A atividade agropecuária é o principal vetor de desmatamento no país, representando 95,7% do total ou 1,96 milhão de hectares. O garimpo responde por 5,9 mil hectares e a mineração por 1,1 mil hectares.

Causas do desmatamento
Alguns exemplos são expansão da atividade agrícola, atividade mineradora, aumento da exploração dos recursos naturais pela procura por matéria-prima, intensa urbanização e aumento das queimadas, acidentais ou intencionais, entre outros.

A busca por um desenvolvimento econômico imediatista é o principal responsável pelos desmatamentos no Brasil, desprezando um possível desenvolvimento social e ecológico. O que futuramente acarretará problemas em grandes proporções.

O desmatamento tem como objetivo a obtenção de solo para a agropecuária, uso das árvores na indústria madeireira e a especulação imobiliária, o desmatamento desordenado ocorre devido à falta de fiscalização do Estado e descumprimento das leis que em geral apresentam impunidade.

Agronegócio foi responsável por 97% do desmatamento no Brasil em 2021.

Por outro lado, Gana e Bolívia foram os países com maiores elevações na perda florestal primária em 2022, com 71% e 59% de aumento no período. Sozinha, a Bolívia perdeu 400 mil hectares de florestas primárias em 2022, um recorde para o país.

5 formas de acabar com o desmatamento da Amazônia

  1. Instituir o imposto rural. ...
  2. Ampliar a moratória da soja para o cerrado. ...
  3. Eliminar o mercado de carne ilegal. ...
  4. Aumentar a fiscalização do crédito para a agricultura. ...
  5. Definir novas medidas de combate ao desmatamento.

Mesmo com a redução significativa, o acumulado de janeiro a maio de 2023 foi o quarto maior desde 2008, superado apenas pelos anos da era Bolsonaro: 2020, 2021 e 2022. Entre janeiro e maio, a floresta amazônica perdeu 1,5 mil km² de vegetação nativa, área equivalente à cidade de São Paulo (SP).

Até agora, cerca de 729 mil km² foram desmatados no bioma Amazônia, o que corresponde a 17% do referido bioma.

E isso terá um impacto significativo na biodiversidade da região e até mesmo nas mudanças climáticas em nível mundial. A boa notícia é que 80% da floresta amazônica original permanecem praticamente intactos, então ainda é possível cuidar desse patrimônio de imenso valor para toda a humanidade.

Degradação de habitat: a retirada da vegetação destrói o habitat de várias espécies, o que pode, inclusive, levá-las à extinção. Erosão: a retirada da vegetação também deixa o solo mais exposto à ação do Sol, dos ventos e das chuvas, o que pode desencadear o seu processo de degradação.

A Amazônia teve 167 km² desmatados em janeiro de 2023, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Sistema DETER, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O número representa uma queda de 61% em relação a janeiro de 2022 –quando foi registrada uma área desmatada de 430 km² no bioma.

Como a ocupação brasileira ocorreu, de forma inicial, na parte leste do país, a mata foi o primeiro bioma a ser desmatado, o que explica sua baixa área. Localizada no litoral brasileiro, a Mata Atlântica foi o primeiro bioma desmatado do Brasil.

A Floresta Amazônica começou a sofrer com o desmatamento a partir da década de 1970, quando foi construída a Rodovia Transamazônica.