Como vivem os refugiados?

Perguntado por: oprates . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Muitos refugiados não podem voltar para casa. Muitos também vivem em situações perigosas ou têm necessidades específicas que não podem ser atendidas no país onde buscaram proteção. Em tais circunstâncias, o ACNUR ajuda a reassentar essas pessoas em um terceiro país.

Além da falta de emprego, de moradia e qualquer recurso para começar a vida, sem falar que muitos chegam apenas com a roupa do corpo, há ainda a diferença de tratamento de um país para o outro. Você sabe onde fica o maior campo de refugiados do mundo? Dessa forma, a maioria deles vive à mercê de ajudas humanitárias.

A responsabilidade de proteção e integração de refugiados é primariamente do Estado brasileiro. No território nacional, o refugiado pode obter documentos, trabalhar, estudar e exercer os mesmos direitos civis que qualquer cidadão estrangeiro em situação regular no Brasil.

Acesso à moradia, água, saneamento e higiene (38%)
Outras pessoas refugiadas falaram sobre condições precárias em alguns espaços de habitação e casas privadas, sendo também frequente casas em aluguel superlotadas e situações que levam a um risco maior de despejo.

Conseguir emprego é a maior dificuldade de refugiados no Brasil, diz pesquisa. Uma pesquisa realizada pela ONG Estou Refugiado, em parceria com o Instituto Qualibest, aponta que o desemprego ou a dificuldade para encontrar trabalho são os principais problemas enfrentados por 66% dos refugiados no Brasil.

b) condições de vida precárias: muitos dos estrangeiros no Brasil sofrem com as precárias condições de vida que aqui encontram, sobretudo no momento em que chegam, quando ainda não dispõem de emprego, moradia, comida e dinheiro, além de sequer conhecerem o idioma português.

Acolher refugiados não é uma questão de filantropia, é uma questão de solidariedade e compartilhamento de responsabilidade. Ao receber refugiados e se comprometer com afinco com sua integração, o Brasil será um líder global na demonstração de respeito aos direitos humanos e compaixão.

Uma característica marcante da questão dos refugiados no mundo é o fato de a maioria deles – cerca de 86% – deslocar-se em direção aos países emergentes do sul, e não para a Europa e para os Estados Unidos, principais destinos migratórios da atualidade.

Para pedir refúgio no Brasil, é preciso se cadastrar na plataforma Sisconare. Após o registro, o estrangeiro está apto a protocolar uma nova solicitação, atualizar seus dados e incluir familiares no processo. Concluído o cadastro, é preciso agendar um atendimento no site da Polícia Federal.

Eles fogem por conta de conflitos internos, guerras, perseguições políticas, ações de grupos terroristas e violência aos direitos humanos. Metade do fluxo anual de refugiados são sírios, que deixam suas origens devido à guerra civil em que o país está desde 2011.

A falta de moradia e o acesso ao mercado de trabalho são os principais desafios enfrentados atualmente pelos refugiados e solicitantes de refúgio que vivem no Brasil.

Distrito Federal. Comitê Nacional para os Refugiados (Conare): O Conare é o Comitê do governo encarregado de revisar e decidir todas as solicitações de refúgio no Brasil. Ele também é a autoridade responsável por definir a política brasileira de refúgio.

Os refugiados reconhecidos no Brasil têm direito de obter o Registro Nacio- nal de Estrangeiros (RNE), documento de identidade dos estrangeiros no Brasil; uma Carteira de Trabalho e Previdência Social definitiva (CTPS); um número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) e um documento de viagem.

Guerras, instabilidades econômicas e políticas figuram entre as principais causas para os deslocamentos na atualidade, mas cada fluxo de refugiados varia de acordo com o contexto local.