Como um niilista vive?

Perguntado por: malmeida9 . Última atualização: 3 de maio de 2023
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A vida vem do nada e termina no mesmo nada, sem qualquer sentido. Além disso, o fenômeno que nasceu junto da pós-modernidade trás uma lógica de questionamento de valores sociais como tradições, dogmas e crenças que regem a vida, se apegando na certeza de que tudo é nada, ou seja, não há sentido.

O ponto positivo é aquele que explica que o poder é do ser humano, para escolher e assumir suas próprias responsabilidades e consequências. O niilista não dá resposta, nem alimentar qualquer tipo questionamento. Despreza, fragmenta e dissipa todos os critérios absolutos, valores e princípios de maneira radical.

As características do Niilismo
Dessa maneira, o sentido que a vida assumia antes, seja ele religioso ou algum outro, deixa de ser o foco do problema. Ora, se não há um sentido para vida, o que há então? Bom, segundo o Niilismo, não há nada, isto é, não há um sentido para a vida além do sentido que atribuímos a ela.

O problema está em criar um novo solo comum, que seja o ponto de partida para o entendimento recíproco entre as pessoas. Enquanto reinar o individualismo e o egocentrismo niilista em nossa sociedade, mais forte será a experiência da fragmentação e do relativismo dos valores.

O Niilismo é uma concepção filosófica baseada na ideia de não haver nada ou nenhuma certeza que possa servir como base o conhecimento. Ou seja, nada existe de fato. Assim, em sua extensão para o existencialismo, o niilismo é a compreensão de que a vida não possui nenhum sentido ou finalidade.

Segundo o filósofo alemão, o caminho capaz de superar o niilismo se faz possível pela maneira de lidar com a realidade de forma afirmativa. Assim, propõe ao homem um jeito de viver que impulsiona a atitude de aderência ao amor fati, isto é, um modo de afirmação da vida tal como ela é.

Ao longo do tempo, diversos filósofos teorizaram sobre o niilismo, o existencialismo e o absurdo da vida, entre eles destacam-se Friedrich Nietzsche - considerado o pai do niilismo -, Albert Camus e Thomas Nagel.

Nietzsche poderia ser categorizado como um niilista no sentido descritivo porque ele acreditava que não havia mais nenhuma substância real para os valores tradicionais sociais, políticos, morais e religiosos.

A morte é um fato que nada encerra, além de uma escuridão absoluta. Ela reduz o homem ao nada absoluto, o último suspiro será o fim de tudo. A morte significa a aniquilação absoluta do princípio vital humano. Mais do que na vida, é na morte que o ser humano se revela.

- Delírio Niilista: a pessoa acredita que o mundo deixou de existir ou que ela está morta. Outra crença que pode estar presente é a de não possuir alguma parte do seu corpo, como membros e órgãos.

Para Nietzsche, existem dois tipos de niilismo: o passivo (ou incompleto) e o ativo (ou completo). No passivo, existe um desenvolvimento do indivíduo, mas não é o suficiente para destruir os valores e a moral.

O anti-niilismo é uma corrente filosófica contrária ao niilismo que defende elevar tudo a existência plena.

Niilismo moral (também conhecido como niilismo ético ou amoralismo) é o ponto de vista metaético de que nada é moral ou imoral.

Diante de tamanho querer, Friedrich Nietzsche (1844-1900) propôs o “super-homem” como proposta para a superação do homem a partir de uma força oriunda do próprio indivíduo por se encontrar nele mesmo, a fim de transvalorar dicotomias, erros e preconceitos que negavam a existência.

Então niilismo é bom ou ruim? O niilismo causa divergência de opiniões entre as pessoas, principalmente pelos vários lados e visões que pode ter. O nada, base do conceito filosófico, pode ser tão amplo ao ponto de ser tudo.

O niilismo é definido como a rejeição dos princípios da civilização enquanto tal. VI. O niilismo alemão rejeita os princípios da civilização enquanto tal, em favor da guerra e de ideais bélicos.

A motivação do niilista é ser uma pessoa que negou a existência de verdades ou valores morais genuínos, rejeitou a possibilidade de conhecimento ou comunicação e afirmou a falta de sentido ou a falta de propósito da vida ou do universo.

Nietzsche se afasta do niilismo porque não estava simplesmente interessado em derrubar crenças tradicionais baseadas em valores tradicionais; em vez disso, ele também queria ajudar a construir novos valores.

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