Como tratavam as doenças em 1600?

Perguntado por: ljordao . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Nessa época, os profissionais dos hospitais eram religiosos e voluntários, os médicos realizavam visitas esporádicas, o local não tinha a função de curar o doente e, sim, tentar assegurar a salvação da alma no momento da morte.

No início do período, não havia uma orientação médica única e organizada. Se uma pessoa adoecesse devido a um trauma ou doença poderia buscar tratamento no curandeirismo, num benzedor, na astrologia, através de encantamentos e misticismo ou finalmente procurar um médico consagrado, se houvesse um disponível.

Nas sociedades primitivas, a doença era vista como resultado de alguma coisa misteriosa introduzida no corpo da vítima, ou como decorrência de atos mágicos realizados por deuses ou feiticeiros.

Os séculos XVII e XVIII foram marcados por grandes saltos nos métodos de diagnóstico. Nessa época, foi inventado o estetoscópio, e o desenvolvimento de um método de aferição da pressão sanguínea permitiu o estudo da dinâmica da circulação.

Os antigos depositavam em longos banhos, dietas e exercícios a esperança para a recuperação. Os hospitais eram parecidos com os spas de hoje. No mesmo período, a cultura popular de outras regiões da Europa vislumbrava o uso de ervas e plantas medicinais. Os métodos eram envoltos em incerteza.

Nessa época, a preocupação com o desenvolvimento da área da saúde no Brasil era praticamente nula. Não havia infraestrutura e quem precisava buscar auxílio geralmente recorria a pajés, curandeiros ou boticários que viajavam de maneira informal e sem qualquer planejamento público.

Somente no século XV (1401-1500) houve a autorização para realizar as primeiras dissecações, os corpos escolhidos eram de criminosos condenados à morte. Mas não era o bastante, alguns médicos realizavam aventuras como aguardar a execução de uma pessoa para logo em seguida roubar seus corpos.

Usavam sedativos, fortificantes e hemostáticos, faziam ataduras e retiravam corpos estranhos, também tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida pelos sacerdotes-médicos, que interpretavam os sonhos das pessoas. Tratamento: banhos, massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, água pura mineral.

Os índios foram vítimas de sarampo, varíola, rubéola, escarlatina, tuberculose, febre tifoide, malária, disenteria e gripe, trazidas pelos colonizadores europeus, doenças para as quais não tinham defesa genética.

Na Antiguidade as concepções de saúde dos povos estavam ligadas à natureza e à convivência em grupo. A condição de enfrentamento social e a compreensão dos eventos de equilíbrio e desequilíbrio da natureza e seus deuses eram condições para os povos, tribos e população terem sobrevivência e saúde.

Ainda na Antiguidade, acreditava-se que as doenças poderiam ser causadas por elementos natu- rais ou sobrenaturais. Nesse período, a compreensão das doenças era através da filosofia religiosa. Na me- dicina hindu e chinesa, a doença é resultante do desequilíbrio do organismo humano (causas naturalizadas).

Desde os tempos mais antigos, o homem adoecia e necessitava de cuidados. Nas comunidades primitivas, a doença era entendida como ação do sobrenatural, dos deuses, e os cuidados eram atividade mágica, realizados por xamãs, principalmente, e pelas mulheres.

A comunidade dos séculos XVI e XVII, e até mesmo do século XVIII, lidava com epidemias, assistência médica, saneamento, suprimento de água, quase do mesmo modo que a medieval.

Na Pré-história, os seres humanos desconheciam as causas naturais, como chuvas, raios, calor, frio. Também não sabiam as causas das doenças que não pudessem ser explicadas como consequência de eventos cotidianos, como ferimentos causados por quedas ou cortes e lesões.

Sem anestesia
Em 1822 os pacientes sentiam uma dor inimaginável durante as operações, que eram feitas em uma pequena maca de madeira. Naquela época, os pacientes mais ricos, atendidos pelos médicos em suas casas, tomavam álcool para diminuir a dor nos procedimentos.

A saúde era precária, mas as pessoas medievais não gostavam de sujeira. Ninguém precisa dizer que a higiene na Idade Média era abismal comparada com hoje. As ruas das cidades eram tomadas por lixo, esterco de cavalo, urina. Fezes humanas serviam de esterco, e esse esterco levava à reprodução de parasitas.

Imhotep

É comum, por exemplo, atribuir à medicina egípcia o título de mais antiga do mundo. Nesse sentido, o primeiro médico da história seria Imhotep (2655 a.C. – 2600 a.C.), que deixou um tratado com 48 casos médicos, organizados em secções, como diagnóstico e possibilidade de tratamento, no papiro de Edwim Smith.

Há quem diga que os chineses usavam coalhada de soja para tratar de infecções. Outros usavam pão velho embolorado e até teia de aranha para tratar de ferimentos.

Pedaços de tronco eram fervidos em água, e o líquido, bebido duas vezes ao dia. O tratamento completo incluía passar 30 dias em uma sala extremamente quente para suar e expelir a doença. Nessa mesma época, estabeleceu-se uma relação entre a sífilis e o castigo divino decorrente de pecados individuais.

O ácido acetilsalicílico foi o primeiro fármaco a ser sintetizado na história da farmácia, ou seja, não ser encontrado na sua forma final na natureza.