Como tratar abdominal agudo?

Perguntado por: amoreira . Última atualização: 23 de maio de 2023
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Os pacientes com dor abdominal intensa devem ser tratados criteriosamente com analgésicos apropriados, como a morfina. Na maioria dos casos, a conduta é cirúrgica.

A principal característica do abdome agudo é a dor abdominal aguda, definida como dor severa ou progressiva iniciada de forma súbita, há menos de 7 dias (usualmente menos de 48 horas). Se persistir por 6 horas ou mais, a dor abdominal aguda é forte indicativa de patologia com significância cirúrgica.

A prevalência das causas de abdome agudo muda conforme a faixa etária. Sem sombra de dúvidas, a causa mais comum em jovens é a apendicite. Já em idosos é doença biliar, obstrução intestinal e isquemia/infarto intestinal. A adenite mesentérica é comum em crianças.

Didaticamente as causas de Abdome Agudo Cirúrgico são divididas em cinco grupos: Inflamatório, Obstrutivo, Perfurativo, Vascular e Hemorrágico(2).

Abdome agudo é definido como dor abdominal de início súbito, não traumática, havendo a necessidade de diagnóstico e tratamento imediatos. O diagnóstico sindrômico e etiológico do quadro de abdome agudo é essencial e deve ser realizado com rapidez, uma vez que norteará o tratamento.

Ela é um tipo de dor que talvez seja difícil de ser localizada. A dor abdominal superior resulta de distúrbios em órgãos como o estômago, duodeno, fígado e pâncreas. A dor abdominal intermediária (próxima ao umbigo) resulta de distúrbios de estruturas como o intestino delgado, a parte superior do cólon e o apêndice.

Pessoas com perda de apetite, icterícia e/ou inchaço ou dor constante e que piora, devem consultar um médico dentro de alguns dias. Quando os sinais de alerta ocorrem, é muito provável que a causa seja física.

Quando a dor do lado direito da barriga e perto da virilha começa e rapidamente se intensifica, acompanhado da interrupção do intestino levando o paciente a parar de evacuar ou soltar gases e inicia um quadro de febre, esses são sinais para procurar ajuda em um atendimento de emergência.

Entre as complicações, as mais comuns são as intestinais (60%), as biliares (40%) e as pancreáticas (4%). Somente em 15% é necessário cirurgia de urgência.

Os exames complementares são indispensáveis para descartar outras complicações que causam sintomas semelhantes, como a doença inflamatória pélvica (DIP), por exemplo. Eles podem incluir: hemograma; teste de urina; ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada do abdômen e ressonância magnética do abdômen.

Este exame tem importante função no diagnóstico de condições que indiquem necessidade de cirurgia, descartar casos de urgência e muitas vezes fazer diagnósticos.

Abdome agudo inflamatório (AAI)
É causada por processo inflamatório e/ou infeccioso em cavidade abdominal, órgãos ou estruturas adjacentes. Costuma cursar com manifestações de peritonite e alterações de ritmo intestinal. Caracteriza-se por dor de início insidioso e intensidade progressiva.

O diagnóstico de peritonite envolve, além da análise dos sintomas do paciente, a realização de exames de sangue, ultrassonografia de abdômen e até mesmo a punção do líquido do peritônio para análise em laboratório.

O ultrassom abdominal total usa ondas sonoras para produzir imagens das estruturas no abdome superior. É usado para ajudar a diagnosticar uma dor ou distensão (aumento) e avaliar os rins, fígado, vesícula biliar, ductos biliares, pâncreas, baço e aorta abdominal.

Complicações. Abcesso, obstrução intestinal, síndrome compartimental no abdome e hérnia incisional tardia também podem ser complicações do tratamento.

O diagnóstico é clínico, frequentemente suplementado com TC ou ultrassonografia. O tratamento consiste na remoção cirúrgica do apêndice. (Ver também Dor abdominal aguda. A dor abdominal aguda e intensa, entretanto, é quase sempre um sintoma de doença intra-abdominal.