Como surgiu o microconto?

Perguntado por: adantas . Última atualização: 4 de fevereiro de 2023
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Com a popularização das redes sociais digitais¹, surgiu um novo gênero: o microconto. O Twitter, rede social criada em 2006, era quase um confessionário nada discreto: os usuários registravam o cotidiano e descreviam o estado de espírito.

Tende a encontrar em Machado de Assis um precursor do miniconto no Brasil, com “Um apólogo”, do livro Várias Histórias, de 1886, o qual tem seu enredo construído em apenas seiscentas e cinquenta palavras.

Trata-se de um pequeno texto, geralmente com uma ou duas frases e transmitindo uma reflexão ao leitor. No primeiro momento, muitos estranham esta estética, porém, um olhar mais reflexivo diante daqueles poucos caracteres podem revelar pensamentos que vão muito além da escrita.

Microcontos- Uma das definições de microconto estabelece o limite de 150 caracteres (contando letras, espaços e pontuação) para permitir seu envio através de mensagens SMS (torpedos) pelo celular, evidenciando uma das características do microtexto, que é sua ligação com as novas tecnologias de informação e comunicação.

4 exemplos de grandes microcontos
“Um homem, em Monte Carlo, vai ao cassino, ganha um milhão, volta para casa, se suicida.” “Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.” “Vende-se: sapatinhos de bebê nunca usados.” “O último homem na Terra estava sentado sozinho em um quarto.

O Guatemalteco AUGUSTO MONTERROSO foi o autor do mais famoso miniconto escrito em apenas 37 (trinta e sete) letras: “Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá”.

Um microconto pode ter entre 7 e 500 palavras. Isso quer dizer que você precisa escolher suas palavras com cautela, criatividade e sabedoria. Como toda história, um microconto também precisa apresentar começo, meio e fim.

textual narrativo

O miniconto é um gênero textual narrativo literário conciso, com um só conflito, poucas personagens e número reduzido de ações, que ocorrem num tempo e espaço limitados. Esse gênero é escrito em prosa, apresenta narrador e o tempo é indicado especialmente por formas verbais e adverbiais.

Resposta: Miniconto, ou microconto, ou nanoconto, é uma espécie de conto muito pequeno, produção esta que tem sido associada ao minimalismo. O guatemalteco Augusto Monterroso é apontado como autor do mais famoso miniconto, escrito com apenas trinta e sete letras: ... Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.

Autores conceituam e estipulam limites precisos, nascendo assim algumas classificações: nanocontos (até 50 letras, sem contar espaços e acentos), microcontos (até 150 toques, contando letras, espaços e pontuação) e minicontos (alguns estipulando 300 palavras; outros, 600 caracteres).

O miniconto é um gênero de texto extremamente contemporâneo, em que a brevidade do conto é levada a extremos como textos de um parágrafo e, até de uma frase.

O microconto sempre trabalha com narrações inteiras subentendidas em pequenos contextos e ações que dependem da superinterpretação do leitor. Também o estadunidense Ernest Hemingway é autor de outro famoso miniconto.

No Brasil, o pioneiro foi o escritor Dalton Trevisan, com o livro “Ah, é?”, de 1994. Mesmo não havendo nenhuma regra clara, uma das definições para o microconto seria o limite de 150 caracteres, incluindo espaços.

Não é uma mera vinheta, cena ou um slogan. Pode haver um punch line ou um final aberto, porém é possível identificar elementos narrativos como personagens, problema, clímax e resolução. Como em qualquer texto, requer-se certa familiaridade com seu contexto. Valor Literário.

Escrever microcontos é um excelente exercício para estimular a criatividade dos escritores. E isto não apenas no tocante às histórias em si. Mas, a limitação de caracteres induz o escritor a escolher cada palavra com tamanhas seletividade e precisão que são desconhecidas ao escrever romances e contos tradicionais.

Menos de 50 letras tornaram famoso o escritor hondurenho Augusto Monterroso (1921-2003) - afinal, é assinado por ele O Dinossauro, o microconto mais famoso do mundo e que se limita a uma única frase: "Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá".

Lembra o microconto do autor de origem hondurenha Augusto Monterroso: “Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá”. Quando acordarmos, veremos que, de fato, eles ainda estão aqui. Há um dinossauro em cada árvore, gaiola ou galinheiro do mundo.

Miniconto (entre 100 e 1.000 palavras)

É sempre muito produtivo levar um miniconto para a sala de aula e fazer a turma discutir sobre o que entenderam do texto, mostrando a eles que há alguns indícios importantes, mas que eles têm liberdade de interpretação. Depois, o professor pode sugerir que os próprios estudantes escrevam seus minicontos.

Fujamos! Os caçadores de letras estão aq…” Esse é o menor conto do mundo.

É preciso entender também como essa explosão se dá no leitor, pois é no leitor que se completará a narrativa, quando bem realizada, transformando o miniconto em uma narração plenamente satisfatória em si mesma e não em mero fragmento, anedota, apontamento ou alusão.