Como se diz inhame em Portugal?

Perguntado por: ocarvalho . Última atualização: 21 de maio de 2023
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Em Portugal, a espécie Colocasia esculenta, que é a variedade mais comum de inhame, dá ainda pelos seguintes nomes comuns: taro, cíamo, fava-do-egipto, coco (em várias zonas do grupo central dos Açores) e minhoto (na ilha de São Miguel, nos Açores).

Assim, ficou definindo que inhame é a mesma coisa que cará, e se refere ao alimento de origem africana e de nome científico Dioscorea cayanensis Lam. Já o que no sudeste é chamado de inhame, na nomenclatura padronizada ficou definido como taro, cujo nome científico é Colocasia esculenta (L.)

O inhame, conhecido no Centro-Sul do Brasil como cará, é uma hortaliça tipo tubérculo, cujos valores já eram louvados pelo padre Anchieta em seus escritos. Apesar de não se conhecer com certeza, acredita-se que seja originário do Oeste da África.

Inhame é um alimento tubérculo muito usado no sudeste e nordeste do Brasil. Ele é o nome dado aos rizomas das plantas do gênero Dioscorea. Serve como base da alimentação de diversos países das Américas, África e Ásia. O alimento é uma ótima fonte de carboidrato e também de diversos nutrientes úteis para a saúde.

Existem pelo menos 2 espécies de inhame consumidas no Brasil: o cará e o taro. O cará é o mais conhecido e o mais utilizado no preparo de bolos e pães. Esse tipo de inhame pode, sim, ser ingerido cru nos sucos. Porém, o taro não pode, em hipótese alguma, ser consumido cru!

Enquanto o cará, que desempenha um papel importante na alimentação das regiões da África, Ásia, Oceania, ilhas da Macronésia e América latina, é referido como inhame ou inhame-cará, geralmente no Norte, Nordeste e Sul do Brasil.

A culinária africana no Brasil
Eram elas que preparavam as comidas das casas grandes e também das senzalas. Trouxeram não só o jeito de preparar a comida, os guisados e ensopados como também trouxeram alimentos tipicamente africanos para o Brasil, como o quiabo, o inhame, maxixe, óleo de dendê, entre outros.

inhame {masculino}
yam {subst.}

É importante saber que assim com a mandioca, por ser uma raiz, o inhame não pode ser ingerido cru, porque assim apresenta substâncias tóxicas. Por isso, mãos à obra: é preciso lavar e cozinhá-lo (por 40 minutinhos ou até ficar macio). Depois de cozido, o inhame vira um ingrediente pra lá de versátil.

O inhame tem maior concentração de potássio e fósforo, bons minerais para o organismo. Os dois contêm fibras, que auxiliam no bom funcionamento do intestino.

As pesquisas enfatizam, além disso, que o inhame é igualmente bom para os homens. No organismo deles, esse alimento atua incentivando a produção de testosterona, um hormônio vital para a formação dos tecidos reprodutores.

Ao analisar toda a família do inhame, é possível encontrar variações que sequer ouvimos falar. Por exemplo, em alguns estados do Nordeste, a subclasse Cayennensis é mais comum em regiões costeiras. Outra popular é o cará-moela, cujo nome científico é Dioscorea bulbifera e lembra um bulbo pelo seu formato mais achatado.

O inhame, ou taro, é encontrado normalmente em feiras e supermercados, tem um sabor suave e textura que lembra a da batata, podendo ser usado em receitas como "danoninho", suco, saladas, purês, sopas, bolos e chips. Além disso, o inhame também pode ser usado para fins medicinais, na forma de compressas ou chás.

A palavra “inhame” é de origem africana, vindo do wolof nyam (“sabor”). Há também as palavras do aussá yamyam e nyama, relacionadas ao ato de comer. Em algumas receitas, pode ser usado como substituto da batata e da mandioca.

Para limpar o sangue
Consumir inhame algumas vezes na semana pode ajudar pacientes e não pacientes a terem um sangue mais purificado, uma vez que uma de suas principais características é a ação desintoxicante. Isso significa que ele auxilia na eliminação de toxinas do sangue por meio da pele, rins e intestino.

Para a imunidade, a vantagem é que o inhame tem vitamina C, A e diversas vitaminas do complexo B, contribuindo, assim, para a manutenção das funções biológicas, além de estimular a produção de células de defesa e ajudar na eliminação de toxinas do organismo.

A recomendação é uma porção três vezes por semana, substituindo um carboidrato da refeição - como o pão no café da manhã, ou o arroz na hora do almoço. Como toda raiz, o inhame é um alimento versátil e pode entrar no preparo de refogados, sopas, caldos, pães, tortas e bolos.

O ideal é consumir o inhame cozido, assado ou no vapor, nunca cru. Mas, é importante lembrar que, apesar de saudável, o tubérculo é uma fonte de carboidratos e pode ser calórico. Assim, a quantidade recomendada é de apenas uma porção ao dia. Por outro lado, grávidas e lactantes devem evitar o consumo.

Ambos ingredientes são caules subterrâneos. No entanto, o inhame (Colocasia esculenta) é um tubérculo que pertence à família das aráceas, é menor e tem casca mais peluda. Já o cará (Dioscorea alata) é um tubérculo da família das dioscoreaceae e costuma ser mais comprido.

Inhame melhora a imunidade e visão: veja 6 benefícios do alimento

  • Melhora problemas respiratórios. ...
  • Previne doenças cardíacas. ...
  • Ajuda a perder peso. ...
  • Aumenta a imunidade. ...
  • Melhora a visão. ...
  • Faz bem para pele.

No nordeste, inhame é o que no sudeste se conhece como cará (Dioscorea cayanensis Lam), aquele maior e com a casca lisa e marrom. Então, se você vai à feira em São Paulo, pode comprar Cará e Inhame (taro).