Como se dava a escravidão no Reino do Congo?

Perguntado por: ivieira . Última atualização: 24 de maio de 2023
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A prática comercial poderia ser feita através do escambo (trocas) ou com a adoção do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na região de Luanda. O contato dos portugueses com as autoridades políticas deste reino teve grande importância na articulação do tráfico de escravos.

Em 1908, a pressão das potências europeias foi tão grande que o parlamento da Bélgica transferiu o Congo para o estado belga, tirando-o da posse do rei, tornando o território uma colônia belga. Porém, o trabalho forçado permaneceu uma prática comum em partes do Congo até a sua independência em 30 de junho de 1960.

Depois de uma revolta contra os portugueses em 1914, Portugal declarou a abolição do reino do Congo, do qual o governante na época era Manuel III, pondo fim ao domínio nativo e substituindo-o pelo domínio colonial direto.

Os portugueses e o tráfico de escravos africanos
Quando os portugueses chegaram a Ceuta, no início do século XV, iniciaram a captura e escravização dos africanos das redondezas, com a justificativa de que eram prisioneiros de guerra e muçulmanos, considerados inimigos da fé católica europeia.

Os portugueses compravam os escravos em suas feitorias instaladas no litoral da África. Os escravos eram obtidos como prisioneiros de guerra vendidos por determinados reinos ou eram prisioneiros emboscados pelos traficantes.

ESCRAVIDÃO, ESCRAVO NEGRO: a chamada "escravidão moderna, ou escravidão negra" começou com o tráfico africano no século XV, por iniciativa dos portugueses (em 1444, estes começam a adquirir escravos negros no Sudão), com a exploração da costa da África e a colonização das Américas.

Leopoldo II

Leopoldo II comandou a região no final do século XIX e escravizou nativos para exploração de recursos naturais. O genocídio comandado pelo rei belga Leopoldo II, no território que hoje pertence à República Democrática do Congo, é uma das maiores barbáries da história contemporânea.

Indicado como liderança da rebelião, Manoel Congo foi condenado à forca, em 1839. A sentença foi cumprida no Largo da Forca, sendo que Manoel Congo não teria direito a enterro.

O Brasil utilizou-se do trabalho escravo desde o início da sua colonização e foi o último país a abolir o regime escravocrata. Isso só aconteceu no século XIX, após o imperador D. Pedro II não resistir mais à pressão da Inglaterra, de outros países europeus e da sociedade brasileira da época para libertar os negros.

Além do tráfico de escravos, as principais atividades comerciais do Reino do Congo giravam em torno do escambo de mercadorias como o sal, tecidos e metais. Um dos principais reis do Congo, conhecido como Manicongo, converteu-se ao cristianismo na década de 1480.

A violência e os reiterados confrontos armados em diversas províncias da República Democrática do Congo (RDC) estão causando níveis alarmantes de sofrimento humano. A população tem suportado um sofrimento enorme, incluindo deslocamentos, separação de famílias, saques, abusos, ferimentos e mortes violentas.

Os africanos, após terem sido feitos prisioneiros, eram levados a pé até os portos onde seriam revendidos para os portugueses (ou outros europeus). Nesses portos, os africanos eram marcados com ferro quente para identificá-los de qual comerciante eram.

Várias e várias justificativas foram utilizadas para manter escravos: em alguns lugares era justificado que os escravos eram inimigos, prisioneiros de guerra. Em outros lugares, escravidão era justificada como uma condenação a criminosos ou a quem possuía muitas dívidas.

Por 388 anos o Brasil teve sua economia ligada ao trabalho escravo: extração de ouro e pedras preciosas, cana-de-açúcar, criação de gado e plantação de café. A mão de obra escrava era a força motriz dessas atividades econômicas.

Os indígenas foram primeiramente escravizados justamente por ser o único grupo disponível em grande quantidade para que os portugueses pudessem explorar. A escravização dos indígenas era mais barata, mas uma série de fatores tornavam-na mais complicada de sustentar-se.

Zumbi dos Palmares não tinha escravos: o Anacronismo de Narloch.

Os portugueses compravam os escravos em suas feitorias instaladas no litoral da África. Os escravos eram obtidos como prisioneiros de guerra vendidos por determinados reinos ou eram prisioneiros emboscados pelos traficantes.

A prática da escravidão entre os povos árabes se dava, inicialmente, por meio do mecanismo que era comum desde a antiguidade: os povos vencidos em guerras, que tinham suas propriedades pilhadas, eram tomados como escravos. Aos poucos, a escravidão passou a ser justificada pelos fundamentos do islamismo.