Como se dá a cascata da inflamação?

Perguntado por: icoutinho . Última atualização: 17 de janeiro de 2023
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A inflamação, ou resposta inflamatória, pode ser caracterizada como uma cascata complexa de eventos fisiológicos, os quais promovem proteção aos tecidos e órgãos do corpo. Tal cascata atua restringindo os danos no local da agressão, embora possa ter efeitos deletérios quando ocorre de forma exacerbada (BILATE, 2007).

A Cox 1 está associada à produção de prostaglandinas e resulta em diversos efeitos fisiológicos, como proteção gástrica, agregação plaquetária, homeostase vascular e manutenção do fluxo sanguíneo renal. Em contraste, a Cox 2 está presente nos locais de inflamação, sendo, por isso, denominada de enzima indutiva.

Mediadores inflamatórios são substâncias liberadas em uma área tecidual lesada ou por células adequadamente ativadas que coordenam o processo da resposta inflamatória 19.

  • 1 - Agressão.
  • 2 - Reação vascular.
  • 3 - Aumento da permeabilidade vascular -> EDEMA OU TUMOR.
  • 4 - Proliferação de tecido vascular local.
  • 5 - Reparação/Cicatrização.

São eles: edema, calor, rubor, dor e perda da função. O edema é causado principalmente pela fase exsudativa e produtiva-reparativa, por causa do aumento de líquido e de células.

Como funciona uma cascata? A água da piscina é coletada por um equipamento, chamado motobomba, e direcionada para a tubulação que está conectada à saída dos jatos, fazendo o efeito de queda d'água. Depois que a água cai na cascata, ela é coletada pelo filtro, junto com a motobomba, e retorna para a piscina.

A cascata da coagulação é ativada a partir de uma lesão no endotélio vascular. Ocorre a ativação de zimogênios (enzimas) e clivagem dos mesmos por proteínas do plasma sanguíneo para assim transformar o fibrinogênio em fibrina e formar o coágulo, passando pelas vias intrínseca, extrínseca e comum.

Para fins de clareza, neste trabalho o termo reações em cascata se refere a qualquer sistema reacional onde duas ou mais transformações são realizadas concomitantemente, no mesmo vaso reacional e empregando pelo menos um biocatalisador.

A COX-1 foi a primeira a ser caracterizada e é expressa constitutivamente, ou seja, está presente nas células em condições fisiológicas, principalmente nos vasos sanguíneos, plaquetas, estômago e rins.

A COX-2, descrita em 1992, está presente, principalmente, no cérebro e medula espinhal. É induzida, em células inflamatórias, tais como fibroblastos, macrófagos, monócitos e células sinoviais, quando elas são ativadas. É considerada enzima que produz os mediadores da inflamação da classe dos prostanóides.

O uso de inibidores seletivos de COX-2 poderia aumentar o risco de eventos cardiovasculares por alterar o balanço funcional de eicosanóides vasoativos, predispondo à trombose e à aterogênese. Além disso, a inibição de COX-2 poderia facilitar a proliferação de células musculares lisas.

Dentre os principais mediadores químicos da inflamação estão as aminas vasoativas compostas histamina e serotonina, os metabólitos do ácido araquidônico compostos por prostaglandinas, leucotrienos e lipoxinas e as citocinas que são constituídas por fator de necrose tumoral, interleucina-1, quimiocinas, espécies ...

As prostaglandinas são sintetizadas em membranas a partir do ácido araquidônico, que é produzido pela quebra de fosfolipídios pela enzima fosfolipase A2, presente nos leucócitos e plaquetas, que é ativada por citocinas pró-inflamatórias.

Dentre as células capazes de produzir e liberar diferentes mediadores químicos no local da inflamação estão os macrófagos teciduais, os mastócitos, as células endoteliais, os leucócitos recrutados da corrente sanguínea em direção ao sítio da inflamação.

Fases da inflamação:
– Eliminar células lesadas; – Reestruturar tecidos. irritativa: liberação dos leucócitos para combater os agentes invasores. Fase vascular: aumento da vascularização e permeabilidade no local afetado.

A inflamação é uma resposta à infecção ou lesão tecidual que ocorre para erradicar microrganismos ou agentes irritantes e para potenciar a reparação tecidual.