Como saber se tenho TDAH ou preguiça?

Perguntado por: lteixeira . Última atualização: 22 de fevereiro de 2023
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Desde a infância o portador de TDAH apresenta desatenção, inquietude e impulsividade, sendo que esses sintomas permanecerão durante toda a vida. A hiperatividade tende a melhorar com a idade. Já no TDA, o indivíduo apresenta somente o déficit de atenção não associado à hiperatividade, como no TDAH.

“Eu, eu, eu” – Um sinal comum de TDAH é uma incapacidade de reconhecer as necessidades e desejos de outras pessoas. A criança com TDAH interrompe outras pessoas quando elas estão falando e pode ter problemas em esperar a sua vez em atividades de sala de aula ou em jogos com outras crianças.

Além de alterações de humor, os portadores de TDAH podem perder o interesse rapidamente pelas coisas e precisam de novidades para se sentir estimulados, revelando uma mistura de incapacidade em manter-se com energia e disposição suficientes para sustentar algo, ainda enfrentando a inquietude própria do transtorno.

O diagnóstico correto e preciso do TDAH só pode ser feito através de uma longa anamnese (entrevista) com um profissional médico especializado (psiquiatra, neurologista, neuropediatra). Muitos dos sintomas podem estar associados a outras comorbidades correlatas ao TDAH e outras condições clínicas e psicológicas.

Como é feito o diagnóstico de TDAH? O diagnóstico de TDAH, seja em crianças ou adultos, é inteiramente clínico, com base nos sinais e sintomas. Não existem exames laboratoriais ou de imagem para isso.

A suspeita do diagnóstico de TDAH deve ser levantada na presença de crianças com sintomas de hiperatividade, falta de atenção e/ou impulsividade que estão presentes desde a infância. Tais sintomas devem ser inapropriados para a idade e resultar em significante disfunção psicológica, social e/ou educacional.

Há 3 tipos de TDAH, os que são predominantemente desatentos, hiperativo/impulsivos e combinados. Os critérios clínicos dão o diagnóstico.

Não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos. Tem dificuldade para organizar compromissos e cumprir prazos. Reluta em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado. Perde itens necessários como documentos, chaves, celular etc.

A incapacidade básica de prestar atenção, típica do TDAH, costuma gerar uma gama de comportamentos “mal vistos” dentro de um relacionamento como parecer não ouvir o outro, não perceber os sentimentos do outro, não lembrar datas ou acontecimentos importantes do casal, não dividir as tarefas da casa e não se lembrar de ...

O TDAH é uma alteração na capacidade de controle voluntário da atenção. Quem tem TDAH também consegue prestar atenção, igual a qualquer outra pessoa. A diferença é que a pessoa comum pode, voluntariamente, controlar o foco da atenção – ou seja, manter-se concentrada numa ou noutra coisa.

A privação de sono também é comum para os indivíduos com o transtorno. Os pacientes costumam apresentar dificuldade para dormir e acordar de manhã, além de despertares noturnos frequentes e sonolência diurna. Consequentemente, diante deste quadro, pode ocorrer piora dos outros sintomas do TDAH.

O TDAH na adolescência
Durante a adolescência o TDAH mostra o seu lado mais perigoso, pois é nesse período que o convívio social tende a ficar mais prejudicado.

Muitas pessoas com TDAH sentem sonolência diurna e dificuldade para acordar como resultado de um sono ruim. Alguns pacientes experimentam um sono inquieto e não reparador com múltiplos despertares noturnos.

Para você ter uma ideia 20 a 30% das crianças com TDAH não são agitadas excessivamente nem hiperativas. São quietas, tímidas, inclusive introspectivas. Algumas delas apresentam até dificuldades de socialização, de tão quietas que são.

Habilidades sociais – alguns estudos indicam que pessoas com TDAH possuem alto nível de inteligência social. Isso pode proporcionar uma facilidade maior em se relacionar, demonstrando sentimentos e empatia por outras pessoas.

O TDAH não é o fim do mundo, embora às vezes você possa sentir como se fosse. Certos indivíduos com esse distúrbio o enxergam da mesma forma que quem não é acometido pelos sintomas o vê: inconveniente, frustrante e incapacitante.

Quando não tratado, o TDAH pode causar diversos prejuízos no desenvolvimento da criança e do adolescente, como problemas escolares e no desempenho acadêmico, problemas em fazer e manter amizades, dificuldade de relacionamento com os familiares, comportamentos de risco, como envolvimento frequente em brigas, direção ...

Por exemplo, alimentos processados, produtos artificiais e carboidratos refinados como pão e cereais devem ser limitados. Esses alimentos podem piorar a capacidade de concentração.

O médico que diagnostica TDAH pode ser um neurologista, neuropediatra ou psiquiatra. Mas até mesmo o pediatra pode contribuir com o diagnóstico e, na sequência, encaminhar para um especialista. O psiquiatra é o especialista que analisa e trata as condições que interferem nas funções psíquicas.

Os instrumentos que comumente utilizados no diagnóstico do TDAH são: a entrevista, as escalas Weschler (WISC-III ou WAIS III), as técnicas grafo-projetivas, o Bender, Escala Benzick, os critérios do DSM IV e em alguns casos a lista de REY.

Quais são as causas do TDAH? Segundo estudos, a predisposição genética e a ocorrência de alterações nos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) que estabelecem as conexões entre os neurônios na região frontal do cérebro são a principal causa do TDAH.