Como saber se o se é pronome?

Perguntado por: nmarques2 . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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“Se” é pronome? A resposta para essa pergunta é: pode ser, mas nem sempre essa palavra exercerá a função de pronome. Como vimos na introdução, o “se” pode assumir outras classes gramaticais. As mais comuns são: conjunção (geralmente expressa condição) e verbo (indetermina o sujeito).

Partícula ''que'' atrai o pronome ''se''
Na linguagem informal brasileira, a próclise (pronome antes do verbo) é a colocação predominante. Nas gramáticas, ainda um tanto presas ao padrão lusitano, a próclise está ligada a determinados tipos de ocorrência sintática, os chamados “fatores de próclise”.

Como conjunção, a palavra que pode relacionar tanto orações coordenadas quanto subordinadas, por isso, classifica-se como conjunção coordenativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona como conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que recebe o nome da oração que introduz.

Entre as funções do “se”, estão as de pronome reflexivo e apassivador. Além disso, essa palavra pode ser conjunção, indeterminar o sujeito ou ser uma partícula de realce.

– Se será conjunção condicional quando iniciar uma oração subordinada adverbial condicional, em que se expressa uma hipótese ou condição necessária para que se realize ou não a ação principal.

Partícula Apassivadora = se + verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto. Exemplo: Pouparam-se os tostões. Índice de Indeterminação do Sujeito = se + verbo intransitivo, verbo transitivo indireto ou verbo de ligação. Exemplo: Sonha-se com vidas melhores.

Há muitas frases como a apresentada no dia a dia: "te telefono", "te amo", "te pego mais tarde", etc, etc, etc. O problema de todas elas é a colocação pronominal, pois não se pode começar frase com pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes).

Também chamado de Índice de indeterminação do sujeito, é utilizado em frases cujo sujeito é indeterminado, e por muitos gramáticos não é considerado um pronome. Exemplos: Precisa-se de vendedor.

pronome Expressa reciprocidade; indica a ação do verbo cujo sujeito é alterado: Capitu penteava-se em frente ao espelho. Indica indeterminação; algo ou alguém indefinido: ainda não se sabe o resultado?

Ambas as formulações são correctas, embora alguns professores prefiram o pronome reflexo junto do verbo principal: "Vou lavar-me", "deve fazer-se". A maioria dos especialistas defende, porém, que não pode haver aqui uma regra fixa, variando sempre a colocação do pronome conforme a eufonia e o ritmo da própria frase.

Sinônimo de se

  1. Conjunção condicional: 1 caso, na condição de, na hipótese de, no caso de.
  2. Conjunção causal: 2 como, dado que, já que, uma vez que, visto que.
  3. Conjunção temporal: 3 enquanto, quando, sempre que.

Condicionais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de condição em relação a outra oração. As principais conjunções subordinativas adverbiais condicionais são “se”, “caso”, “desde que”.

A regra geral é simples: a partícula “se” atenua o sentido do verbo e pode ou não esconder o sujeito oculto ou indeterminado. Se o verbo não pede preposição, a oração tem sujeito e o verbo sempre concordará com ele, em singular ou plural.

A forma correta é precisa-se, no singular. Quando há uma indeterminação do sujeito, o correto é que o verbo seja conjugado na 3. ª pessoa do singular, independentemente do objeto indireto estar no singular ou no plural.

SE” seguido de Preposição
Caso a frase tenha uma preposição após a partícula SE, o verbo sempre estará no singular. Como dá para ver, essa regra é bem simples: havendo preposição, o verbo fica no singular.

O pronome se será reflexivo, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo; será reflexivo recíproco, quando um elemento praticar a ação sobre outro, e o outro praticar a ação sobre o "um".

Apenas a forma "Amo-te" está correta. É errado iniciar uma frase com um pronome oblíquo, sendo desaconselhado o uso de "Te amo". Nessa situação, a frase deve ser iniciada na forma verbal, sendo privilegiada uma colocação pronominal enclítica, ou seja, depois do verbo.

As duas formas são corretas.