Como saber se o exame de urocultura está normal?

Perguntado por: ubonfim . Última atualização: 20 de maio de 2023
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Uma urocultura é considerada positiva quando, após este mesmo tempo, é possível identificar mais que 100.000 colônias de bactérias, chamadas de unidades formadoras de colônias (UFC).

Como entender o resultado

  1. Negativo ou normal: quando não se observa crescimento de colônias de bactérias na urina em valores preocupantes;
  2. Positivo: quando é possível identificar mais que 100.000 colônias de bactérias, sendo também indicado qual a bactéria identificada no exame.

A urocultura é um método de escolha para confirmar a ocorrência de ITU, sendo considerada positiva quando a contagem bacteriana for superior a 100.000 UFC/mL, havendo ainda a necessidade de se realizarem o isolamento e a identificação do agente patogênico, com a possibilidade de se investigar o perfil de ...

Como interpretar o resultado?

  1. pH: deve ficar entre 5,5 e 7,0. pH acima de 7,0 pode ser indicativo de bactérias que alcalinizam a urina, ou ainda de cálculos renais ou insuficiência renal. ...
  2. Densidade: um resultado considerado normal deve ficar entre 1,005 e 1,030.

Alterações na composição
Altos níveis de proteína podem indicar intoxicações ou infecções urinárias. Já a presença de glicose pode ser diabetes ou problemas renais. Também há a chamada hematúria, a presença de sangue na urina, que pode indicar cálculo, infecção ou câncer no aparelho urinário.

O resultado negativo indica que não foram observados microrganismos causadores de doenças na urina do paciente. O resultado positivo mostra o crescimento de um microrganismo causador de doença. Dependendo da quantidade de bactérias encontrada e da presença de sintomas, o paciente deverá receber tratamento.

A urocultura é indicada para se obter um diagnóstico preciso de infecções do trato urinário, como cistite e pielonefrite.

Para se ter uma ideia, geralmente, o valor de referência do número de leucócitos pode estar entre 3.500 e 10.000/mm3. O que acontece, geralmente, são os valores estarem um pouco acima ou abaixo deste parâmetro. Dessa forma, podem representar apenas variação individual.

Para um paciente saudável, além do pH da urina estar entre 5,5 e 7,5, em média, a densidade precisa constar entre 1,005 e 1,030 e ter a ausência de glicose, cetonas, proteínas, sangue, bilirrubina, urobilinogênio e nitrito.

Leucócitos na urina: Os leucócitos são células de defesa no nosso sangue. Quando se visualiza um número aumentado de leucócitos e/ou um teste positivo para esterase leucocitária pode indicar uma infecção ou inflamação em algum lugar do trato urinário.

A cultura da urina é um exame mais específico que permite saber a gravidade da infecção, pois detecta as bactérias presentes, o que permite ao médico administrar o antibiótico adequado.

As bactérias que mais frequentemente causam bacteriúria assintomática são as mesmas que mais frequentemente causam infecção urinária, no entanto, algumas cepas destas bactérias podem ter a capacidade de se proliferar rapidamente, mas não de aderir aos tecidos, sendo assim incapazes de produzir infecção.

A chamada Pielonefrite ocorre quando a infecção chega aos rins, tornando-se a variação mais preocupante da infecção urinária, podendo levar a uma infecção generalizada e até mesmo o óbito do paciente.

pH. A urina é naturalmente ácida, já que o rim é o principal meio de eliminação dos ácidos do organismo. Enquanto o pH do sangue costuma estar em torno de 7,4, o pH da urina varia entre 5,5 e 7,0, ou seja, bem mais ácida. Valores de pH maiores ou igual a 7 podem indicar a presença de bactérias que alcalinizam a urina.

O valor considerado normal para a presença de hemácias na urina é de 10.000 por mL ou 3 a 5 hemácias por campo. Quando estão dentro dessa faixa, o resultado pode ser hemácias raras na urina ou ausentes. Esses valores podem se alterar um pouco a depender dos valores de referência de cada laboratório.

Exame de urina
Para constatar a hematúria, os especialistas utilizam como base de avaliação a existência de 10.000 hemácias por mililitro de urina ou 5 hemácias por campo em um grande aumento. Níveis superiores a esses valores são um sinal de atenção e demandam orientação médica.

Mais um teste que pode sinalizar o mau funcionamento dos rins – e também da via urinária - é o exame conhecido como urina I. É realizado por qualquer laboratório de análises clínicas, bastando que se faça a coleta da amostra de urina dentro de um prazo determinado - em geral, pela manhã, com a urina produzida à noite.

Na microscopia, uma amostra de urina é centrifugada para obter os sedimentos. Estes podem ser usados para examinar a presença de células epiteliais, leucócitos, hemácias, cilindros, cristais, bactérias e fungos.