Como saber se o crime e militar?

Perguntado por: hescobar . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Neste ponto devemos observar que a lei considera crime militar quando a ação for contra patrimônio sob a administração militar, ou seja, não é necessário que o patrimônio seja da Administração Militar, mas que tão somente ele esteja sob sua administração.

Diferenças na prática
Em suma, crimes praticados por militares estaduais, mesmo de folga, podem ser considerados como crime militar ou crime comum. Tudo vai depender se o delito atenta ou não contra a hierarquia, a disciplina e as instituições militares.

Em palavras mais simples: o crime próprio militar é aquele crime que não poderá ser praticado por qualquer militar. Podemos citar como exemplo os crimes previstos nos artigos 176 e 198 do Código Penal Militar, que só podem ser praticados por militares que estejam em uma posição superior de hierarquia.

à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar.

Trecho do voto no CC 1.525-RS: “Os civis, como deflui da norma, devem ser julgados, mesmo quando acusados de praticarem crimes militares, pela Justiça Comum Estadual.”

O ministro ressaltou que a Justiça Militar é competente para julgar crimes militares, mas não necessariamente todos os crimes cometidos por seus integrantes.

A ação penal somente pode ser promovida por denúncia do Ministério Público da Justiça Militar. No âmbito militar, a ação penal é SEMPRE pública e EM REGRA, incondicionada.

Art. 2º São militares os brasileiros, incorporados às Fôrças Armadas, com situação definida na hierarquia militar. Art. 3º Os membros das Fôrças Armadas não constituem casta social, mas formam uma classe especial, uma e indivisível, de servidores da Pátria, denominada a Classe dos Militares.

No inciso II, alínea “c”, do artigo supramencionado há previsão, em síntese, que se considera crime militar, dentre outros fatos, quando a conduta é praticada por militar em serviço ou atuando em razão da função ainda que fora do lugar sujeito a administração militar contra militar da reserva, reformado ou civil.

DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE GUERRA

  • DO FAVORECIMENTO AO INIMIGO.
  • DA HOSTILIDADE E DA ORDEM ARBITRÁRIA.
  • DOS CRIMES CONTRA A PESSOA.
  • DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO.
  • DO RAPTO E DA VIOLÊNCIA CARNAL.

Subtrair ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou qualquer documento, desde que o fato atente contra a administração ou o serviço militar: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais grave. Art.

Como examinado, o policial militar, mesmo de serviço, poderá praticar crime comum, bastando que a conduta praticada não esteja prevista na legislação penal militar. Nessa hipótese, a competência para processo e julgamento caberá à Justiça comum.

Assim, quando, na situação do art. 9º do CPM, um militar cometer qualquer conduta dentre as previstas no CP, salvo os crimes dolosos contra a vida, estará cometendo crime militar extravagante, assim chamado por estar tipificado em diploma legal diverso do Código castrense.

São penas principais, previstas no art. 55 do CPM, a de morte, prevista para hipóteses de crime militar tempo de guerra; a reclusão; a detenção; a prisão; o impedimento; a suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função; e a reforma.

Indigno do oficialato é o Oficial cuja conduta, moralmente reprovável, fere o pundonor, o decoro e a ética militares, cujos preceitos, em sua maioria, se contêm no artigo 28 do Estatuto dos Militares .

Segundo positivado no CPM, os crimes culposos são os praticados por imprudência, imperícia ou negligência.