Como saber se estou tendo alucinações auditivas?

Perguntado por: lpereira . Última atualização: 27 de abril de 2023
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Enquanto algumas pessoas com alucinações auditivas ouvem vozes em suas cabeças, outras podem ouvir sons ou ruídos diferentes. A voz que você ouve em sua cabeça pode soar como se alguém estivesse falando com você ou dizendo-lhe para realizar ações específicas. A voz pode ser gentil, hostil ou indiferente.

As alucinações auditivas costumam se apresentar sob a forma de sons inespecíficos, tais como chiados, zumbidos, roncos, assobios ou vozes cujo conteúdo é acusatório, infame e caluniador.

As alucinações podem ocorrer sensorialmente, proporcionando a sensação de ser real. Ou seja, a pessoa enxerga, ouve ou sente — como uma impressão subjetiva, sem estímulo externo — algo que não existe, mas que, para ela, é tão ou mais real comparado àquilo que está a sua volta.

Quando os pacientes começam a ouvir os zumbidos, surge o incômodo e o desconforto e, com isso, problemas psiquiátricos e emocionais podem se manifestar. Em contrapartida, ansiedade e depressão podem estimular os canais auditivos. Além de todos os sintomas que podem surgir com essas condições, o zumbido também aparece.

A percepção de realidade acaba distorcida, após quatro dias sem dormir. A necessidade de descansar se torna insuportável e a pessoa pode ter quadros de psicose por privação de sono, impactando na forma como vê a realidade ao seu redor. Em geral, esses sintomas diminuem depois que a pessoa descansa o suficiente.

A terapia cognitivo-comportamental obteve sucesso moderado na redução das alucinações auditivas verbais. Técnicas baseadas em computador têm se mostrado promissoras para pacientes com esquizofrenia, permitindo-lhes entrar em diálogo com as próprias “vozes”.

A ansiedade pode ter um papel claro no desenvolvimento da psicose quanto ao seu desenvolvimento psicopatológico. Hipervigilância, aumento da sensação de ameaça, delírios persecutórios ou interpretações equivocadas de experiências que podem levar a alucinações.

Acredita-se que esse distúrbio possa surgir como resultado da interação de fatores genéticos, cerebrais e ambientais. Algumas pessoas podem ter a tendência de desenvolvê-la com o passar dos anos, já outras, um evento estressante ou emocional pode desencadear um episódio psicótico.

As alucinações mais comuns no caso de esquizofrenia são as auditivas. Nesse quadro, de fato, o paciente escuta vozes que mandam ele fazer alguma coisa. Essa alucinação é chamada de 'vozes de comando'.

A fisiopatologia mais aceita entre os pesquisadores de alucinação musical associada à hipoacusia ou anacusia (causada por lesão coclear, de nervo coclear ou interrupção de informação na ponte ou mesencéfalo) é a desibinição de circuitos de memória auditiva devido à deprivação sensorial.

A doença mais associada a alucinações auditivas é a esquizofrenia e transtornos associados a esse quadro, por manifestarem diversos tipos de alucinações sendo a auditiva a mais comum. No entanto, o problema também pode ser associado a diversos outros transtornos como os psicóticos e maníaco-depressivos.

A esquizofrenia é uma doença mental crônica e incapacitante, que geralmente se manifesta na adolescência ou início da idade adulta, entre 20 e 30 anos de idade. Sua frequência na população em geral é da ordem de 1 para cada 100 pessoas. No Brasil, estima-se que há cerca de 1,6 milhão de esquizofrênicos.

As pessoas com esquizofrenia têm, com frequência, convicções ilusórias que recusam a abandonar mesmo quando lhes são apresentavas provas concretas de que estão erradas. Podem, por isso, desenvolver paranoias, ter delírios persecutórios, místicos, de grandeza ou convencer-se que são outras pessoas.

A esquizofrenia geralmente começa a se manifestar no final da adolescência e no início da idade adulta, sendo raros os casos na infância e na velhice.

Surdez neurossensorial é a perda auditiva progressiva e permanente que afeta qualquer faixa etária, mais comum em idosos, consequência do envelhecimento. Essa condição também pode ser chamada de perda auditiva do tipo neurossensorial, surdez do nervo auditivo ou mesmo de surdez neurosensorial.

Ao ouvir alguns tipos de barulho, o corpo libera uma descarga de neurotransmissores que resultam em alguns sintomas, entre eles as reações emocionais, como raiva, ansiedade e irritação, ou até reações físicas, como taquicardia e agressividade.

Por ser um sintoma que indica algum problema no sistema auditivo, o tinnitus pode ter uma ou várias causas. As causas mais simples para o distúrbio, por exemplo, é o acúmulo de cera bloqueando o canal auditivo. Também pode estar associado a alguma doença metabólica, como a diabetes.

Durante o surto psicótico a pessoa pode apresentar sinais e sintomas como: confusão mental, delírios, alucinações, catatonia (paralisada, inerte, sem reação), fala desorganizada ou incoerente, alteração de humor, perda da noção de tempo e outros.

Um surto psicótico é um conjunto de sintomas que, geralmente, estão associados a uma doença mental não tratada, ao uso de drogas ou a uma resposta excessiva a um estressor. Na maior parte dos casos, ele dura um breve período de tempo em que a pessoa experimenta ideias paranóicas ou extremamente desorganizadas.