Como saber se a infecção é viral ou bacteriana no hemograma?

Perguntado por: asalgueiro . Última atualização: 2 de maio de 2023
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Os padrões clássicos de reações às infecções bacterianas e virais são bem conhecidos: em infecções bacterianas têm-se leucocitose com neutrofilia, algumas vezes com desvio à esquerda e, em infecções virais, poderemos ter linfocitose, eventualmente linfopenia e presença de linfócitos atípicos.

Infecções virais detectadas pelo exame de sangue
Entretanto, a pesquisa de anticorpos específicos contra o Coronavírus pode auxiliar no esclarecimento tardio de um quadro sintomático da doença. Então, a sorologia para COVID-19 nos ajuda a entender se você já teve contato com o vírus anteriormente.

Ou seja, o hemograma completo é fundamental para essa análise. Por exemplo, se uma pessoa apresenta uma quantidade muito baixa de hemácias, pode ser que esteja com anemia. Já um total de glóbulos brancos (leucócitos) acima do esperado, pode ser um indicativo de infecção.

A hemoglobina, as plaquetas e se há presença dos blastos. Caso o resultado do hemograma indique que o nível de hemoglobina está baixo (menor que 12g/dl), plaquetas baixas (menor que 100.000/mm³) e mais de 20% de blastos, há uma grande probabilidade de ser uma leucemia aguda.

Quando o número de linfócitos é preocupante? O valor de referência dos linfócitos, ou seja, a quantidade de células que devem estar no sangue, é de 1.000 a 4.000/µL. Se a quantidade está abaixo de 1.000, é preciso averiguar o que causa a baixa produção dessas células protetoras.

Sintomas de infecções virais
Cada infecção viral apresenta um conjunto de sintomas, que dependem diretamente do órgão onde o vírus fica alojado. De modo geral, os sintomas incluem febre, tosse, coriza, dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar e perda de apetite.

Os sintomas típicos de uma infecção bacteriana incluem:

  1. Febre;
  2. Tosse e espirro;
  3. Dor no corpo;
  4. Cansaço;
  5. Náusea e vômito;
  6. Edema local.

Falando nisso, os “sintomas da gripe bacteriana” costumam ser os seguintes:

  1. Coriza;
  2. Dor de cabeça e nas articulações;
  3. Mal-estar no corpo;
  4. Fadiga;Tosse e garganta inflamada;
  5. Náuseas e vômitos;
  6. Febre súbita;
  7. Calafrios.

Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes. O hematócrito é o percentual do sangue ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é composto por hemácias.

Um número drasticamente reduzido de linfócitos resulta em infecções repetidas por bactérias, vírus, fungos e parasitas e os sintomas dessas infecções variam amplamente, de acordo com o local de infecção e o micro-organismo específico.

Nos aparelhos com diferencial em 5 partes, um indicativo de inflamação e infecção bacteriana é a presença de granulócitos imaturos (IG%), superior a 3% pode auxiliar o clínico na investigação da suspeita de processos infecciosos e elucidação do quadro.

Níveis elevados de hemácias indicam policitemia, o que pode prejudicar as demais células e deixar o sangue espesso. Se o hemograma detectar uma diminuição das hemácias, pode ser sinal de anemia ou hemorragia. Os leucócitos ou glóbulos brancos são as células de defesa do corpo.

Bacteremia é a presença de bactérias na corrente sanguínea. Pode ocorrer de forma espontânea, durante certas infecções teciduais, em consequência do uso de catéteres geniturinários ou intravenosos, ou depois de procedimentos dentários, gastrintestinais, geniturinários, cuidados com feridas, ou outros procedimentos.

O hemograma nesse tipo de infecção pode apresentar leucocitose com desvio à esquerda e eventual presença de células imaturas. As salmonelas podem levar a leucopenia com neutropenia. Os hemogramas podem causar espanto devido a grandes desvios como mais de 40% de bastões, com normalização do quadro em horas ou dias.

Hemoculturas são usadas para detectar a presença de bactérias ou fungos no sangue, para identificar os micro-organismos presentes e orientar o tratamento.

O leucograma é a segunda parte do hemograma, ele avalia os leucócitos. Como visto em Fisiologia, os leucócitos são um grupo de diferentes células, com diferentes funções no sistema imune. O valor normal dos leucócitos varia entre 4.000 a 11.000 células por microlitro.

Para ser diagnosticado como leucemia linfoide crônica, deve haver pelo menos 5.000 linfócitos monoclonais/mm3 no sangue. Para que seja linfoma linfocítico de pequenas células, o paciente deve ter, ainda, aumento dos linfonodos ou um aumento do baço com menos de 5.000 linfócitos/mm3 no sangue.

Exames com linfócitos aumentados, ou seja, acima de 40% da contagem de leucócitos, podem significar que o paciente está com alguma infecção bacteriana crônica ou infecção viral (como mononucleose, caxumba ou sarampo).