Como retirar o dinheiro da conta de um falecido?

Perguntado por: oxavier . Última atualização: 31 de janeiro de 2023
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Só é possível acessar a conta do falecido através de uma autorização do juiz. Se tiver testamento, o próprio advogado pode entrar em contato com o Banco Central para verificar os valores. Se não houver testamento, os bens serão repartidos igualmente entre os membros que possuem parentesco mais próximo com o falecido.

Dependendo do acordo que está sendo feito entre as partes interessadas, o processo pode levar meses ou anos para ser autorizado. Se passados 15 anos do falecimento e os requisitos para a retirada do dinheiro não forem cumpridos, o valor será passado para o Estado.

Quando a pessoa falecida deixa valores em conta bancária para sacar ou levantar os valores é preciso demonstrar ao juiz, por meio de extrato ou outra prova como cartão ou correspondência do banco. Para isso é necessário juntar: Certidão de Óbito; Certidão de Casamento do falecido ou Nascimento (se solteiro)

Quando uma pessoa morre, seu CPF precisa ser cancelado. Se não existirem bens para a produção de um inventário, os meeiros ou herdeiros (seus representantes legais) precisam entregar a certidão de óbito em uma unidade da Receita Federal e solicitar que o CPF seja cancelado, o que acontece de forma imediata.

O uso de cartões de crédito de uma pessoa após o seu falecimento é crime de estelionato e eventuais dívidas contraídas serão cobradas pelas administradoras dos cartões. A identificação da data de uso do cartão, comparada ao dia do falecimento, comprova o uso indevido do meio de pagamento e pode levar ao culpado.

A obrigação é dos Cartórios em informar sobre os óbitos. Além disso, os bancos também deverão devolver os valores que ocasionalmente forem depositados após o óbito.

Isso é considerado crime, uma vez que deve haver o inventário e a repartição de bens de acordo com a Lei. Por isso, caso tenha algum valor, o mais apropriado é que a conta seja bloqueada.

Enquanto não aberto o inventário, o espólio deve ser representado por todos os herdeiros.

Vale ressaltar que há um lapso temporal comum entre a comunicação de morte do segurado e o processamento das informações para cancelamento do benefício. Por isso, quando a pessoa morre, a aposentadoria é cancelada automaticamente e o saque do benefício é expressamente proibido.

Outra grande consequência de lidar com um inventário atrasado é o pagamento de multas. A multa inicial em média é de 10% sobre o ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) devido, e se o atraso passar de 180 dias, a multa sobe para 20%. Não há prescrição, decadência ou perda de direitos decorrentes do atraso.

Quando o aposentado faz empréstimo e morre o que acontece? O débito em aberto deixado pelo aposentado pode ser pago com o patrimônio do falecido (espólio), pela herança dos herdeiros ou pelo seguro prestamista, se estiver ativo.

O interessado deverá contratar um advogado para propor uma ação judicial. Caso não tenha condições financeiras de contratar um advogado e ganhe até 3 salários mínimos, poderá procurar a Defensoria Pública do Estado.

Quanto custa para requerer um alvará judicial? Via de regra o requerente suportará despesas relacionadas as custas processuais e honorários advocatícios. Em 2020, os honorários advocatícios mínimos estabelecidos pela OAB/SP para ajuizamento do pedido de alvará judicial é de R$ 2,206.06.

O dinheiro costuma ser compensado em até 10 dias. (No caso de alvará eletrônico, o valor é depositado automaticamente na conta de destino, sem necessidade de ir ao banco.)

Justiça assegura a herdeiros direito de acesso aos documentos pessoais de pai falecido.