Como reduzir a letalidade policial?

Perguntado por: ocaetano . Última atualização: 20 de fevereiro de 2023
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Outro modo de promover a redução do número de mortes decorrentes de intervenções policiais é a utilização de armas com menor potencial letal nas operações. Esses mecanismos de controle social menos agressivos podem ser uma alternativa ao uso das armas de fogo para a resolução de conflitos.

Como antecipado pelo Monitor da Violência, o Rio de Janeiro teve a maior queda no número absoluto de mortes: de 1.814 vítimas, em 2019, para 1.245, no ano passado.

Dados do Monitor da Violência do g1 informam que ao menos 6,1 mil pessoas foram mortas pelas polícias estaduais brasileiras no ano de 2021. Isto equivale a uma taxa de 2.9 mortes a cada 100 mil habitantes.

POSSÍVEIS MEDIDAS CONTRA A VIOLÊNCIA
1) Realização de projetos sociais com intuito de diminuir a desigualdade social. Abrindo outros caminhos, além dos caminhos criminosos que fomentam a violência, à população de baixa renda (principalmente aos jovens).

Promova o empoderamento econômico, social e político de mulheres e meninas. Isso inclui o apoio a programas de capacitação econômica e meios de subsistência, proteção social e redes de segurança que apoiam mulheres e meninas e acesso à educação segura e equitativa para meninos e meninas.

Estudo em sete estados indica a polícia do RJ como a que mais mata e mais morre.

A taxa de mortalidade por intervenções policiais variou bastante no Brasil em 2020, sendo a taxa média nacional de 3,0 por gru- po de 100 mil habitantes. As menores taxas, ou seja, as polícias menos letais foram as do Distrito Federal (0,4), Minas Gerais (0,6), Mato Grosso do Sul (0,7), Paraíba (0,9) e Piauí (1,1).

A maioria era jovem, com média de idade de 24 anos, conforme pode ser observado na distribuição etária das vítimas, no Gráfico 2. Vale sublinhar, ainda, que, conforme os registros policiais, 62% dessas vítimas letais eram negras (pretas e pardas) — o Gráfico 3 detalha essa informação.

Florisvaldo de Oliveira, mais conhecido como Cabo Bruno (Uchoa, 18 de novembro de 1958 — Pindamonhangaba, 26 de setembro de 2012), foi um ex-policial da Polícia Militar do Estado de São Paulo, acusado de mais de cinquenta mortes na periferia de São Paulo durante os anos 1980.

Já pensou em morar numa cidade que não tem policial nem mesmo uma delegacia? Parece impossível, mas saiba que este lugar existe e se chama Povoado de Bonsucesso, às margens do rio São Francisco. Assista!

Entre os municípios brasileiros, Manaus fica atrás somente de Mossoró (11ª) e Salvador, (19ª), ou seja, a cidade é a segunda capital mais violenta do Brasil, segundo o levantamento. As cidades mexicanas de Colima (1ª) e Zamora (2ª) lideram a lista geral.

A impunidade, a formação inadequada de policiais e a marginalização da população carente são fatores que levam à prática da violência policial no Brasil.

Josmar Jozino
O sargento Roberto Lopez Martinez, apontado como um dos maiores matadores da Rota (Ronda Ostensivas Tobias de Aguiar), unidade de elite da Polícia Militar, acusado por ao menos 45 homicídios, ostenta nas redes sociais uma espécie de "lista da morte" de suas vítimas.

De acordo com o estudo, 136 agentes de segurança foram assassinados no ano passado. Os óbitos registrados foram de 111 policiais militares, 21 policiais civis, três policiais rodoviários federais e um policial federal. Na edição anterior do estudo, com dados de 2020, ocorreram 176 assassinatos de policiais.

"Tem que investir na polícia do ponto de vista de prevenção, em inteligência, investigação, no sentido de prevenir a violência”, explica. Em paralelo a isso, Lotin defende o investimento nas áreas sociais – educação, saúde, saneamento, moradia, trabalho – para colaborar no combate à criminalidade.

Política preventiva
O mais importante é evitar que o crime aconteça: o respeito à justiça, à igualdade e aos direitos humanos são basilares na ação do Estado.