Como quebrar o ciclo de violência?

Perguntado por: lcamilo4 . Última atualização: 30 de abril de 2023
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Para romper o ciclo da violência, é necessário que a vítima esteja ciente de sua situação. A partir desse reconhecimento, já poderá começar a receber ajuda emocional e profissional. As mulheres que sofrem violência não falam sobre o problema por um misto de sentimentos: vergonha, medo, constrangimento.

Como sinais de um homem violento, temos a falta de sentimentos pela vítima, restrições emocionais, insegurança e comportamento controlador. Esses agressores são manipuladores, têm pouca assertividade e pouca habilidade comunicativa.

As causas da violência são de natureza estrutural e sistêmica, tendo como exemplos as profundas desigualdades socioeconômicas, a falta de oportunidades à população mais pobre e a ausência ou inadequação das políticas públicas sociais e de segurança promovidas pelo Estado.

Além da desigualdade social, outro fator de risco que lidera as causas das violências no Brasil é a política equivocada de guerra às drogas, que fomenta confrontos diversos entre facções criminais e entre estas e as forças policiais, vitimando civis e policiais, em sua maioria, jovens, pobres e negros.

Os tipos de violência podem ser classificados como violência física, psicológica, moral, sexual, econômica e social.

Resumidamente, são eles:

  • I - violência física. Conduta que ofende a integridade ou saúde corporal;
  • II - violência psicológica. ...
  • III - violência sexual. ...
  • IV - violência patrimonial. ...
  • V - violência moral.

A maior parte, porém, é do sexo feminino. O Ipea aponta que a cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no País. Esse tipo de violência está entre os que mais geram gastos no SUS (Sistema Único de Saúde). Segundo o Ministério da Saúde, a cada quatro minutos, uma mulher dá entrada no SUS vítima de violência sexual.

O texto legal a descreve como sendo condutas que causem danos emocionais em geral ou atitudes que tenham objetivo de limitar ou controlar suas ações e comportamentos, através de ameaças, constrangimentos, humilhações, chantagens e outras ações que lhes causem prejuízos à saúde psicológica.

Vc pode denunciar esse seu vizinho independente da vontade dela. Mas o certo é ela registrar o B.O e pedir medida protetiva para afastamento dele da casa e dela, que não possa chegar a menos de 300 metros dela, dos familiares dela, ou da casa.

Baixa autoestima, angústia constante, isolamento das pessoas mais próximas, medo, insegurança, culpa, atitude extremamente passiva e negação do problema são alguns dos sintomas que a pessoa abusada passa a apresentar ao longo do tempo.

A falta de amor, atenção, segurança, limites, dis- ciplina, valores, auto-estima são fatores determinantes da nossa caminhada para o caos social. Os resultados das medidas punitivas e repressivas de combate à vio- lência que vêm sendo utilizadas, há mais de um século, têm sido decepcionantes.

Seria uma falta de conhecimento ou hipocrisia daqueles que questionam a culpa da vítima ao se tornar vítima. A Culpa é da sociedade hipócrita que tenta “vitimizar” um bandido, psicopata, com base em atitudes do cidadão inocente. As pessoas parecem procurar um "motivo" pelo qual a vítima se tornou uma vítima.

“A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.” – Jean-Paul Sartre. O filósofo e crítico francês, Jean-Paul Sartre, é considerado um dos maiores pensadores do século 20 e um dos expoentes da ideia do “existencialismo”, que visava a liberdade individual do ser humano.

Os dados analisados consideram o período entre 2009 e 2019 e mostram que negros, jovens e mulheres são as maiores vítimas de agressão e homicídio. E aponta casos de violência contra a população LGBTQIA+, os indígenas e as pessoas com deficiência.