Como Platão enxergava a alma humana?

Perguntado por: avargas . Última atualização: 1 de março de 2023
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A alma não se limita a ser entendida como o princípio da vida, mas é também vista como o princípio de conhecimento. A alma é uma substancia independente do corpo, é eterna, unindo-se a ele de forma temporária e acidental. As almas pertencem ao Mundo Inteligível ou Mundo das Ideias (real, imutável, eterno, etc).

No pensamento de Platão, o ideal é que a parte racional da alma domine as demais partes, mantendo-as sob controle e evitando que elas interfiram nas decisões e nas ações da pessoa. Isso permitiria que a alma humana seguisse o caminho da sabedoria e da justiça, aproximando-se cada vez mais da verdade absoluta.

A alma era uma substância simples e indivisível, eterna, possuidora da verdade, princípio de todo o movimento, capaz de reminiscências de existências anteriores, nunca se decompondo. Sua ligação com o corpo era de aprisionamento estando nele por uma espécie de decadência e assim buscando a purificação e a libertação.

Resposta: Platão acreditava e pregava muito que a ciência e a felicidade deveriam ambas estar sempre andando de "mãos dadas". O que acontece, é que conforme o individuo ia acumulando conhecimento em suas experiências, este ia tendo muitos episódios de felicidade.

O corpo fazia parte do Mundo dos Sentidos e a alma era pertencente ao Mundo das Ideias. O corpo físico era o que mantinha a alma separada do seu mundo, portanto, para que houvesse uma liberdade de fato o homem precisaria morrer, libertando sua alma. Por isso chamava o corpo como cárcere da alma.

“Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o amor toma conta dele.” “Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.” “Tente mover o mundo — o primeiro passo será mover a si mesmo.”

Platão concebia a filosofia em três níveis , três disciplinas filosóficas: Dialética, incluindo a Filosofia do conhecimento ( a verdade) e metafísica (o ser). Física, entendida como o conjunto de todas as ciências naturais e psicológicas. Ética, o conjunto do comportamento moral.

Então, o que se entende é que a alma humana é espiritual, e não material, e conta com três capacidades: entender, querer ou sentir, ou, em outras palavras, da capacidade da inteligência, da vontade e da sensibilidade, que é a potência da alma que permite ao indivíduo sentir um modo diferente do corpo.

A purificação da alma se constitui no diálogo Fédon como um cuidado extremo à operação cognitiva, atenuando deste processo, na medida do possível, as afecções, paixões e vicissitudes corpóreas. Este exercício ascético será como um treino para a morte, neste caso, sob o mote da iminente execução de Sócrates.

Para Platão, a verdade se aplica primeiro ao objeto e depois ao enunciado e, para Aristóteles, a verdade está ligada ao ato de dizer. Aristóteles explica a verdade através das teorias tradicionais de verdade, a saber: a teoria da correspondência, a teoria da coerência e a teoria da verificação ideal.

Tente mover o mundo – o primeiro passo será mover a si mesmo. Nota: A citação é atribuída a Platão e Sócrates.

O que move o ser humano são os impulsos – paixões e apetites – e para Platão, para a sociedade ser justa, a parte racional humana tem que controlar as outras duas, determinando as direções humanas.

Aplicando sua filosofia, Platão imaginou na "República", uma sociedade ideal dividida em três classes, levando em conta a capacidade intelectual de cada indivíduo.

Sua crítica adentra na tradição de seu povo. Essa postura platônica é pautada sobre o estudo da natureza da poesia, a mímesis, e sobre os efeitos da poesia nos indivíduos.

A partir de certos aspectos dos escritos de Platão, podemos concluir que a filosofia era entendida por ele como uma prática que visava primeiramente a uma transformação profunda e pessoal dos que a investigavam. Filosofar era, acima de tudo, buscar com todo o seu ser melhorar a própria vida.