Como os nativos reagiram ao processo de colonização?

Perguntado por: oporto . Última atualização: 17 de maio de 2023
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Segundo os cronistas da época, os indígenas consideravam os europeus amigos ou inimigos, conforme fossem tratados: amistosamente ou com hostilidade. Com o passar do tempo, e ante a necessidade crescente de mão de obra dos senhores de engenho, essa relação sofreu alterações.

Resistência indígena
A resistência intensificava-se, sobretudo, a partir da penetração do conquistador no interior do país pela busca de metais preciosos ou na expansão das fazendas, onde estes faziam, na maioria das vezes, o uso da violência.

Os colonizadores eram os que mandavam, os nativos eram escravizados, as vezes os colonizadores até batiam nos índios quando paravam de fazer suas tarefas, então era uma convivência bem ruim entre os dois povos.

Os indígenas resistiram à tentativa de submissão e extermínio, expulsando rapidamente os portugueses.

Resposta verificada por especialistas
Quando o trabalho escravo era imposto aos indígenas, a principal reação destes povos era a de fuga. O conhecimento das florestas beneficiava o empreendimento da fuga e o estabelecimento das comunidades nas regiões mais interioranas do país.

A resistência indígena se dava pelas fugas dos aldeamentos missionários e de outros tipos de cativeiro, pela defesa das aldeias contra os Bandeirantes, por ataques a vilas e fazendas, pela colaboração com o europeu, bem como pelo suicídio quando presos.

Ao ver os indígenas pela primeiras vez os colonizadores se espantaram, pois se depararam com um modo de vida que nunca haviam visto antes.

Os europeus que colonizaram a América, se reconhecendo como superiores entenderam que os nativos estavam muito aquém da civilização, não apenas técnico-científicamente, mas também espiritualmente – sem fé, sem lei e sem rei.

Outros objetos portugueses foram oferecidos: machados, facões e espelhos. Em troca, os índios entregaram o Pau-Brasil, árvore que atendeu uma grande demanda financeira dos europeus.

Em diversos casos, temos no imaginário que os índios não aceitaram a escravidão porque eram "preguiçosos" e não estavam acostumados a trabalhar. Mas na verdade, eles foram muito resistentes à colonização, mesmo não tendo tantos anticorpos para resistir às doenças trazidas da Europa quanto os negros, trazidos da África.

Os índios, antes da colonização, viviam de maneira autônoma, sem a presença de elementos políticos e governamentais e de Estado. A gestão era coletivista, baseada na cooperação entre os membros de uma mesma tribo e em alianças e guerras entre tribos diferentes.

A colonização portuguesa teve como principais características a submissão e o extermínio de milhões de indígenas. Aliás, foram os europeus que chamaram de índios os povos nativos da região.

Não reconhecendo nos nativos uma cultura própria, os portugueses pretendiam torná-los súditos do rei de Portugal e cristãos. Eram incapazes de entender os índios e o seu contexto sociocultural, reduzindo-os à condição de selvagens, de acordo com os padrões europeus.

Além de serem dizimados pelos povos europeus, os índios perderam a sua identidade cultural, devido a miscigenação e a imposição da cultura dita civilizada por parte dos ''homens brancos''.

No início, as relações entre colonos e índios eram um misto de cooperação e conflito. Por um lado, havia o exemplo das relações harmoniosas que prevaleceram durante o primeiro meio século de existência da Pensilvânia.