Como os maias viam o céu?

Perguntado por: rsilveira . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Acontece que o céu é algo que todos os povos viram, de qualquer lugar do mundo, de qualquer época. No caso da mitologia maia, o responsável pelos céus era Itzamna. Além de deus dos céus, Itzamna também era a divindade do dia e da noite, e um poderoso curandeiro, que auxiliava a humanidade com os seus poderes.

Os maias acreditavam na vida pós morte e deixavam oferendas como alimentos e bebidas. Um cachorro poderia ser enterrado para acompanhar a alma. Se o morto era uma pessoa importante, eram sacrificadas mulheres e empregados para servi-lo.

Segundo a cosmogonia maia, o mundo era plano e dividia-se entre quatro regiões de diferentes cores. Além da realizada terrena e celestial, os maias também acreditavam na existência de um submundo habitado pelos mortos. Ah Puch, O Descarnado, era a divindade que controlava esse local.

Itzamná

Religião Maia - História da Religião Maia
A figura mais importante do panteão maia é Itzamná, deus criador, senhor do fogo e do coração. Representa a morte e o renascimento da vida na natureza. Itzamná é vinculado ao deus Sol, Kinich Ahau, e à deusa Lua, Ixchel, representada como uma velha mulher demoníaca.

"Com a observação dos astros, verificavam o melhor dia para os rituais, para o plantio e para as colheitas. Organizaram um calendário lunar e, posteriormente, um solar auxiliando nas questões mais elementares, como o culto ou a agricultura.

Na mitologia maia, Tepeu e Gucumatz (o Quetzalcoatl dos astecas) são referidos como os criadores, os fabricantes, e os antepassados. Eram dois dos primeiros seres a existir e se diz que foram tão sábios como antigos. Huracán, ou o 'coração do céu', também existiu e se lhe dá menos personificação.

Na agricultura, os maias tinham como base de sua alimentação o milho, mas também cultivavam feijão, abóbora, pimenta, cacau e algodão. No comércio, além dos itens básicos de sobrevivência, como comida, roupas e ferramentas, os maias também comercializavam itens considerados luxuosos, como pedras e metais preciosos.

Os sacrifícios dos maias aconteciam como forma de manter os deuses satisfeitos, mas também poderiam acontecer antes de campanhas militares. As principais formas de sacrifício humano praticado pelos maias eram pela decapitação e também pela retirada do coração da vítima viva.

A maioria das cidades maias que ficaram desabitadas durante o século IX estavam localizadas no sul do continente, numa zona que atualmente corresponde aos territórios da Guatemala e do Belize.

No campo religioso, os maias eram politeístas, ou seja, acreditavam em diversos deuses e tinham o sacrifício humano como uma prática ritualística muito importante. Esses sacrifícios também tinham uma considerável importância política para esse povo.

Os Maias tinham uma escrita própria, sabiam ler, escrever e produziam livros. Eles desenvolveram o primeiro calendário para marcar o registro do tempo e as datas importantes. Existe uma “Bíblia Maia”, produzida entre 1554 e 1558, o livro é chamado de Popol Vuh.

Os templos do Sol e sua adoração foram abundantes na Antiguidade, desde o continente asiático, passando pela civilização egípcia, até os maias e astecas na América Central e do Norte e os incas sul-americanos.

Foram os inventores do conceito de abstração matemática. Criaram um número equivalente ao zero e nossos calendários são baseados no calendário dos Maias. Com sua aritmética, os Maias faziam cálculos astronômicos de notável exatidão. Conheciam os movimentos do Sol, da Lua, de Vênus e provavelmente de outros astros.

Os maias, por sua vez, determinavam as melhores épocas para suas colheitas de acordo com o ciclo de Vênus. Dessa forma, o estudo da astronomia foi fundamental para o desenvolvimento das civilizações.

Calcula-se que atualmente haja cerca de 6 milhões de descententes maias. Eles habitam boa parte do que se conhece como Mesoamérica – o sul do México, Guatemala, Belize, Honduras e El Salvador.

Etimologistas portugueses acreditam que Maia tem origem no topônimo pré-romano madia, significando terra úmida.

Organizando-se de forma descentralizada, os maias dividiam o poder político entre diversas cidades-Estado. Em cada uma delas, um chefe, chamado de halach vinic, governava a região em nome de uma divindade específica. Seu poder era repassado hereditariamente e os principias cargos administrativos eram por ele delegados.

É verdade que os astecas tinham conhecimentos de astronomia? Sim. Foi por meio desses conhecimentos que os astecas puderam elaborar um calendário solar.

A cultura maia também associava o plano celeste a deuses. Como o eclipse representava a “morte de um deus”, mesmo que por alguns instantes, acredita-se que eles cumpriam o ritual religioso de sacrifícios, inclusive humanos, para tentar evitar perdas maiores e fazer o Sol voltar a brilhar.

Os maias acreditavam que a Terra era o centro de todas as coisas, fixo e imóvel. As estrelas, luas, sol, assim como os planetas eram deuses. A interpretação de seus movimentos se baseavam em deuses viajando entre a Terra, o submundo e outros destinos celestiais.

Chamado de “Halach Uinic”, esse líder também ocupava funções militares que o incumbiam de fazer prisioneiros de guerra e oferecer os mesmos como sacrifício para os deuses. A sociedade maia possuía um tipo de organização bastante rígido e primordialmente determinado pelo nascimento do indivíduo.