Como os maias observavam o céu?

Perguntado por: lbonfim . Última atualização: 1 de maio de 2023
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Usavam a via lactea ou rio celestial, como chamavam, como eixo de orientação ritual e para o entendimento do clima terrestre. Existia a idea de que tudo que fosse sagrado sobre a Terra, possuía sempre um reflexo no céu .

Desde a Pré-História
Os fenícios, por exemplo, estudavam o céu para que pudessem se deslocar e desenvolver suas navegações. Os maias, por sua vez, determinavam as melhores épocas para suas colheitas de acordo com o ciclo de Vênus.

Segundo a cosmogonia maia, o mundo era plano e dividia-se entre quatro regiões de diferentes cores. Além da realizada terrena e celestial, os maias também acreditavam na existência de um submundo habitado pelos mortos. Ah Puch, O Descarnado, era a divindade que controlava esse local.

Os registros astronômicos mais antigos datam de aproximadamente 3000 a.C. e se devem aos chineses, babilônios, assírios e egípcios.

Os viajantes usavam o Sol, a Lua e as estrelas para se orientar. Esse tipo de orientação é comum entre pessoas do campo, pescadores e navegadores, que geralmente conhecem as características gerais do céu durante a noite.

Itzamná

Religião Maia - História da Religião Maia
A figura mais importante do panteão maia é Itzamná, deus criador, senhor do fogo e do coração. Representa a morte e o renascimento da vida na natureza. Itzamná é vinculado ao deus Sol, Kinich Ahau, e à deusa Lua, Ixchel, representada como uma velha mulher demoníaca.

No decorrer da maior parte da história humana, o espaço foi estudado a partir da observação remota; inicialmente a olho nu e posteriormente com a ajuda de equipamentos especiais, como o telescópio.

Os maias eram ainda intelectualmente avançados. Tinham um forte conhecimento de matemática e astronomia, que usavam para alinhar pirâmides e templos com movimentos dos astros. E usavam a única linguagem escrita conhecida na Mesoamérica, uma série de bizarros caracteres conhecidos como os Hieróglifos Maias.

Foram os inventores do conceito de abstração matemática. Criaram um número equivalente ao zero e nossos calendários são baseados no calendário dos Maias. Com sua aritmética, os Maias faziam cálculos astronômicos de notável exatidão. Conheciam os movimentos do Sol, da Lua, de Vênus e provavelmente de outros astros.

Já se sabia que os maias, povo pré-colombiano da América Central, contavam o tempo com base no movimento do Sol, da Lua e dos planetas há mais de três mil anos e o registravam em calendários esculpidos em monumentos de pedra, chamados estelas.

O Sol sempre foi fundamental para a vida humana. Para a civilização Maia, esse astro era tratado como a própria vida e influenciava as decisões mais importantes dos governantes da época. “Os sacrifícios ocorriam, geralmente, associados a fenômenos do mundo celeste, como os eclipses.

Na mitologia maia, Tepeu e Gucumatz (o Quetzalcoatl dos astecas) são referidos como os criadores, os fabricantes, e os antepassados. Eram dois dos primeiros seres a existir e se diz que foram tão sábios como antigos. Huracán, ou o 'coração do céu', também existiu e se lhe dá menos personificação.

Os maias tinham mais medo da morte do que qualquer outra cultura mesoamericana. Desse modo, eles temiam Ah Puch, pois o viam como uma figura de caça que saqueava as casas de cidadãos feridos ou doentes. Os maias geralmente estão envolvidos em luto extremo e até intenso após a morte de um ente querido.

Entre os diversos deuses maias, podem ser citados Itzamná, deus criador do Universo; Kinich Ahau, deus Sol; Chac, deus relacionado com a água; Bolon Tza'cab, deus relacionado ao cetro; Ah Puch, deus da morte; e Ix Chel, a senhora do arco-íris.

Os antigos chineses constituíam uma das civilizações mais cientificamente avançadas do mundo. Faziam suas medições em relação ao equador Celeste e não à eclíptica; Para os Chineses o Pólo Norte Celeste representava o Imperador. Observavam as estrelas bem visíveis ao Sul à meia Noite por estarem bem opostas ao Sol.