Como os judeus contam o tempo?

Perguntado por: ufurtado2 . Última atualização: 5 de maio de 2023
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O calendário judaico é chamado de Luach em hebraico. Ele é lunissolar, baseado nos ciclos lunares e composto por 12 ou 13 meses. Os judeus contam o tempo a partir da criação do universo, que para eles teria ocorrido há cerca de seis mil anos.

O calendário judaico é luni-solar, baseado em meses lunares de 29 dias alternados com 30 dias. Um mês extra é intercalado a cada 3 anos, com base em um ciclo de 19 anos. As datas do calendário judaico são designadas AM (Latin anno mundi, “o ano do mundo”) e BCE (antes da Era Comum).

Os judeus contam o tempo a partir da criação do universo, que para eles teria ocorrido há cerca de seis mil anos.

Eis por que basicamente o dia judaico começa ao pôr-do-sol - segue as leis da natureza.

A data é marcada por um jejum de mais de 24 horas e intensa oração. O Pessach é a Páscoa judaica, que é celebrada durante 8 dias. Ela comemora a saída do povo hebreu do Egito, comandado por Moisés, em direção à terra prometida no primeiro mês do calendário religioso, Nissan/Abib.

O primeiro calendário solar surgiu com os egípcios por volta de 3000 a.C., com uma medição de 365 dias. Atualmente seguimos o chamado calendário gregoriano, que foi criado em 1582 pelo Papa Gregório XIII (1502 – 1585) — daí o nome “gregoriano”.

Os estudiosos acreditam que os hebreus padronizaram seu calendário de acordo com as práticas babilônicas, pelo menos na época do exílio. Concordando com Lasor, De Vaux fala que o sol e a lua são os sinais para marcar festas, dias e anos, bem como a contagem do tempo.

Publicado em 06/09/2021 - 08:00 Por Beatriz Albuquerque - Repórter da Rádio Nacional - Brasília. Shanatova umetuka. É assim que os judeus desejam um ano bom e doce. No dia 6 de setembro começa, para o povo judaico, o ano 5.782, contado a partir da "criação dos primeiros seres humanos", Adão e Eva.

Tishrei

Para ajustar, se convencionou que alguns anos têm um mês a mais no calendário judaico. O primeiro mês do ano é chamado de Tishrei, palavra que remonta ao período de 586 a.C. a 536 a.C., quando Jerusalém foi destruída pelos babilônios e os judeus foram forçadamente exilados para a região mesopotâmia.

Yom Kipur significa o Dia do Perdão, celebrado uma vez a cada ano. Trata-se da data mais importante e sagrada no judaísmo a ser realizada no décimo dia a partir do Rosh Hashaná, Ano Novo judaico.

Significa que o mundo foi criado há 5.783 anos", explica Daniel Douek, cientista social e judeu e diretor do Instituto Brasil-Israel. A contagem dos anos no judaísmo é feita pelo calendário lunar, que tem 354 dias, diferentemente do calendário gregoriano, que tem 365, por isso as diferenças nas datas.

Os judeus de todo o mundo em breve desejarão um ao outro “Shanah tovah” (hebraico para “bom ano”) durante o Rosh Hashaná, o Ano Novo judaico. O feriado, que acontece este ano entre o pôr do sol de 25 de setembro e o pôr do sol de 27 de setembro, dá início aos dias sagrados judaicos.

As datas antes de Cristo são decrescentes porque utilizamos o Calendário Gregoriano que se baseou na crença cristã, dividindo o tempo histórico ocidental basicamente em dois períodos: antes e depois de Cristo.

Para os historiadores, o ano 1 foi justamente o ano em que Cristo nasceu. Os acontecimentos que ocorreram antes do nascimento de Cristo são contados em ordem decrescente e sempre devem ter as iniciais a.C para diferenciar.

Os especialistas acreditam que ele teve origem com os sumérios - povo da Mesopotâmia - em 2700 a.C.. Era composto por 12 meses lunares com 29 ou 30 dias, num total de 354 no ano. Desta forma, não coincidia com o calendário solar, composto por 365 dias.

Para os judeus ortodoxos, o descanso deve ser absoluto. Como no passado, não se podia fazer fogo aos sábados, hoje, eles não usam energia elétrica. É proibido, por exemplo, andar de carro, de elevador, acionar ou comandar qualquer equipamento eletrônico. Não é permitido também fazer os empregados trabalharem nesse dia.

O Yom Kipur é uma das datas comemorativas mais importantes do judaísmo. É o dia mais sagrado do calendário judaico ou, em hebraico, o "Shabat HaShabatot" (o Sábado dos Sábados). Trata-se de uma data móvel, como ocorre, por exemplo, com a Páscoa dos cristãos.

É formada pelas três horas chamadas “menores”, por terem uma importância menor no contexto da proposta de oração diária e por serem mais simples e breves: Terça ou Tércia, pelas 9h00. Sexta, pelo meio-dia. Nona ou Noa, pelas 15h00.

Então nesse sistema a hora terceira correspondia a um horário próximo às nove horas da manhã; a hora sexta significava algo em torno do meio-dia; e a hora nona dizia respeito às três horas da tarde.

Números na pré-história
Por exemplo: cada animal valia uma pedra. Quando levavam os animais para pastar, colocavam uma pedra num saco, correspondendo a cada animal. No fim do dia, quando os animais voltavam ao cercado, bastava contar as pedras no saco para saber se todos estavam ali ou se algum tinha se perdido.

Sinais em tabletes de argila
É, os dedos ajudavam bastante nos cálculos. Mas chegou um tempo em que sementes, pedras, gravetos e os próprios dedos não eram suficientes para contar. As quantidades tinham aumentado: de plantas, de animais, de pessoas, de terras.