Como os índios escova os dentes?

Perguntado por: mmoura4 . Última atualização: 23 de fevereiro de 2023
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Eles passavam jenipapo na gengiva da criança para que nascessem fortes. Na fase adulta, depois de mastigar a carne, eles lavavam a boca com água e mastigavam wotcha, uma planta da mata. Também usavam fio de tucum para limpar os dentes e escovavam com um talo de capim, igual a um pincel, conta a cirurgiã-dentista.

O legado indígena para os brasileiros
Todos se depilavam, cortavam e lavavam os cabelos. Para isso, usavam produtos vegetais como o óleo de andiroba e extrato de pitanga, que ainda hoje são usados na indústria de higiene pessoal. Também veio deles o costume de tomar banho diariamente, ato que os portugueses evitavam.

Botoque ou batoque é um ornamento feito de um pedaço circular, geralmente de madeira, introduzido nas orelhas, narinas ou lábio inferior por alguns povos, como algumas tribos indígenas brasileiras e africanas.

Caiapós e Botocudos acreditam que estes adornos podem ajudar a ouvir e falar melhor. Hoje na África,algumas tribos ainda fazem uso de grandes lip plates.

Hortelã pulverizada, pó de ossos e areia já foram usados para limpar os dentes. Dependendo da época, o bafo era disfarçado com flores, pós bizarros e até xixi.

Para complementar a higiene, eles usavam uma mistura de ingredientes, como pó de cascos de boi, cinzas, cascas de ovos queimados e pedras-pomes que fazia o papel do creme dental.

Estudos arqueológicos recentes encontraram em uma tumba egípcia de cinco mil anos um artefato que poderia ser visto como a mais antiga de todas as escovas de dente. Na verdade, o instrumento consistia em um ramo de planta que teve a sua extremidade toda desfiada até que as fibras funcionassem como cerdas.

Foi na china em meados de 1.400 que surgiu a escova de dente mais parecida com a que temos hoje. Acredita que prendiam em uma vareta de bambu pêlos de porco! Pêlos de porco foram utilizados até 1938 quando finalmente surgiram as cerdas de nylon que utilizamos até hoje.

Os índios brasileiros eram muito limpos. Costumavam entrar no rio para se banhar mais de dez vezes por dia. Tanto que os portugueses, quando chegaram aqui a partir de 1500, se assustaram.

Por outro lado, os relatos de viagens tambem descreviam que os indios defecavam dentro das ocas, bebiam agua suja dos rios e os descuidos no preparo da alimentayao ocasionavam serias infestayoes parasitarias.

Pessoas em áreas rurais frequentemente se aliviam ao ar livre pela força do hábito ou por preferências culturais. Em alguns vilarejos, os habitantes acreditam que banheiros são feitos para pessoas mais velhas, jovens recém-casadas ou crianças.

O cocar é feito artesanalmente com penas de araras, papagaios e outros pássaros nativos. Mas também podem ser feitos com aves “de chão”, como galinhas e emas. Tendo como sinal de autoridade, o cocar do cacique deve ser feito com as penas apontadas para cima.

Segundo as crenças da etnia Haliti-Paresi, do Mato Grosso, as cores fortes e diversas do cocar são como escudos usados para rebater as energias negativas e os espíritos ruins que tentam desvirtuar o objetivo e o foco dos caminhos do homem indígena.

Os indígenas carregam no corpo e no rosto a identidade cultural de seu povo. As pinturas são as marcas de muitas etnias e são diferentes para cada ocasião. As tintas são feitas a partir de elementos naturais, como urucum e jenipapo, e podem manter-se na pele por um período de 15 a 20 dias.

Só para se ter ideia, as índias não tinham pelos pubianos. De início, imaginava-se que elas teriam nascido sem esses pelos, mas, tempos mais tarde, descobriu-se que na verdade elas os rapavam com artefatos feitos com espinha de peixe.

Receita de encolhimento
Uma vez cortada a cabeça, os Shuar, retiravam a pele do crânio e depois sacavam olhos, músculos e gordura da cabeça. O passo seguinte era fechar orifícios e cozinhar a pele em água de rio em uma cabaça durante meia hora. Mas sem deixar que a água fervesse.

As vestimentas mais comuns aos índios brasileiros “não civilizados” ou com pouco contato com a sociedade são a tanga, o saiote ou os cintos que lhes cobrem o sexo, feitos de penas de animais, folhas de plantas, entrecasca de árvores, sementes ou miçangas.

Por volta do ano de 1600, os chineses, que já utilizavam galhos aromáticos, não só para limpeza dos dentes, mas também para refrescar a boca, inventaram a escova dental como a conhecemos.

Estes povos usavam galhos, folhas de árvores e penas para a escovação. Outros usavam lascas de madeira como palitos ou até a própria mão para escovar os dentes. Foi só em 1490, que os chineses criaram algo parecido com a escova de dente como a conhecemos.

O item, hoje tão comum nas casas dos brasileiros, apareceu pela primeira vez mais de 5 mil anos atrás. O primeiro instrumento identificado como uma escova de dentes não passava de um pequeno graveto, mais ou menos do tamanho de um lápis, com as pontas desfiadas formando uma escova.

Diversos autores romanos, como Catullus, atestaram que pessoas usavam urina humana e animal como enxaguante bucal para ajudar a limpar os dentes.