Como os índios curam as doenças?

Perguntado por: sgomes . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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Os tratamentos indígenas mais usados são os chamados “remédios do mato”, feitos com plantas e que são responsáveis pelo alívio da dor de 40% dos entrevistados. Existem ainda outras formas de tratar a dor, como, por exemplo, o uso de gordura animal, de enzimas, de banhos e de rituais de cura, conhecidos como pajelança.

O Guaco é um eficaz broncodilatador natural, expectorante e antitussígeno, empregado para problemas respiratórios incluindo bronquite, gripes e resfriados, tosse e asma, bem como para dor de garganta, laringite e febre. Várias tribos indígenas acreditam que esmagar folhas de guaco frescas afugenta cobras.

Para tratar a dor, 86,7% dos índios entrevistados disseram que recorrem à medicina convencional – ou os “remédios do branco”, como anti-inflamatórios não hormonais, relaxantes musculares e corticoides – e 80% contam com a ajuda da medicina tradicional indígena como o “remédio do mato”, feito de acordo com as tradições ...

Ervas e Medicamentos
São bastante difundidos na região os medicamentos caseiros, que se utilizam das ervas e plantas da Amazônia como matéria-prima. Cosméticos são preparados à base de óleo de copaíba, e o pau-rosa é utilizado na fabricação de fixadores de perfumes e essências.

Os tratamentos indígenas mais usados são os chamados “remédios do mato”, feitos com plantas e que são responsáveis pelo alívio da dor de 40% dos entrevistados. Existem ainda outras formas de tratar a dor, como, por exemplo, o uso de gordura animal, de enzimas, de banhos e de rituais de cura, conhecidos como pajelança.

A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) é responsável por coordenar e executar a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) no Sistema Único de Saúde (SUS).

Gripe, sarampo, coqueluche, tuberculose, varíola e sífilis são alguns dos males que vitimaram sociedades indígenas inteiras.

Diabetes: o chá de canela, carqueja ou pata-de-vaca são bons remédios naturais para ajudar no controle da glicose no corpo; Pressão alta: um bom remédio caseiro é tomar o suco de mirtilo diariamente ou consumir a água de alho, por exemplo.

Informações do produto
Excelente digestivo: auxilia na proteção da flora intestinal, ajudando no combate de intoxicações alimentares, má digestão, constipação e azia.

Capim-santo, boldo, jambu, limão, alho usados no chá.

O legado indígena para os brasileiros
Todos se depilavam, cortavam e lavavam os cabelos. Para isso, usavam produtos vegetais como o óleo de andiroba e extrato de pitanga, que ainda hoje são usados na indústria de higiene pessoal. Também veio deles o costume de tomar banho diariamente, ato que os portugueses evitavam.

Os povos indígenas costumam utilizar redes ou esteiras para dormir. O mais comum é que utilizem redes, mas alguns fazem o uso da esteira que fica posicionada no chão e as vezes coberta com algum tipo de folha, palhas e até tecidos produzidos por eles mesmos.

Botoque ou batoque é um ornamento feito de um pedaço circular, geralmente de madeira, introduzido nas orelhas, narinas ou lábio inferior por alguns povos, como algumas tribos indígenas brasileiras e africanas.

Chá indígena pode ser anti-inflamatório e antidepressivo, aponta pesquisa — Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Atenção!

O rapé é um pó da medicina sagrada xamânica, que é feito de tabaco, cascas de árvores, ervas e demais plantas moídas. Ele surgiu originalmente nas tribos indígenas da América do Sul, sendo o seu uso uma tradição de anos,. Com o tempo, teve o seu alcance difundido entre outras tribos e pelos países da Europa.

Um cocar é o adorno usado por muitas etnias indígenas americanas na região da cabeça. Sua função variava de etnia pra etnia, podendo servir de adorno a símbolo de status ou classe na etnia. Geralmente, é confeccionado de penas presas a uma tira de couro ou de outro material.

Por exemplo, a alfavaca que tem função antigripal, diurética e hipotensora, ou o boldo que é digestivo, antitóxico, combate a prisão de ventre e pode ser usado também nas febres intermitentes (que cessam e voltam logo) são descobertas dos índios utilizadas no nosso dia a dia.

Todas já estão despertas antes das 6 horas da manhã. Conforme o sol avança, elas começam a se agitar. Sobem em árvores e brincam com animais domesticados que rodeiam as casas – cães, gatos, galinhas, papagaio, filhotes de ema e até porco-do-mato.

Os povos indígenas são mais que guardiões do meio ambiente, pois se compreendem como natureza, estabelecem modelos de trocas equilibradas — e não monetárias — com todos os outros seres, preservando biomas e mantendo a biodiversidade de ecossistemas.

Conhecimentos tradicionais indígenas combinam medicamentos naturais com a sabedoria sobre as relações com o meio ambiente no tratamento de doenças. A cura pela medicina indígena depende de um profundo entendimento sobre a relação do homem com a natureza (Foto: Lunaé Parracho / Greenpeace).

O estudo da medicina tradicional dos povos indígenas é um meio eficiente para o conhecimento e um novo caminho que vai desde os nossos antepassados aos dias de hoje. Poucas pessoas conhecem estes saberes que eram usados para tratar os doentes nas aldeias.