Como os indígenas usavam as constelações?

Perguntado por: dporto . Última atualização: 5 de fevereiro de 2023
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As flutuações sazonais indicadas pelas constelações influenciam no período da pesca, caça, plantio e colheita. Cada imagem formada no céu permitia aos índios identificar que uma nova estação do ano estava por vir.

  • As Constelações Indígenas Brasileiras.
  • Constelação da Ema.
  • Constelação do Homem Velho.
  • Constelação da Anta do Norte.
  • Constelação do Veado.

Eles olharam para a posição das estrelas para saber se haveria chuva ou não. Eles olharam para o Sol, a Lua, as estrelas, as Plêiades e muito mais. A todos esses indicadores somam-se as revelações que os xamãs recebiam através dos sonhos.

Nas mitologias em geral, é comum que o céu seja sinônimo de uma divindade muito poderosa, suprema, geralmente criadora de tudo o que existe. Na mitologia indígena brasileira, isso não é diferente, e o céu se trata da divindade mais importante do panteão: Tupã, que é chamado pelo povo de “O Espírito do Trovão”.

Conhecer o céu e a posição das estrelas antigamente era muito importante para a vida, pois utilizavam o céu na navegação como pontos de localização e na agricultura para perceber as mudanças das estações do ano.

“Há aproximadamente 30 constelações indígenas descritas. Um trabalho pioneiro nesse sentido foi feito em 1612, pelo missionário francês Claude d'Abbeville, que passou um período entre os Tupinambás”, conta.

O gnômon é um dos mais simples e antigos instrumentos de astronomia.

Uma lenda indígena nheengatu, da Amazônia, assim conta a origem do mundo: No princípio, contam, havia só água, céu. Tudo era vazio, tudo noite grande. Um dia, contam, Tupana desceu de cima no meio de vento grande, quando já queria encostar na água saiu do fundo uma terra pequena, pisou nela.

A posição da constelação do Cruzeiro do Sul é utilizada pelos tupis-guaranis para determinar os pontos cardeais, o intervalo de tempo transcorrido durante a noite e as estações do ano.

A constelação da Anta do Norte é conhecida principalmente pelas etnias de índios brasileiros que habitam a região norte do Brasil, tendo em vista que para as etnias da região sul ela fica muito próxima da linha do horizonte.

Os viajantes usavam o Sol, a Lua e as estrelas para se orientar. Esse tipo de orientação é comum entre pessoas do campo, pescadores e navegadores, que geralmente conhecem as características gerais do céu durante a noite.

O conhecimento sobre os astros era utilizado para contar o tempo e navegar, construir narrativas, erguer sociedades e até mesmo compreender a relação entre homem e universo.

Pode-se dizer que o Sol foi quem mais despertou a atenção dos índios. A maioria das tribos brasileiras mede o tempo a partir do movimento aparente desse astro no céu, com o Relógio Solar.

O Zodíaco é formado pelas constelações de Peixes, Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Ofiúco, Sagitário, Capricórnio e Aquário. Essas constelações, assim como as outras, têm sempre alguma história interessante que as envolve.

Guaraci, Quaraci, Coaraci ou Coraci (do tupi kûarasy, "sol") na mitologia tupi-guarani é a representação do Sol, às vezes compreendido como aquele que dá a vida e criador de todos os seres vivos, tal qual o Sol é importante nos processos biológicos.

A observação do céu é uma prática milenar realizada por diversos povos de culturas distintas. Dentre esses povos, os indígenas brasileiros contam suas sabedorias sobre os astros através de histórias classificadas como contos ou mitologias.