Como os clássicos da sociologia entendem o trabalho?

Perguntado por: laparicio6 . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Os sociólogos clássicos pensaram trabalho a partir da organização social, e, em especial Karl Marx notou que: Marx entende o Estado como uma ferramenta de organização e controle social, expressivamente utilizada para coagir o indivíduo em questões que se relacionam a fatores sociais e econômicos.

Por entender a sociedade através da metáfora de um corpo, Durkheim afirma que a divisão do trabalho mantém a harmonia do sistema. Por fim, Weber aponta a existência de distinções na divisão social do trabalho entre católicos e protestantes. Segundo ele, esses últimos estão mais aliados com o capitalismo.

O trabalho é qualquer atividade física ou intelectual, realizada pelo ser humano, cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo para realização pessoal e desenvolvimento econômico.

Para Durkheim, o trabalho é um fato social presente em todos os tipos de sociedade, ou seja, o trabalho é algo que se impõe a nós indivíduos, independente da nossa vontade. A divisão social do trabalho, para este autor, promove a coesão social e, por isso, deve ser preservada.

Para Marx, o trabalho é uma dimensão ineliminável da vida humana, isto é, uma dimensão ontológica fundamental, pois, por meio dele, o homem cria, livre e conscientemente, a realidade, bem como o permite dar um salto da mera existência orgânica à sociabilidade.

Para Marx, o desenvolvimento da divisão do trabalho no capitalismo opõe as forças intelectuais do processo de produção como propriedade alheia aos produtores que realizam o trabalho manual. O capital, nesse sentido, exerce o poder despótico ao dominar e dirigir as potências intelectuais da produção.

Para resumir o posicionamento dos autores clássicos, podemos dizer que Durkheim e Weber são conservadores, defensores do capitalismo, enquanto Marx é favorável a uma revolução para derrubar de vez esse sistema. Para saber mais detalhes do surgimento dessa ciência, acesse: Surgimento da sociologia.

Enquanto Durkheim atem-se ao estudo do “fato social”, com a sociedade determinando as ações do indivíduo, Marx procura entender os movimentos da sociedade tendo como objeto as “relações sociais” e a “luta de classes” transformando os fenômenos sociais e para Durkheim a luta entre as classes expressa anormalidade no que ...

Weber destacou que o trabalho se encaixava como uma das ações sociais mais nobres e dignas presentes na sociedade. Segundo o dicionário, dignificar significa dar dignidade, enobrecer.

Pareto, Durkheim e Weber possuem em comum o desejo de fazer ciência. Os três escreveram suas obras no final do século XIX e por isso compreendem o mundo de forma distinta dos autores anteriores.

Emile Durkheim é conhecido por sua teoria funcionalista, que argumenta que a sociedade é um sistema complexo composto por diferentes partes que trabalham juntas para garantir a ordem social e a continuidade ao longo do tempo.

O trabalho é categoria que evidencia atividade social que envolve a produção e o intercâmbio de bens e serviços. Ele é uma forma de organização da sociedade e é regulado por leis, normas e instituições sociais. Tal categoria pode ser dividido em dois tipos: trabalho assalariado e trabalho não assalariado.

O trabalho é definido por Karl Marx como a atividade sobre a qual o ser humano emprega sua força para produzir os meios para o seu sustento. Ao olharmos para períodos históricos anteriores ao nosso – o período medieval, por exemplo –, vemos que o trabalho rural era a principal forma de labor do período.

Para Marx, a divisão do trabalho só efetivou-se no momento da separação entre trabalho manual e trabalho intelectual. A divisão entre os tipos de trabalho aconteceu a partir da segmentação do trabalho na indústria e nas sociedades capitalistas.

O que Max Weber defendia
Levando em consideração os conceitos das ações sociais, é possível dizer que Max Weber defendia que a partir do uso das ações sociais, os indivíduos poderiam modificar a sociedade, a política, as relações sociais e as organizações institucionais e governamentais.