Como opera a razão intuitiva?

Perguntado por: amedeiros . Última atualização: 14 de janeiro de 2023
4.2 / 5 17 votos

R = Ao contrário da razão discursiva, a razão intuitiva capta por inteiro e completamente o objeto, de uma só vez. Trata-se, portanto, de uma visão direta e imediata do objeto do conhecimento, um contato direto e imediato com ele, sem necessidade de provas ou demonstrações para saber o que conhece.

A intuição intelectual, emotiva e volitiva
A intuição real pode dividir-se em três categorias.

Segundo Aristóteles, a intuição estaria acima do conhecimento científico, sendo a base primeira do mesmo. Ela não pertence ao âmbito científico, mas como princípio dos princípios ela sustenta o valor da demonstração, embora não seja demonstrável, visto que se dá por evidência.

O pensar intuitivo estabelece novos parâmetros de interpretação e ação no mundo. Sua efetivação permite ao indivíduo a superação da subjetividade e, paulatinamente, a identificação com sua individualidade. O processo do pensamento intuitivo é catalisador de transformações da consciência natural e da vida cotidiana.

Diferente do pensamento racional, as informações intuitivas surgem imediatamente como resultado da experiência, conectando-se às coisas numa visualização real sobre algo ou uma situação. Além de ancorar a referência do pensamento intuitivo a um elemento, ela também remete o pensamento racional ao mesmo.

A razão intuitiva é baseada no sentimento de quem está deduzindo algo, sem ter uma base científica. Já a razão discursiva é baseada em métodos e apresenta uma comprovação científica para determinado fato.

Razão é dada pelo quociente entre dois números, ou seja, a divisão entre dois números, na qual devemos sempre respeitar a ordem de cada um. A razão entre dois números é dada pela sua divisão obedecendo a ordem na qual eles foram dados. Tal razão pode ser representada na forma fracionária, decimal e percentual.

A razão instrumental baseia-se na ideia de utilidade. Indo por esta linha de pensamento, o valor das coisas radica naquilo para que servem. Se uma coisa não servir para nada (não tiver utilidade), carece de valor na perspectiva da razão instrumental.

Intuição é um sentimento que os seres humanos afirmam manifestar ao tomar uma decisão sobre algo ou uma situação. Segundo a psicologia, ela é uma forma de conhecimento inconsciente. Os palpites tomados pelo indivíduo são gerados na parte inconsciente da mente, por meio de experiências anteriores.

A intuição ou o instinto também são o resultado de vários processamentos que ocorrem no cérebro. Pesquisas sugerem que o cérebro é uma grande máquina de previsões, constantemente comparando a informação sensorial e as experiências atuais com o conhecimento depositado e as memórias de experiências passadas.

Trata-se de conseguir chegar a um conhecimento que está implícito em alguma situação, sem que isso seja feito de forma consciente. Isso explica porque ela acontece no campo do inconsciente: a maior parte da nossa atividade cerebral se dá fora do campo da percepção consciente.

b) O conhecimento mítico
Trata-se de uma modalidade de conhecimento baseado na intuição e que deriva do entendimento de que existem modelos naturais e sobrenaturais dos quais brota o sentido de tudo o que existe.

CONSCIÊNCIA INTUITIVA. A intuição pode ser entendida como uma forma de conhecimento imediata. Chama-se de intuitivo um saber que ocorre de forma repentina, como um insight (lampejo, estalo). Dessa forma, a intuição produz uma forma de consciência que não se desenvolve por um processo lógico, metódico e sistemático.

Em sua Crítica da Razão Pura, na “Estética Transcendental”, Kant definiu a sensibilidade como uma faculdade de intuição, através da qual os objetos são apreendidos pelo sujeito cognoscente. Nessa apreensão receptiva são fornecidas “intuições puras” e “intuições empíricas” que possibilitarão o conhecimento do objeto.