Como ocorre a degradação dos neurotransmissores?

Perguntado por: rsilveira . Última atualização: 19 de maio de 2023
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Algumas substâncias podem interferir na degradação de neurotransmissores, como por exemplo, os organofosforados e os carbamatos que inibem a enzima acetilcolinesterase, e assim impedem a degradação da acetilcolina na fenda. Com isso, aumenta a concentração de acetilcolina e, consequentemente, os efeitos dela.

Quando um neurônio quer passar uma mensagem para o outro, ele dispara um sinal elétrico que, ao chegar no final do neurônio, libera vesículas (como se fossem saquinhos) cheias de neurotransmissores. Estes neurotransmissores, então, se ligam a receptores no início do próximo neurônio, que recebe a mensagem.

O neurotransmissor liberado na fenda sináptica atua por um período muito curto, apenas alguns minutos ou mesmo segundos. Ele é destruído por enzimas, como a acetilcolina esterase, ou é reabsorvido no botão terminal do neurônio pré-sináptico por mecanismos de recaptação e, em seguida, reciclado.

Primeiro a acetilcolina é sintetizada pela Colina Acetil Transferase, e em seguida é armazenada em vesículas para ser posteriormente secretada. Após ser secretada, ela é degradada pela enzima acetilcolinesterase, que a transforma em uma molécula de acetato e uma de colina.

Após realizar sua função, seu efeito, a Ach é metabolizada por uma enzima presente na fenda sináptica, conhecida como acetilcolinesterase. Essa enzima degrada a acetilcolina, formando colina + acetato. O acetato é eliminado e a colina é reutilizada, voltando ao neurônio colinérgico.

Principais neurotransmissores

  • Acetilcolina (Ach)
  • Adrenalina.
  • Noradrenalina (NA)
  • Endorfina.
  • Serotonina (5HT)
  • Dopamina (DA)

Após desencadear o potencial pós-sináptico, o neurotransmissor difunde-se para fora da fenda sináptica. Nesse local, ele é degradado por enzimas ou recaptado pelas células próximas.

A maioria dos neurotransmissores interage principalmente com receptores pós-sinápticos, mas alguns receptores estão localizados em neurônios pré-sinápticos, proporcionando o controle preciso da liberação de neurotransmissores.

A despolarização é a primeira fase do potencial de ação na Fisiologia Geral. Durante essa fase, ocorre um significativo aumento na permeabilidade aos íons sódio na membrana celular. Isso propicia um grande fluxo de íons sódio de fora para dentro da célula por meio de sua membrana por um processo de difusão simples.

Interferência na degradação enzimática
Algumas substâncias podem interferir na degradação de neurotransmissores, como por exemplo, os organofosforados e os carbamatos que inibem a enzima acetilcolinesterase, e assim impedem a degradação da acetilcolina na fenda.

Síntese do neurotransmissor
A síntese do neurotransmissor se faz a partir de um precursor (tirosina, triptofano, colina e outros alfa-aminoácidos) que, vindo do meio externo para o interior do neurônio, atravessa a membrana do corpo celular da estrutura neuronal por intermédio de mecanismos especializados.

Vale lembrar que os neurotransmissores são produzidos no neurônio pré-sináptico e são armazenados em vesículas, conhecidas também como sacos sinápticos. Quando a comunicação está para acontecer, as vesículas ficam posicionadas no final do neurônio pré-sináptico, aguardando o estímulo para liberar os neurotransmissores.

A recaptação de um neurotransmissor é o processo natural do corpo que controla quanto tempo um sinal nervoso dura. Entretanto, se o nível de um neurotransmissor estiver muito baixo, a recaptação pode ser problemática, já que restringe a quantidade do neurotransmissor circulando no cérebro.

Assim, para manter o máximo de equilíbrio entre os neurotransmissores, é necessário equilibrar o cérebro com nootrópicos, limitar a ingestão de substâncias estimulantes, evitar toxinas, praticar exercícios físicos e cuidar da saúde intestinal.

Após ser capturada, a noradrenalina é metabolizada, principalmente, pela enzima MAO (monoamino-oxidase), uma enzima que realiza metabolismo de catecolaminas e que está presente, principalmente, nas terminações nervosas noradrenérgicas.

Colinesterases são enzimas pertencentes ao grupo das hidrolases, as quais catalisam a hidrólise dos ésteres de colina. Essas enzimas são primordiais na regulação dos impulsos nervosos por meio do processo de degradação da Acetilcolina, nas junções neuromuscular e nas sinapses nervosas.

A acetilcolina é um neurotransmissor encontrado no sistema nervoso central, periférico e também em junções neuromusculares. Trata-se de um neurotransmissor comum nos vertebrados e também nos invertebrados. A acetilcolina atua em funções como controle do movimento e regulação da memória, aprendizado, atenção e sono.