Como o vício começa?

Perguntado por: dmartins . Última atualização: 28 de abril de 2023
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O vício se inicia quando se torna frequente a busca por tais elementos de prazer, caracterizando o aumento gradativo até chegar em níveis de consumo excessivo. Outro indício é quando se percebem sinais de abstinência, situações nas que há prejuízos emocionais ou físicos na ausência do consumo.

O vício, ou adicção como também é conhecido, é um distúrbio crônico que pode ter curso progressivo e complicações graves, às vezes letais. O que caracteriza uma pessoa como dependente é a perda do controle sobre o uso de drogas ou sobre determinados comportamentos (Vanderschuren e Everitt, 2005).

“Normalmente, pessoas viciadas perdem o estímulo para a vida e começam a entrar numa degradação moral que, quase sempre, as leva à depressão, ansiedade e demais transtornos mentais”, completa a psicóloga.

Por que alguns vícios são mais difíceis de largar do que outros?

  • Heroína.
  • Cocaína.
  • Nicotina.
  • Barbitúricos (sedativos, anestésicos, antiepilépticos)
  • Álcool.

Segundo especialistas, a droga mais viciante do mundo é a heroína, podendo viciar o indivíduo em apenas 5 doses.

5 sinais de que você pode estar viciado:

  • Não tem mais controle sobre a busca ou não consegue parar de usar/fazer algo;
  • Aumento do consumo ao longo do tempo;
  • Tolerância menor a cada vez que usa;
  • Sinais de abstinência quando para o consumo;
  • Ter um padrão disfuncional que traga prejuízo à sua rotina diária.

Todo o processo pode levar de alguns dias a vários meses. Por exemplo, o álcool deixa o corpo depois de alguns dias, mas a desintoxicação dos desejos pode levar muito mais tempo. Quanto tempo leva a desintoxicação depende de vários fatores, incluindo: Qual substância foi abusada.

Para vencer uma dependência, além de mudar o estilo de vida é importante resolver tudo o que causa desconforto emocional, como vazio, relações rompidas, medos e ansiedades. Por isso é tão importante fazer psicoterapia.

Quando desenvolvemos algumas ações físicas ou mentais que nos parecem prazerosas, esses neurônios liberam DOPAMINA, que é um neurotransmissor que mede nossas sensações de prazer e inunda nosso cérebro. Claro, após sentir essa sensação de prazer você quer senti-la de novo e assim sucessivamente.

O vício tem a característica de não causar submissão total. Quem tem algum vício, consegue ter a percepção que aquele mau hábito pode lhe causar prejuízo. Já o dependente, necessita completamente permanecer com aquele comportamento, sendo totalmente submisso aquela situação.

Como parar de usar drogas?

  1. Reconhecer o vício. Reconhecer que possui um problema quando ele já passou a ocupar grande parte da sua vida não é algo simples. ...
  2. Buscar ajuda especializada. ...
  3. Contar com apoio familiar. ...
  4. Evitar frequentar lugares onde há consumo de drogas. ...
  5. Praticar atividades físicas. ...
  6. Alimentar bem.

Tipos de vícios mais comuns: Conheça os principais exemplos de vícios

  1. Álcool. Embora muitas pessoas apontem que consomem bebidas alcoólicas apenas socialmente, a gente sabe que essa não é a realidade de todos. ...
  2. Tabaco. ...
  3. Maconha. ...
  4. Opióides prescritos. ...
  5. Internet e redes sociais. ...
  6. Sexo. ...
  7. Apostas. ...
  8. Medicamentos.

A substância ilícita mais consumida no Brasil é a maconha: 7,7% dos brasileiros de 12 a 65 anos já a usaram ao menos uma vez na vida. Em segundo lugar, fica a cocaína em pó: 3,1% já consumiram a substância.

A maconha é a única droga considerada de baixo risco, seguida de longe (já na zona de alto risco) pela metanfetamina, o ecstasy, o tabaco, a cocaína, a heroína e o álcool, respectivamente. Ou seja: enquanto a nossa cerveja de cada dia é considerada de altíssimo risco para a vida, a maconha é 114 vezes menos letal.

“Além da heroína, outras cinco drogas têm crises de abstinência com sintomas físicos claros: a nicotina, o álcool, o crack, os tranqüilizantes benzodiazepínicos, como Valium, e os barbitúricos, usados como remédios para dormir”, diz o toxicologista Anthony Wong, da Universidade de São Paulo.