Como o tubarão enxerga o ser humano?

Perguntado por: imoraes . Última atualização: 20 de janeiro de 2023
4.1 / 5 8 votos

Com base na atividade elétrica dos olhos dos tubarões, os cientistas acreditam que a forma da cabeça lhes propicie excelente visão estéreo e percepção de profundidade, como a dos seres humanos. Esses traços podem ajudar animais marinhos a caçar presas velozes.

Mito! Eles enxergam bem, até com pouca luz. E há outros sentidos poderosos: audição (capaz de perceber até o batimento cardíaco de outros peixes) e a linha lateral, formada de células que percorrem os dois lados do corpo e captam variações na água, notando presas à distância.

Se você se pergunta se o tubarão come pessoas, a resposta é que sim. Isso pode acontecer, mas em casos muito raros. Quando uma população de tubarões tem seu habitat em uma área onde se sobrepõe a um grande número de pessoas, a probabilidade de ataques aumenta.

Tubarões brancos, tubarões-touro, e tubarões tigre são as espécies com mais ataques a seres humanos reportados.

Águas turvas ou opacas, onde há redes de pesca, cardumes de peixes, presença de golfinhos ou aves mergulhando são as menos aconselhadas. Esse é o tipo de ambiente atrativo para um tubarão e se o lugar em questão for habitado por espécies mais perigosas, redobre os cuidados.

Por um processo de bioacumulação, o tubarão agrega metais pesados, como mercúrio e arsênio, presentes nos organismos que lhe serviram de alimento. Ingeridas além da conta, essas substâncias podem causar danos cerebrais. Um parâmetro de consumo de mercúrio vem da Organização Mundial de Saúde (OMS).

As três espécies principais, em termos de ataques contra humanos, são os grandes tubarões-brancos, o tubarão-tigre e o tubarão-touro. Mas, apesar de sua presença comum em águas costeiras, o tubarão-martelo muito, muito raramente ataca humanos.

Uma pesquisa do final do ano passado sugeriu que tubarões-brancos não atacam os surfistas e humanos no geral de propósito, mas sim porque eles nos confundem com as focas, umas de suas principais presas.

Esse animal é territorialista e isso quer dizer que ele não gosta que invadam a sua casa. Se alguém estiver nadando no lugar que "pertence" a esse tubarão, ele considera como uma invasão de propriedade e ataca - da mesma forma como não gostamos de estranhos em nossa residência, ele também não gosta.

De acordo com registros da Marinha dos Estados Unidos, datados da década de 1970, testes com coletes salva-vidas de três cores apontaram preferência dos tubarões pela cor amarela.

Assim, quando as mãos são colocadas levemente de ambos os lados do focinho, perto dos olhos de um tubarão, pensa-se que as Ampolas de Lorenzini ficam excessivamente estimuladas, e o tubarão fica paralisado.

O focinho, os olhos e as guelras são pontos fracos dos tubarões por serem bem sensíveis. Por isso, se precisar lutar por sua vida durante um ataque de tubarão, não exite, bata com toda a força que puder nessas áreas.

Talking Shark: um aplicativo tubarão falante no seu celular!
Para utilizá-lo, é preciso autorizar o download e a instalação desse app no celular. Além disso, ele necessita de autorizações, como acesso ao microfone. Não é necessário nenhum cadastro. Ao abrir o aplicativo, já é possível ver um tubarão nadando na tela.

O tubarão-branco, também chamado de grande branco, tem a fama de ser o mais feroz e agressivo de todos os tubarões, característico por atacar quem encontra pela frente e acompanhar navios oceanos afora, o que o tornaria um flagelo nos naufrágios.

A família dos tubarões é grande e, de fato, acredita-se que existam mais de 350 variedades diferentes, entre as quais se descobriram algumas que são consideradas comestíveis. Por exemplo, na Espanha, o cação, o tubarão azul, o mako, o cação-bico-de-cristal, a caella, a musola e o tubarão-albafar são consumidos.

É importante ressaltar que o peixe ainda é um elemento fundamental para a dieta humana, porém é aconselhável limitar o consumo de espécies com alto teor de metilmercúrio, como o tubarão, peixe-espada, atum fresco, cavala, bonito e pargo. Já para os grupos de risco desaconselha-se o consumo destes peixes.

Cientistas já sabiam que tubarões não dormem ou descansam da mesma maneira que mamíferos: por exemplo, alguns tubarões precisam nadar constantemente, inclusive durante o sono, para manter a água com oxigênio fluindo em suas brânquias. Isso apontaria não para um sono, mas um “descanso”.

Como indica a enciclopédia Britannica, os tubarões dormem, mas não como os humanos (em intervalos constantes de 8 horas). Os tubarões que têm espiráculo podem ficar enterrados sob a areia ou entre rochas, embora não o façam profundamente.