Como o cérebro reage a fome?

Perguntado por: lcarvalho . Última atualização: 24 de maio de 2023
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Sem mais fontes de energia, o cérebro também é prejudicado, perdendo sua função de comandar o corpo. Segundo Barca, os efeitos da fome no sistema nervoso causam tonturas, inconsciências, mudanças de humor, dificuldade de concentração e queda no número de neurônios, o que pode levar à apatia e à depressão.

A verdade é que esses alimentos atingem em cheio nosso sistema hedônico, um circuito de neurotransmissores responsáveis por controlar, consciente e inconscientemente, três comportamentos vitais do ser humano: gostar, querer e aprender. Esses comportamentos estão interligados, mas atuam de forma independente.

Os níveis de hormônios como a colecistocinina (produzida pelo intestino) e a leptina (produzida pelo tecido adiposo) também são analisados. Com essas informações o hipotálamo produz comandos para a procura e ingestão de alimento e, ainda, prepara o trato gastrointestinal para receber e processar o alimento.

Ao passar longos períodos sem comer, seu corpo entende que está em privação e vai fazer de tudo para armazenar o máximo de gordura possível, causando uma redução do metabolismo que vai atrapalhar o processo de perda de peso.

A grelina é o hormônio responsável pela fome que ataca quando chega a hora do almoço. Pesquisas mostram que os níveis de grelina na circulação aumentam uma a duas horas antes das principais refeições do dia e que voluntários, ao receber injeções de grelina, experimentam aumento significativo do apetite.

Comece hoje a seguir essas etapas simples e estará no caminho para comer menos.

  1. Pare de comer sem pensar e comece a comer com atenção. Alguma vez você já comeu um saco de pipoca vendo filme quando não estava com fome? ...
  2. Planeje as refeições. ...
  3. Coma mais proteína. ...
  4. Use pratos menores. ...
  5. Mastigue mais e devagar.

Um organismo desidratado pode enviar sinais que o façam buscar comida. Isso não é difícil de entender, porque nos alimentos também encontramos líquidos, mas pode não ser a maior necessidade do organismo naquele momento. Além disso, as áreas do cérebro que sinalizam a sede e a fome são vizinhas.

Ao ficar com fome pelo grande período sem comer, o cérebro identifica a necessidade de alimentos. E assim sinaliza o organismo para gastar as reservas de açúcar existentes, desta forma, diminui drasticamente as concentrações delas - ocasionando a dor de cabeça pela hipoglicemia.

As vitaminas B, como a tiamina e niacina, ajudam a metabolizar nutrientes para o cérebro e obter energia. Outras, como as vitaminas B12 e o folato, podem ajudar a proteger contra a demência por meio da degradação da homocisteína, uma substância nociva que pode levar à doença de Alzheimer.

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E outra forma infalível de descobrir se é fome ou é sede, é praticando o simples hábito de beber um copo d'água sempre que achar que está com fome. Se for fome realmente, ela não passará após ter ingerido um copo de água. Mas se ela de repente passar, é porque era apenas sede.

Ficar 4 dias sem comer
Dores de cabeça e vertigem começam a ser cada vez mais comuns, isso porque o corpo começa a fazer um grande esforço para que o cérebro se mantenha ativo. A glicose toda já foi consumida e quase toda gordura do fígado também.

Exemplificando: o frio estimula o hipotálamo a liberar o TRH – Hormônio liberador de Tireotrofina. Esse TRH estimula a hipófise a produzir e secretar o TSH – Hormônio Estimulante da Tireoide, que então é liberado e vai estimular a tireoide.

Esses sinais são capazes também de promover o contrário, estimulando a fome e inibindo a termogênese em momentos de privação. Entre esses mediadores, os mais importantes são a leptina, a grelina e a insulina (SIMPSON; MARTIN; BLOOM, 2009).

É aí que o corpo começa a queimar a gordura como fonte de energia. Por isso, quando o objetivo é emagrecer, ao menos 12 horas a 13 horas de jejum são necessárias para estimular a queima de gorduras.

No entanto, registros de naufrágios e greves de fome no decorrer da história apontam ser possível aguentar em torno de cinco dias sem água ou até 50 dias sem alimento, explica o clínico geral e nefrologista Luís Trindade. “O tempo de sobrevivência vai depender da idade da pessoa, da condição física e também do clima.

4 dias

Quanto a água, sobrevivemos menos tempo sem ela. Estima-se que as pessoas só possam sobreviver de 2 a 4 dias sem se hidratar. Em 1944, dois cientistas se abstiveram de beber água enquanto comiam uma dieta seca que continha todos os nutrientes necessários.