Como o cérebro lida com o medo?

Perguntado por: enogueira9 . Última atualização: 27 de abril de 2023
4.7 / 5 14 votos

O medo explicado através do mecanismo de funcionamento neurológico é basicamente assim: ao enfrentar uma situação que amedronta, o HIPOTÁLAMO é ativado, e por sua vez ativa a glândula pituitária – que desencadeia a liberação de ADRENALINA, NORADRENALINA e CORTISOL.

Pesquisa publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria revisou estudos feitos em tragédias, epidemias e pandemias e demonstrou que, quando o medo é crônico ou faz o perigo parecer maior do que é, ele pode se tornar gatilho para problemas mentais relacionados ao aumento dos níveis de ansiedade e estresse.

Abaixo, selecionamos algumas dicas para começar a colocar em prática que ajudarão no processo de superação dos seus medos:

  1. Aceite os seus medos. ...
  2. Escreva sobre os seus medos. ...
  3. Cultive pensamentos positivos. ...
  4. Ressalte as suas vitórias. ...
  5. Converse sobre os seus medos com amigos e familiares. ...
  6. Foque na sua respiração. ...
  7. Faça terapia.

A resposta de lutar ou fugir começa na amígdala, que é um feixe de neurônios em forma de amêndoa que faz parte do sistema límbico. Ela desempenha um papel importante no processamento das emoções, incluindo o medo.

Neurobiologia da ansiedade
O medo está relacionado à amigdala (corpo amigdaloide), que é o principal componente do sistema límbico, responsável pelo processamento das emoções e desencadeadora do comportamento emocional (determina se haverá ou não resposta de medo).

Os sintomas físicos podem incluir palpitações, sudorese, tremores, sensação de falta de ar ou sufocamento, parestesias, tontura, náuseas, dor ou aperto no peito. Entre os sintomas cognitivos, são comuns sensação de morte iminente, medo de ter um ataque cardíaco, de perder o controle ou enlouquecer2.

Um estudo publicado nesta segunda-feira (26) na revista Nature Communications sugere que a atividade excessiva em uma região do cérebro chamada córtex cingulado anterior subgenual (CCAsg) é a base de vários sintomas-chave de transtornos de humor e ansiedade, incluindo a depressão.

O sangue, por sua vez, é direcionado principalmente para os músculos e o cérebro, deixando a pele fria e pálida. Ocorre retração das pálpebras (olho arregalado) e as pupilas se dilatam, isso para aguçar a visão, mesmo que se perca a percepção dos detalhes.

Não tenhamos medo, pois o Senhor está do nosso lado aconteça o que acontecer, venha o que vier! Que venham ventos e tempestades da esquerda ou da direita, mas precisamos nos manter firmes, ancorados, alicerçados no Senhor, porque é Ele quem cuida de nós!

O medo é um mecanismo de proteção. é ele que nos alerta dos perigos. A fobia representa um medo desproporcional ao dano possível. O termo pânico também pode ser utilizado em medos desproporcionais mas é mais comumente associado à sindrome do pânico, onde todo um quadro de sintomas físicos estão associados.

Ele exerce, principalmente, um estímulo de proteção. Sentimos medo para nos preservarmos de situações que colocam nossa vida, saúde e integridade física em perigo. Portanto, pode-se dizer que ele tem um papel importante na sobrevivência das espécies e, assim, é essencial para a evolução humana.

Para a psicanálise o medo é uma palavra, não um conceito. Uma palavra que descreve principalmente sensações de desprazer diante de um objeto, uma situação ou alguém. Tais sensações mobilizam o corpo e o pensamento. O medo não é sinal de fraqueza ou covardia.

Uma ótima forma de ter coragem e afastar o medo é sair da sua zona de conforto realizando coisas que sempre quis. Isso pode incluir a superação de pequenos medos como comer sozinho em um restaurante, conhecer novos lugares ou pessoas, ou liderar um projeto, por exemplo.

Os tipos de medo mais comuns são de: altura, ficar doente, sangue, morrer, água, falar em público, voar, lugares fechados e escuro. Alguns tipos de medo não estão ligados a ameaças reais, mas causam muita dor de cabeça no dia a dia.

Produzido pela parte superior das glândulas suprarrenais, ou adrenais, o cortisol é uma hormona corticosteroide proveniente da família dos esteroides. À medida que o corpo percebe o estresse, as glândulas produzem o hormônio e o liberam na corrente sanguínea.

O medo pode se manifestar na forma de ansiedade. Uma pessoa com medo de se envolver romanticamente com outra, por exemplo, fica nervosa durante primeiros encontros, apreensiva ao pensar no futuro da relação e ansiosa ao considerar a possibilidade de um rompimento.

Os betabloqueadores são drogas que ajudam a combater os efeitos do medo. São usados especialmente por pessoas que ficam nervosas diante do público, com o objetivo de melhorar o controle das ações físicas e diminuir a ansiedade.

O medo, tornando-se algo constante e diário, pode gerar uma crise de ansiedade ou uma crise de pânico, o que alavanca um problema de fato maior, e que precisa ser analisado com cautela e por um profissional especializado.