Como o autor descreve a prática do coronelismo *?

Perguntado por: acavalcanti8 . Última atualização: 18 de maio de 2023
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Os coronéis geralmente eram fazendeiros, verdadeiros chefes políticos locais que exerciam uma grande influência sobre os eleitores (trabalhadores rurais) a ponto de indicarem em qual candidato seus empregados deviam votar.

O Coronelismo é um fenômeno da política brasileira ocorrido durante a Primeira República. Caracteriza-se por uma pessoa, o coronel, que detinha o poder econômico e exercia o poder local por meio da violência e trocas de favores.

O voto de cabresto é um mecanismo de acesso aos cargos eletivos por meio da compra de votos com a utilização da máquina pública ou o abuso de poder econômico. É um mecanismo muito recorrente no interior do Brasil como característica do coronelismo.

Clientelismo é a troca de bens e serviços por apoio político, sendo a troca algo implícito ou não. O clientelismo denota a prática de distribuir empregos, favores e outros benefícios aos seguidores em troca de apoio político.

O que é o Coronelismo:
Coronelismo foi um sistema que ficou conhecido durante a República Velha, onde os coronéis (ricos fazendeiros) eram os principais responsáveis por comandar o cenário político do país.

O professor e autor de livros didáticos de história Roberto Catelli Jr., no artigo A República do Voto, relata peculiaridades do sistema: “Como o voto não era obrigatório nem secreto, o coronel usava dois estratagemas. Oferecia dinheiro, roupas e chapéus para que os eleitores comparecessem às urnas.

Por sua vez, o coronel apoiava o poder político estadual, que oferecia suporte ao Governo Federal. Em troca, o governo ao nível federal retribuia favores aos poderes estaduais, que faziam o mesmo aos coronéis, permitindo que estes bancassem a administração de seus currais eleitorais.

O texto "A República e o Coronelismo" está associada à ideia da prática de coronelismo que era bastante presente durante a Primeira República, por meio de práticas de coerção desempenhadas por coronéis que "dominavam" determinadas áreas no Nordeste brasileiro.

Acontece que, com o advento da modernização dos centros urbanos e a consolidação dos novos grupos sociais, ele foi perdendo espaço na sociedade e começou a ser deixado de lado por não apresentar efetividade no controle popular, caracterizando a Crise da República Oligárquica.

O coronelismo é uma prática sociopolítica brasileira típica do início do século XX, no período chamado de República Velha (1889-1930), quando os chamados “coronéis” exerciam o poder local sobre as camadas inferiores da sociedade a fim de garantir votos em troca de favores das esferas políticas locais, estaduais e ...

Nesse sentido, o coronel “mandava” sobre sua região de influência e instrumentalizava a vida política dos cidadãos comuns por meio de métodos como o voto de “cabresto” (voto declarado, sem sigilo) a fim de garantir a vitória do candidato de seu interesse.

O coronelismo teve suas origens, no Brasil, a partir do momento em que Dom Pedro I, antes de deixar o país rumo a Portugal, no ano de 1827, criou o cargo de juiz de paz. A principal consequência da criação desse cargo foi a ampliação do poder local dos proprietários de terras e de escravos.

Como forma de mandonismo, o coronelismo tem origem no período colonial - quando era inicialmente absoluto o poder do chefe local, evoluindo em seguida para formas mais elaboradas de controle, chegando nas modernas formas de clientelismo.

O mandão - que é um potentado, chefe, ou coronel - é o indivíduo que, de posse do controle de recurso estratégico, como a propriedade da terra, adquire tal domínio sobre a população do território sob seu domínio que a impede de exercer livremente a política e o comércio.

O coronelismo e o mandonismo se caracterizam pelas práticas de mando e coerção realizadas pela elite agrária, visando alcançar interesses políticos. O clientelismo, por sua vez, é caracterizado pela troca de favores (costumeiramente, o voto) em uma relação de poder (donos de terra e Estado).

A oligarquia é caracterizada por um pequeno grupo de interesse ou lobby que controla as políticas sociais e econômicas em benefício de interesses próprios. O termo é também aplicado a grupos sociais que monopolizam o mercado econômico, político e cultural de um país, mesmo sendo a democracia o sistema político vigente.

Com isso, as oligarquias dos estados de São Paulo e Minas Gerais comandaram as eleições durante muitos anos.

  • República da Espada (1889-1894)
  • República Oligárquica ou Política do Café com Leite (1895-1930)
  • Fim da República Velha.